Capítulo 1: Uma amizade..?

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    (Nova Orleans - 1905)

   Era normal. Tudo ocorria como o normal. A garotinha se levantou, olhando ao relógio antigo ao seu lado. O badalar deles eram suaves e tranquilos, como todas as manhãs. O raio solar batendo contra seu rosto te fazia relaxar, era confortante.

  Ela se levantou, espreguiçou-se e olhou pela janela. O verão diante de seus olhos reluzia, os altos pinheiros se contorciam aos ventos que batiam contra eles. Ela então se vira para ver que  horas eram... 6h00 (A/n: Sim, uma referência a FNAF não podia faltar aqui). Ela foi até seu calendário e retirou mais uma folha... 13 de Julho de 1905. Era um dia como qualquer outro.

  Ela desceu correndo as escadas até chegar ao solo firme, olhando pra seus pais, que a cumprimentaram educadamente e de maneira gentil. Ela se sentia acolhida ali... Afinal, era sua casa. Ela pegou sua mochila após tomar um café e foi em direção a porta de sua casa.

  Muito feliz, a garotinha seguiu andando normalmente pelas ruas, cantarolando levemente como todos os dias, indo em direção a escola.

  No caminho pra escola, ela se depara com algo no mínimo peculiar em relação aos outros dias. Elas se sentia... Observada? A garotinha, assustada, se virou e tentou buscar por respostas de quem seria o tal vigia, mas não encontra nada.

  S/n: Uhhh... Alguém aí? - Ela pergunta, confusa e com medo. Mas não obteve nenhuma resposta. - Olha só! Pare com essa brincadeira! Isso não é engraçado... - Ela encolheu-se um pouco e deu um passo pra trás, com medo. Nem vendo uma sombra emergindo atrás dela. Ela se vira, confusa.

  - Boo!! - Um garotinho com cabelos e olhos castanhos a assustou, ele aparentava ter sua idade, 7 anos. A garotinha soltou um grito estridente e se afastou, tremendo. Ele apenas riu. - Hahahahaha! Você precisava ser sua reação! - Ele riu de uma forma fofa.

  S/n: Vo-você é maluco!! - Ela disse, confusa, mas levemente irritada pela ousadia do garotinho.

  - Bem, desculpe-me pela minha ousadia. E que falta de respeito de minha parte! Eu sou Alastor. Qual seu nome senhorita? - Ele pergunta elegantemente, pegando sua mão gentilmente e beijando a parte superior dela como modo de respeito.

  S/n: Meu nome é S/n. Prazer em conhecê-lo Alastor. Mas... Se não se incomoda... Por que você está aqui? Viestes aqui apenas me assustar?

  Alastor: Ah, na verdade... Eu apenas vi você carregando sua mochila e indo pra escola. Então, decidi dar um oi e tentar fazer alguma amizade com você. Eu... Eu não me dou bem com outras crianças... - Ele disse tristemente. S/n sentiu empatia dele e ofereceu um abraço. Alastor o aceitou e te abraçou, sorrindo amplamente, ela o abraçou reciprocamente.

  S/n: É, eu entendo. Eu também tenho algumas dificuldades em me enturmar. Crianças podem ser meio difíceis às vezes... Eu compreendo seu lado Alastor. - Ela a soltou do abraço.

  Alastor: Então vamos para a escola? É isso? - Ela concorda com a cabeça e normalmente eles seguem para a escola. Durante o caminho, Alastor comentou o quão chique achava o modo que ela falava, que era tão... Formal e elegante.

  S/n apenas respondeu que falava daquela forma pelo fato que lia muitos livros. Alastor apenas reagiu com um sorriso e um pensamento que usaria ela como inspiração para falar da mesma forma como ela.

  ~pulo de tempo para 6 de Abril de 1917~

  Aquele dia... O dia que mudaria sua vida de céu para o inferno. Aparentemente parecia se tratar em mais um dia normal na sua vida. Você se levanta animadamente, quase se esquecendo que uma guerra mundial rodeava o mundo.

  Você desceu para a cozinha, seu pai, um velho homem de 50 anos, estava sentado à mesa, tomando café e preparando-se para o trabalho. Sua mãe estava ao fogão, preparando a comida enquanto deixava o rádio ligado tocando em uma estação qualquer.

