"Amor é uma palavra tão forte que só os mais entregues a ele entenderam o peso que tais poucas letras carregam."
Acho que se o perigo estivesse no meio da rua ao meu lado ali mesmo, não temeria a morte, eu não estava me preocupando se Jackson tinha acabado de ir embora ou se ele ainda estava ali me apairando, eu realmente não estava com cabeça para aquele tipo de situação, a invulnerabilidade tomava conta de mim no momento, eu nem me alertei em guardar a arma na cintura, qualquer um que passasse ali não pensaria duas vezes em ligar para a polícia e denunciar que tinha um maluco caminhando bem devagar vagando na noite. A sensação maravilhosa ao lembrar do que acabou de acontecer me fazia respirar fundo, mas ao mesmo tempo a culpa vinha e fazia a maior confusão em minha mente, um lado dizia que não era errado, e outro opinava que aquele ato foi um absurdo, que foi impulsividade, que foi tolice minha, que foi fraqueza, enquanto essa confusão se agrava, continuava a caminhar até a porta da minha casa, o peso da culpa veio tão forte que eu não estava mais nem sabendo controlar minha respiração, segurei a maçaneta com força querendo arranca-la dali em um único ato.- Mas que porra!. - abri a porta a fechando com toda a força que estava em meu punho.
Presumo que talvez daqui alguns segundos Beverly e Lian venham ver o porque de tamanho alvoroço.
- Mas que droga!. - soquei a porta sem me preocupar com a dor nos ossos de meus dedos. - Caralho!. - xinguei uma. - Mas que merda!. - duas vezes.
Passei a mão no cabelo e puxei novamente o ar sentindo minha respiração e batidas ficarem descompassadas pelo ódio que estava beirando a me consumir por inteiro.
Qual é o meu problema?, porque eu simplesmente não consigo me segurar perto dela?, porque a porra da minha mente insiste em me colocar invulnerável diante dela, caralho?.
Eu não poderia ter a beijado, isso só irá piorar a situação em que nos encontramos, eu não posso dar um passo a mais nisso, mais eu sou um puto de um teimoso.- Puta que pariu!. - chutei a mesinha do abajur que caiu junto dos objetos que ali estavam. - Porra, porra, porra!. - gritei.
- Hey, ei, ei, ei!. - ouvi passos de Lian correndo descendo as escadas. - O que aconteceu cara?. - eu simplesmente não respondi. - Fala o que aconteceu, irmão?!. - suas mãos estavam diante dos meus ombros e ele tentava ao máximo encarar meus olhos que miravam o chão.
- Eu não tenho Lian!. - minha voz saiu quase inaudível.
- Não tem o quê? - apertou meus ombros tentando me fazer o encarar.
- Eu não tenho a porra do controle sobre mim Lian!. - meus olhos ardiam. - Eu não tenho essa simples ação!.
- Controle sobre o que Yoongi?, me explica isso direito cara, você está puto demais, respira!.
- Eu não tenho controle quando fico perto daquela garota Lian, a Lavina, eu não consigo!
- Calma, isso é questão de sentimentos!.
- Calma, Lian, você me pede para ter calma?, não ver que estamos colocando vidas em torno dessa maldita confusão?!.
- Eu sei, todos nós aqui corremos riscos, e estamos aqui para acabar com isso, mas você precisa entender que no seu caso é diferente, é muito mais delicado, eu devo imaginar o quanto é uma merda não poder chegar perto dela.
- A gente se beijou e isso não deveria ter acontecido, você consegue entender?.
- O quê?!.
- É isso. - sentei-me no sofá coçando os olhos.
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O garoto da Casa ao Lado - [Min Yoongi]
أدب المراهقينPodemos nos esconder do passado por dez ou até mesmo milhares de anos, mas uma coisa é certa, se a raiz maligna que ainda permanece nele não foi arrancada e destruída de vez, o mais óbvio é que ela esteja crescendo, e os galhos desta árvore irão lhe...