Às vezes sinto que Jungkook tem razão quando pede para eu pedir demissão da polícia.
Céus, ser policial parecia algo tão incrível no começo. O pequeno Jimin de dez anos se sente realizado sempre que lembra. No entanto, a partir do momento que você se torna um adulto e passa a exercer o que sempre romantizou durante a infância, você percebe que não é nem um pouco como imaginava.
Não estou dizendo que não é bom ou que eu não gosto de ser policial. É uma das profissões mais importantes do mundo. Só que... não deixa de ser extremamente cansativo e perigoso.
Tombei a cabeça para o lado ao analisar com calma a feição brava do meu melhor amigo de infância.
Jeon Jungkook era um ano mais novo que eu. Era mais alto, mais musculoso, possuía várias tatuagens no seu braço direito que até hoje eu não sei o significado de todas elas, trabalhava de meio-período em uma farmácia e odiava sempre que eu chegava em sua casa ou com sangramento ou todo ferido.
Sinto que sou tratado como uma criança quando estou com ele, mas eu gosto disso e ele sabe, por isso continua me mimando e cuidando de mim por mais que já tenha me pedido para renunciar o cargo trocentas vezes.
— Outro ladrão desgraçado cortou seu peito de novo? Dois essa semana já, Jimin. Daqui a pouco você vem chegando aqui sem um dos dedos. — Jungkook diz com tom de deboche. Eu sorrio. — Eu realmente odeio você.
— Não, você me ama.
Os olhos dele, antes voltado para o machucado, subiram para mim. Ele me olhou com carinho, algo que eu nunca havia percebido antes. Jeon não costuamava me intimidar, eu quem o intimidava. Não sei se era porquê eu estava sensível e com uma carência gigante, mas senti meu rosto corar e pigarriei.
Já tínhamos ficado há alguns anos, na adolescência. Só trocávamos amassos e beijos no meu quarto depois da escola, nada mais que isso.
— Preciso voltar cedo hoje, Nita disse que vai preparar o jantar. — tentei disfarçar meu nervorsismo repentino. Ele continuava me olhando. — O que foi?
— Você tá diferente hoje... Parece mais sensível e manhoso que o normal. — seus dedos melados de pomada deslizam devagar por meu peito. — Sua irmã pediu pra avisar que aconteceu um imprevisto no hospital e precisou voltar pra lá, então acabou não fazendo a janta.
— Ah... — foi tudo o que consegui dizer por um tempo. — Ela deve ter me mandado mensagem... Eu acho.
O clima era tenso entre nós e nunca havia ocorrido tal situação.
Eu estava sentado no balcão da cozinha e Jungkook estava entre as minhas pernas. Estou usando somente a minha cueca colorida enquanto ele dava uma de médico e cuidava dos meus machucados e arranhões como de costume.
Todavia, hoje, essa posição me pareceu diferente.
Conquanto eu estava gostando, na verdade, amando aquilo e eu já sabia o porquê.
Ando tão estressado por conta do trabalho que não tive mais tempo pra mim. Não tive mais tempo para sair com alguém, nem para masturbação e muito menos para o sexo.
Meu corpo estava implorando por algum alívio, para reduzir os níveis de cortisol, para sentir outro corpo em cima do meu ou vice-versa.
Esse sentimento de necessidade parecia estar cada vez mais sufocante e eu preciava saciá-lo.
— Jun... — minha voz sai fraca. Ele afasta a maleta de primeiros socorros para o lado, me agarra pelas coxas e me puxa para frente. — Ei... Eu...
— Não diga mais nada. — suas mãos subiram para a minha cintura e a apertaram. Mordo o lábio. — Eu sei.
— Como... você sabe? Eu, droga, me desculpa. — tento sair, ele não me solta.
— Eu te conheço há anos, Ji. Só, deixa eu te ajudar a relaxar um pouco, uh?
E nada mais foi dito.
Um beijo calmo começou. Minhas mãos puxavam seus cabelos e gemidos escapavam por nossas bocas. Ele tentava não ser agressivo devido aos meus ferimentos, porém eu não estava nem aí e pedi mentalmente para que ele me levasse logo para a cama.
E assim fez.
Suas mãos apalpavam, maltratavam minha carne e eu fazia o mesmo consigo. O ósculo permanecia e, durante, lágrimas de prazer deslizavam por meu rosto.
Fizemos uma promessa de que não voltaríamos a nos pegar. Sentíamos que a nossa amizade poderia acabar e não queríamos isso. Agora, estamos aqui, quase fodendo.
Retirei sua camisa e seu cinto com certa rapidez, como se eu estivesse procurando pistas novas para um caso. Nossos pênis se roçaram e comecei a fazer movimentos de vai e vem.
— Por que nunca... fizemos isso antes? — parei o beijo, ofegante, para questioná-lo.
— Tem sempre... uma... primeira vez pra tudo.
Inverti as posições e voltei a beijá-lo, mas logo retornei para baixo dele. Jeon gostava de comandar assim como eu. Por hoje, vou deixá-lo vencer.
Sem ao menos perguntar, ele prendeu meus braços com as minhas algemas na cabeceira da cama, me deixando perplexo e ainda mais excitado com a sua ousadia.
— Por favor, me deixe ser o policial dessa vez.
.
.Faz tanto tempo que não posto aqui que não sei mais mexer KKKK
Eu realmente só queria escrever um pouco, mas acho que desaprendi
Obrigada por quem leu até aqui e até algum dia 💜
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Carência (JIKOOK)
FanfictionPark Jimin, um policial renomado, enfrentava uma onda de estresse devido ao trabalho excessivo. Jeon Jungkook, farmacêutico e seu melhor amigo de infância, detestava vê-lo sempre machucado. Em um momento na cozinha, Jimin passou a notar sentimentos...