Vida ou Morte

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Eu estava acordado a horas, mas mantive meus olhos fechados. Era melhor fingir que estava dormindo, do que ficar parecendo um zumbi no sofá, com meus olhos mortos. 

Quando o Sanzu e o coelhinho terminaram de conversa, se aconchegando no sofá, finalmente abri meus olhos, observando o cabelo rosa e o branco dos dois. 

Com a notável forma de Sanzu adormecendo, Hamura se levantou, indo pra cozinha. Ele não percebeu que eu estava acordado, oque fazia eu me sentir um predador observando silenciosamente sua presa. 

Levantei do sofá, com Kakuchou aproveitando a oportunidade pra ser estica na cama, botando os pés quase na cara de Koko. Com passos silenciosos, e meus olhos fixos no Hamura, eu fui atrás dele na cozinha. 

Ele estava calmo, sem perceber nada ao seu redor. Não seu oque ele estava fazendo, mas ele assim, tão distraído, fazia ele parece mais um coelho. 

Abracei sua cintura, com Hamura soltando um grito alto, e um pulinho assustado adorável. – Bom dia… – Murmurei, escondendo meu rosto no seu pescoço. 

– Puta merda, Mikey. Quer me matar do coração? – Hamura relaxou nos meus braços, sabendo que se tentasse evitar, iria acabar se machucando… 

Ou ele nem tentaria ou pensou nisso, oque faz meu fascínio por ele aumentar. Coelhinho era tão… Foda-se, que fazia ele ser perfeito para Bonten… Perfeito para mim e esse novo eu. 

– Você que é muito despreocupado. – Murmurei contra sua orelha, que acabou ficando vermelha. – Coelho realmente combina com você. – Minhas mãos deslizaram por debaixo da sua blusa, tocando sua barriga lisa, sua pele quente e confortável. 

– E isso te faz meu predador? – Eu sabia que Hamura tinha um sorriso irônico, enquanto continuava a fazer os vários sanduíches, possivelmente pra nós tormamos café. 

– Mas pro caçador, que te pega da miséria e te bota uma coleira. – Toquei os mamilos rosados de Hamura, me lembrando de como ele manuseava na boate. Puxando e apertando, torcendo e beliscando. 

Hamura começou a soltar suspiros suaves, sem fugir, só aceitando e até esfregando sua bunda sem perceber contra meu pau.

– Você realmente não se lembra de nada…? – Sussurrei, beijando seu pescoço. 

– N-Não… Por que? Oque eu fiz? – Hamura virou o rosto pra mim. Seus olhos negros estrelados, conectados nos meus mortos, que parecia um buraco negro. 

– … – Tirei as mãos dele, me afastando, pegando um sanduíche. Eu nem estava com fome, mas se foi ele que fez… Eu comeria. – Se você não de lembra até fim da semana, irei te contar. – Mordi o sanduíche, com Hamura claramente se arrepiando com meus olhos observando seu corpo de baixo a cima, vendo um leve elevação no seu short. 

Me virei, ignorando minha excitação escondida, já que estava com minha calça preta folgada de sempre, e uma blusa maior ainda.

Se ele não se lembrasse, mostraria uma forma de fazer isso sozinho. 



[...] 



Me sentei no sofá, depois de todos eles pegarem um sanduíche, e irem embora, indo resolver suas coisas gângster. Me sentei no sofá, com os braços cruzados, olhos fechados e pensativo. 

Okay….

Eu sabia que Sanzu tinha omitido muita, muita coisa. Não tinha como só aquilo ter acontecido em três dias. Respirei fundo… Mas acabou que só consegui pensar nas mãos de Mikey no meu corpo.

O Azar BrancoOnde histórias criam vida. Descubra agora