  Tudo normal, até o susto:

  Locutor: Hoje, dia 6 de Abril de 1917... O presidente Woodrow Wilson acaba de dar uma declaração que os EUA entra em combate na Guerra ao lado de Inglaterra, França e Rússia. Aliando-se ao lado da Tríplice Entente. - Imediatamente todos na cozinha ficaram horrorizados, exceto seu irmãozinho mais novo, Fred, que era novo demais e não compreendia o horror dessa temível situação. - O exército americano pede para que todos os homens apresentem-se para eles o mais rápido possível. Não serão considerados homens com mais de 60 anos; deficiências físicas ou portadores de doenças sérias em estado grave. - Você temeu, afinal, nem seu pai, nem seu irmão mais velho se encaixavam nesses critérios.

  O pânico dominou a casa. Você, tentou seu melhor pra tentar amenizar a situação, mas não funcionou. Você foi para seu quarto e desabou em prantos. Orando a Deus que te ajudasse e que, nem seu pai, nem seu irmão fossem convocados pelo exército. Pois você podia sentir que de lá, eles não retornariam...

  Você então, sem pensar direito e movida pela força da emoção, escreve uma carta ao seu amigo...

  "Querido Alastor,

  Após essa declaração, eu me sinto vazia, sem nada, como se minha alma tivesse sido tirada de mim pelo diabo em pessoa. Sinto-me perdida e desamparada. Gostaria de encontrar uma fonte de apoio, por isso vim pedir sua resposta. Você é muito mais perspicaz e inteligente do que a mim. Dado essa declaração, gostaria de lhe pedir por um conselho.

  'O que devo fazer?'

  Tenho medo que meu pai e irmão sejam levados pra guerra. O trabalho de minha mãe não é o suficiente pra cobrir com os gastos de toda a família e não tenho certeza se o governo fornecerá investimento para as famílias. Por isso temo.

  Temo também que algo de ruim ocorra com eles. Não sei o que faria sem a presença de meu pai aqui. Um homem tão importante pra mim e toda a minha família.

  Bem, devo lhe agradecer por me ajudar quando mais precisei. Por conta da guerra, não tenho certeza se poderemos manter contato fisicamente, mas provavelmente não. Então, acho que vamos ter que nos acostumar a nos comunicar apenas por cartas. Sei que será um momento difícil, mas desejo toda sorte possível para você e sua mãe.

     Um abraço,

S/n L/n.

  Em alguns dias, você obteve sua resposta. Mas infelizmente, não era como você gostaria...

  "Cara S/n,

  Tenho consciência do que está ocorrendo diante de nossos olhos. As trincheiras não param de se espalhar, algo assustador e histórico diante de nós... Jamais visto antes. Desde que vimos o fato dessa criação tão subestimada no começo, mas que com o passar do tempo, todos deram seu devido valor.

   Há quantos anos não nos vimos, hum? Mas digo-lhe algo sobre as mudanças que me ocorreram. Meu pai se foi, triste, não? Sinto-me ainda pior com essas novidades. Dói-me ter de aceitar uma verdade tão cruel.

  Entretanto, há uma verdade detrás das cortinas... Não foi de uma causa natural ou acidental... Foi assassinato. Eu não sei quem cometeu tamanha injúria, mas sei de algo... Ele irá pagar. Algo me diz isso, não sei o que (talvez Deus?).

  Ver esse caos sendo gerado em nossas vidas me faz ter um sentimento terrível. Essa casa e estação de rádio se transformaram em uma espécie de prisão. Sinto-me como um pássaro enjaulado pela pressão. Essa pressão interfere tanto em meu trabalho, mas tenho ideias de como usá-las ao meu favor.

  E falando em ideias. Sinto-te informar que não consegui pensar em uma solução para seu problema.

  Por final, agradeço-te por ter enviado a mim esta belíssima carta. Irei lhe informando como ocorrem as questões por mim aqui."

 Continua...

Um problema triplo (Bill Cipher x reader x Alastor x Bendy) - CANCELADAOnde histórias criam vida. Descubra agora