Chuuya acorda-se após longas horas de um sono profundo e respira fundo ao perceber, em uma breve olhadela, que está na suíte do mais novo, novamente, antes que seus olhos estejam notoriamente incomodados com o clarão de uma luz branca e fechem-se automaticamente em poucos segundos.
- Ei, idiota! - Ele resmunga e defere uma leve cotovelada no braço de Dazai. - Que horas são?
O detetive acorda e suspira antes de processar o que o outro dissera. - Não sei se você percebeu, mas eu estava dormindo e não sou seu escravo. Ainda bem que você não tem deficiência nenhuma e pode simplesmente ver que horas são sem me perturbar de novo, né? - Ele responde com um pouco de deboche, bocejando em seguida.
- Você tá aqui de favor, posso de expulsar quando eu bem entender. - O ruivo puxa a gola da camisa de Dazai e ameaça, mas ainda cede à tentação de continuar deitado.
- Nós dois sabemos que você não faria isso. - Ele parece desafiá-lo e boceja novamente.
- Quer saber? Nenhuma mísera alma se importará se eu te espancar agora mesmo. - Chuuya parece cada vez mais estressado e encara Dazai, com uma chama de fúria nos olhos.
Dazai parece se divertir com isso. - Ah, olha você. Tão estrassadinho. - Ele leva as mãos ao rosto de Chuuya e aperta as maçãs de seu rosto.
- MISERÁVEL! VOCÊ QUER QUE EU TE MATE? - Chuuya puxa sua gola e suas mãos tremem quando ele puxa o moreno para perto de si.
- Então, você vai continuar me puxando até que ponto? - Um sorriso brincalhão surge em seus lábios. - Posso acabar insinuando algo que não deveria, ou será que deveria?
Chuuya está um pouco envergonhado por isso, apesar de não transparecer. - O que foi? Tá tentando me envergonhar? Não vai conseguir, Dazai. Você tem tanto medo assim da situação acabar como "não deveria"?
- Ah, você está tentando fazer psicologia reversa, agora? - O detetive está um tanto surpreso por essa atitude, apesar de não admitir. - Essa é nova.
Chuuya sobe a mão pela garganta do moreno e pressiona-a. - Você não reconhece a hora de parar nunca, Dazai? - Ele parece um pouco mais sério agora, forçando-o a manter o contato visual.
Dazai apenas encara o mafioso.
- Ficou mudo? Você gosta tanto de invadir o espaço pessoal alheio, ninguém nunca invadiu o seu? - Eles continuam se encarando, apesar do olhar do mais novo ter relaxado brevemente.
Ele abre a boca, como se estivesse prestes a falar algo.
- O que foi? Vai continuar mudo?
- Ar. - Ele fala, sem voz e bate com a pouca força que tem no braço do ruivo, que apertava cada vez mais o seu pescoço.
- Caralho. - Chuuya solta a garganta do detetive, que puxa o máximo de ar que pode em seguida.
- Puta merda, eu já tava vendo estrelinha. - Ele declara depois de tossir um pouco, ainda se recuperando.
- Eu teria continuado se soubesse. Seria minha chance perfeita de te matar.
- Até parece.
- Tá se achando demais, você é só mais uma pessoa qualquer que mal tem para onde cair morto, isso não significa nada para mim.
- Bem lá no fundo, eu sei que você se importa comigo.
- Nem no meu momento mais sentimental. Eu te odeio, Dazai.
O moreno apenas ri e deita-se novamente.
- Ainda não descansei o suficiente, preciso de um tempo.
Enquanto Dazai adormece mais uma vez, Chuuya vai até o closet e veste uma calça bege e uma camisa de malha branca, põe um sapato social preto e sem cadarço.
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Em Parceria A Longo Prazo.
Fiksi PenggemarChuuya e Dazai precisam aliar-se mais uma vez para realizar uma missão complexa, porém, por tempo indeterminado. Precisarão conviver juntos, novamente.