Capítulo 8

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Como todos os dias daquela semana que se passou, eu estava em frente a casa de Louis.

"Cheguei!"

Foi tudo que eu mandei por mensagem.

Ele abriu a porta antes mesmo que eu chegasse nela e fez um sinal com a cabeça para que eu entrasse, como sempre fazia. Isso fez seus cabelos voarem para trás de forma graciosa.

E mais uma vez eu estava observando cada detalhe daquele garoto. Não tinham sido poucas as vezes que eu simplesmente o olhava, seus olhos, seu cabelo liso com uma franjinha caindo nos olhos.

Entrei um fui recebido por uma menininha gritando:

- Hally!

Ri e me coloquei de joelhos para abraçar Fizzy. Ela tinha se apegado a mim muito rapidamente naquela semana.

Louis revirou os olhos:

- Tudo bem, Fizz, não precisa falar com o seu irmão.

Não consegui segurar a gargalhada enquanto me levantava.

Ele simplesmente começou a subir as escadas e eu acenei com a mão para dona Jay antes de segui-lo escada a cima.

Diferente do que sempre faziámos, Louis passou direto pelo seu quarto e foi até as escadas que levavam ao sótão: um pequeno conjunto de degrais em madeira que desciam do teto quando puxávamos.

Ele subiu e eu tive a visão de todos os músculos de suas costas sendo usados para impulsioná-lo para cima.

Chegando lá, ele olhou para mim, os cabelos caindo sobre os olhos, ao redor do rosto.

A primeira coisa que me veio à mente foi: ele é lindo.

A segunda: porque merda eu pensei isso?

- Você vem ou não? - Ele reclamou lá em cima quando eu não me mexi.

Agarrei a madeira e puxei meu corpo.

Esperava um lugar sujo, bagunçado e fedorento, mas acabei encontrando um lugar bem limpo, arejado e arrumado. Várias caixas estavam espalhadas por todos os lados, havia um sofá velho vermelho e uma mesa. O laptop de Louis estava ligado ali em cima.

- Minha mãe disse que a gente estava fazendo muita bagunça no meu quarto e pediu que a gente viesse para cá. - Ele explicou, olhando para as paredes, onde todos os desenhos para o trabalho estavam presos.

- Eu nem sabia que tinha esse sótão. - Comentei.

Ele focou as duas órbitas azúis em mim.

- Você nunca observa muito bem as coisas, não é? - Abriu um sorriso.

Ri, envergonhado, mesmo sabendo que era verdade.

Louis sentou na frente do computador e abriu o que nós já tinhámos pesquisado. Quase sem querer, me aproximei das caixas empilhadas. Algumas estavam abertas e eu vi um porta retrato em cima de uma delas.

Louis estava no meio de duas pessoas, um garoto e uma garota, com os braços sobre os ombros deles e os três riam abertamente, mas o que mais me deixou surpreso foi como ele estava: o cabelo preto era curto, sem franja e nem jogado pro lado, e vestia uma camisa vermelha com uma bermuda listrada. Roupas coloridas.

Antes que eu pudesse fazer qualquer movimento, o porta-retrato foi arrancado da minha mão.

- QUEM TE DEU O DIREITO DE MEXER NISSO? - Louis jogou a foto dentro da caixa de novo. Seus olhos estavam vermelhos, como se tentasse segurar as lágrimas, e sua voz demonstrou um misto de raiva e dor.

Como não te amar? (Larry Stylinson AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora