Cap 22

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Uma distração.

5 dias depois▪︎

— Se você não vai me ajudar, eu vou sozinha. Sem problemas. — deixo claro a Kyle. — Nunca precisei da ajuda de ninguém, mesmo.

Desde que me tornei membro oficial da gangue, comecei a investigar mais sobre o Palácio e suas entradas subterrâneas pelo monitor do esconderijo, afim de invadí-lo o quanto antes.
Pelo o que eu sei, os Sanguinários já fizeram isso diversas vezes.

— Precisamos de tempo para isso, Beatrice. Não é tão fácil assim. — ele fala como se eu fosse burra.

Foco no monitor na minha frente e começo a pesquisar tudo que consigo. Eu preciso achar minha irmã.

Meu teste foi a cinco dias e Kyle ainda insiste em me tratar diferente de todo mundo. Essa obsessão por mim está ficando entediante.
Ontem ele me disse que tinha encontrado novidades sobre o paradeiro da minha irmã. De acordo com ele, ela está morando no Palácio, o que é difícil de acreditar.
Minha irmã sempre achou essa coisa de Palácio, rei e rainha uma idiotice. E se ela estiver presa em cativeiro?
Mas não faria nenhum sentido. Ela estava no show ontem. Se ela estivesse em cativeiro, ela não iria conseguir sair.

E de quem ela estava fugindo? Por que ela ficou desesperada quando gritaram seu nome? Por que ela está morando lá? Se ela está em cativeiro, por que caralhos eles a mantiveram lá por todo esse tempo? Por que não simplesmente mataram ela? Tenho tantas perguntas.

- Não me importo se vai ser fácil ou não. - finalmente olho para ele. - Como eu disse, vou entrar lá com ou sem sua ajuda.

Ele se aproxima de mim, lentamente.

- Isso é muito arriscado, Bea.

- Beatrice. - eu o corrijo.

- Na última vez que fizemos isso, perdemos um dos nossos. - ele continua tentando me fazer mudar de ideia.

Cruzo os braços, mostrando a ele que não vou cair na sua rede. Ele não me intimida nem um pouco.
Eles não odeiam A Corte tanto quanto eu odeio os Eletrics? Então qual é a merda do problema?

- Vocês não são a porra dos Sanguinários? A maior gangue deste país e a mais temida? Vocês colocam terror a onde passam. - dou de ombros, provocando-o. - Na verdade, era o que eu pensava que vocês eram. - volto a olhar pro monitor. - Parece que vocês não fazem jus ao nome.

Kyle bufa uma risada.

- Você não desiste, não é?

- Não mesmo.

- Então tá. Eu te ajudo. - sinto sua mão agarrando a minha cintura por trás. - Sempre admirei sua coragem em me enfrentar desse jeito.

- Você nunca me puniu por isso. - provoco ele. E é verdade. Ele nunca fez nada para me punir ou algo do tipo.

- Então você quer ser punida? - sua boca sussurra em meu ouvido, enquanto suas mãos apertam minha cintura cada vez mais. Senhor. - Se você quiser, eu posso ser mau...

Que merda é essa? Ele está flertando comigo na cara dura?

- Se afasta. - ordeno. - Tire as suas mãos de mim.

- Por que? Tem medo de não conseguir resistir? - ele continua com a provocação, subindo e descendo suas mãos lentamente. - Eu posso te punir, se for esse o seu desejo...

Droga.

- Eu acho que é você quem não consegue resistir. Não eu. - me viro, ficando de frente com ele. Nossos narizes se tocando quando eu levanto a cabeça para encará-lo. Respira, Bestrice.

O Sangue do Silêncio Onde histórias criam vida. Descubra agora