seu amante

1.

—Vai! Qual é? Oque custa a gente espionar um pouquinho só, Teyam!—Lo'ak insistia para que fossemos espionar nossos pais, que estavam conversando um assunto aparentemente reservado até demais.

Mamãe aparentava estar nervosa pelo seu tom de voz.
E papai tentando acalmar ela.

—Jake, meu amor, por Eywa! Não podemos fazer isso com ela, ela é tão jovem...Inocente! Quero que ela se apaixone, não que seja por sua escolha!—Minha mãe parecia agitada.

—Eu sei Neytire, mas não temos opção, se unirmos forças, e ver o resultado de como seria a mistura das raças, podemos ganhar está guerra e trazer paz a Pandora!—Meu pai diz tentando manter a calma.

—Lo'ak, já ouvimos demais. Vamos.—Digo para meu irmão mais novo.

Ele não me dá ouvidos.

—Lo'ak! Agora! Por Eywa.—Perco a paciência.

Porém acho que grito alto demais e nossos pais aparecem.

—Oque estão fazendo aqui atrás?—Meu pai questiona desconfiado e irritado.

—Senhor, Lo'ak fez apostas bestas e agora está fugindo! Estou tentando fazê-lo voltar lá e pedir desculpas pela covardia.—Dou uma desculpa, a primeira que veio em mente.

É a mais provável deles acreditarem.
Lo'ak vive fazendo apostas e não cumpre.

—Lo'ak, acha que um guerreiro quebra promessas e da uma de covarde? Jamais!—Meu pai da um sermão em Lo'ak.—Você deve obedecer seu irmão, sem reclama! Vai agora mesmo cumprir oque você prometeu. Seja lá oque é, por Eywa.—Meu pai não está com paciência.
E isso, é nítido.

—Neteyam... Podemos conversar depois?—Mamãe me questiona.—Acho que sua opinião importa também.—Minha mãe diz.

Senti que meu pai fico frustrado com minha mãe.
Era óbvio que ela estava me usando de desculpa para oque seja lá que estão aprontando.

—Claro mãe. Agora Lo'ak, vamos.—digo guiando meu irmão para longe de nossos pais.

Andamos apressados até onde nossas irmãos estavam, com nossa avó.

No caminho, fomos discutindo.

—Poxa, podia ter dado uma desculpa melhor né?! Agora papai irá ficar dizendo que sou covardi.—Ele reclama.

—Se tivesse me obedecido, isso não iria acontecer, e você sabe disso. Mas é teimoso.—Eu digo sorrindo de lado.

Por mais que seja um bronca, não sou de frustrar meus irmãos assim como nosso pai.

—Teyam! Lok! Chegaram bem na hora!—Tuktirey vem até nós sorrindo de orelha a orelha.—Eu acabei de fazer junto da vovó e da Kiri, toma!—ela nos entrega colares feitos de missangas e folhas.

—Obrigado, pequena. Está lindo! Está evoluindo bastante! Jajá poderá fazer os assessórios de comemoração e reuniões.—sorriu acareciando a bochecha da menor.

Ela sorri em agradecimento pelo elogio.

—Valeu, Tuk, está bonito.—Lo'ak não é bom em usar palavras, porém com os feitos de Tuk, ele consegue se expressar melhor e se mostrar mais afetuoso.

—Neteyam! Lo'ak, que bom que chegaram a tempo, eu fiz bolinhos de frutas agora mesmo, querem um pouco? Kiri já está se servindo.—vovó nos recebe.

—Claro vovó.—Lo'ak diz rápido já entrando pra dentro da tenda na árvore de nossa avó.

—Esta ficando lindo a cada dia que se passa, Neteyam. Puxou muito a beleza de sua mãe. Pelo menos você tem a beleza de minha família.—Vovó diz.—Se não notarem demais, acharam que é uma fêmea.—Ela comenta rindo de mim.

O comentário me deixa envergonhado.

—por Eywa vovó, não diga isso, é constrangedor.—digo sorrindo sem graça.

—Ora, por que? É um elogio que muitos gostariam de receber.—Ela diz.

Concordo com a cabeça e entro pra dentro.

Tuk, Kiri e Lo'ak já estavam se servindo.

—Teyam! Peguei pra você, Lok e Kiri são gulosos, não iria sobrar pra você!—Tuk diz vindo até mim me entregando o doce.

—obrigada Tuk, só você pensa em mim.—digo fazendo drama, enquanto os outros dois me olham feio.

Vovó da risada.

—a vovó, eu gostaria de ficar mais, mas meus pais me pediram para ir até eles os mais rápido possível.—digo a minha vó.

Ela já deve imaginar que é coisa seria.

—Oque será que seu pai está tramando e sua mãe não está gostando...—ela sussurra com ela mesma.—Bom, pode ir, Neteyam. Irei fazer mais bolinhos para você mais tarde.—Vovó disse, sorrindo e me guiando para fora de sua tenda.

Me despeço e me vejo já andando até a minha tenda.
A da minha família.

—Neteyam! Que bom que chegou querido. Sente-se, precisamos conversar.—Mamãe pede me guiando para dentro e me trazendo uma cadeira.

Ela senta do meu lado e encara meu pai.

—Neteyam, sabe que é difícil a situação lá fora agora, não sabe? Não só para nós, para todos os navi's. Os navi's do fogo estão nos atacando em busca de dominar Pandora.—Papai respira fundo para continuar.—Se deixarmos, perderemos nossa casa, família, e nossas vidas e a de todos que amamos. Estamos em uma situação crítica.—Ele me explica a realidade.

Ele me olha no fundo dos olhos, logo desviando e olhando para minha mãe, em uma maneira de dizer para ela continuar.

—E seu pai... Recebeu uma proposta...do olo'eyktan do clã Metkaiyna.—ela diz, olhando séria para meu pai.
Logo olhando para mim.

—Proposta? Que tipo de proposta?—questiono desconfiado.

—Casamento.—meu pai responde mais rápido o possível.

Eu entro em desispero.

—Que?! Casar?! Como assim?! Quem? Com quem?!—eu me perco em minha próprias palavras.

—Calma Neteyam, eu também não concordo com isso.—Mamãe diz acareciando meus ombros.
—Kiri. Kiri irá se unir ao filho mais velho do olo'eyktan Metkaiyna.—Mamãe termina sua fala, sem reação.

Acho que nem ela acredita no que está dizendo.

—Mãe! Pai! Por Eywa, não podem fazer isso com Kiri!—digo completamente irado e preucupado.

—A decisão não é sua, Neteyam. E já está tomada, queira vocês queira, ou não.—meu pai é ríspido, e sai da tenda.

Mamãe chora.

—Eu não queria que fosse assim, filho. Eu não queria isso para a Kiri... Minha menininha, oque será que irá se passar em sua cabecinha quando descobrir isto.—Mamãe se lamenta.
—Neteyam, prometa pra mim que não irá contar a ela agora. Por Eywa, me prometa.—Mamãe me faz jurar para não contar a minha irmã.

—Certo mamãe...—eu só não sei se irei conseguir esconder.

✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨
Reescrevendo!

Desculpa pelos erros de ortografia.

Feliz natal a todos!!