Capítulo 28: O Adeus Inevitável

95 18 8
                                    

SAKURA DESIGNOU ALGUNS SHINOBIS para que vigiassem os Demônios da Lua que haviam sobrevivido à batalha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

SAKURA DESIGNOU ALGUNS SHINOBIS para que vigiassem os Demônios da Lua que haviam sobrevivido à batalha. Do pequeno exército que invadiu Konoha sob o comando de Fukuda Sho não foram muitos os que chegaram ao meio da tarde com vida. Seus subordinados haviam se encarregado de verificar quais haviam sobrevivido e o esquadrão médico, que chegou há cerca de três minutos, já dispunha os feridos em macas para levá-los ao hospital onde receberiam atendimento médico. Depois, seriam levados à prisão e interrogados. Havia muita papelada a ser preenchida nos próximos dias e a perspectiva não animou a Nanadaime Hokage.

Sho era o mais bem vigiado de todos. Com um maxilar fraturado e várias escoriações pelo corpo ele sobreviveria para ver um novo dia, mas havia algo dentro dele que nenhum jutsu médico conseguiria consertar ou remendar. Seu espírito estava quebrado após a derrota que sofrera, e ele mal erguera os olhos do chão desde que se sentou sobre a grama.

Sakura fora abordada por pelo menos uma dezena de shinobis nos últimos minutos, todos perguntando se ela estava bem e quais seriam as suas próximas ordens. Ela olhou para cima, suspirando, e encontrou Kurama e Chōmei à distância; estavam livres outra vez e isso era importante. Alegrava-a saber que protegera a vontade de Naruto. Além do mais, até onde podia ver, todos os shinobis que lutaram com ela escaparam da batalha com apenas alguns arranhões ou um outro hematoma.

Mesmo os alunos de Sakura não apresentavam mais do que algumas manchas de sujeira nas roupas. Eles se aproximaram da professora; Hikari, de forma tímida. Ela foi até os três e tocou a cabeça de cada um deles, elogiando o ótimo trabalho que fizeram ao trazer os reforços diretamente para ela.

— Vocês agiram muito bem hoje. Foram verdadeiros shinobis da Folha — disse.

— Obrigado, sensei — Toyoharu exibiu o seu melhor sorriso, e Yusuke assentiu. Mas Hikari continuava em silêncio, mantendo os olhos baixos e fugidios. Sakura sabia o que ela queria e não podia mais adiar aquilo.

Então colocou a mão sobre as costas da menina, instando-a a dar um passo adiante. Quando os olhos azuis e marejados dela encontraram o seu rosto, Sakura lhe ofereceu sua compaixão e aceitação.

— Vamos lá. Eu sei que você quer conversar com ele.

Hikari engoliu em seco, hesitante, mas levou apenas um segundo para se recompor e se decidir. Sakura acompanhou-a quando ela deu os primeiros passos em direção ao tio, encurtando a distância física entre ambos metro por metro. Então, estagnou a uma distância segura, pois os shinobis que o vigiavam não permitiriam que chegasse mais perto para a própria segurança.

Levou outro momento para que a menina encontrasse a própria voz e chamasse pelo tio. E ela soou tímida e fraca, o completo oposto da personalidade brilhante e afetuosa de Hikari que Sakura estava habituada a ver.

— Sho-oji-chan.

O homem parou de se mover ao ouvi-la. Mesmo os ombros e o peito que se erguiam e expandiam com o ato contínuo da respiração foram tomados por uma abrupta imobilidade. Hikari não disse nenhuma outra palavra por um bom tempo de modo que o silêncio cresceu e tornou-se um abismo entre tio e sobrinha. Sakura olhou para o rosto da aluna, preocupada, e viu lágrimas cristalinas fluindo imparáveis pelas bochechas. Seu coração apertou-se pela menina.

Dawn RisingOnde histórias criam vida. Descubra agora