O Encontro dos Destinos

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Numa manhã enevoada em Seoul Arts University, Lee Know se perdia nas pinceladas de sua tela, meticulosamente mesclando cores para tentar capturar a essência de um sonho fugaz que escapava de suas mãos como fumaça. Cada traço era uma busca pela manifestação visual de uma inspiração etérea.

Enquanto isso, no estúdio ao lado, Han Jisung ajustava as lentes de sua câmera com precisão cirúrgica. Seus olhos, observadores e inquietos, buscavam congelar momentos que contassem histórias ainda não escritas. Ele ansiava por capturar não apenas a imagem, mas a emoção por trás de cada cena.

O destino, como uma obra de arte inacabada, começava a tecer linhas invisíveis entre esses dois jovens artistas, enquanto o campus vibrava com a promessa de descobertas coloridas e paletas emocionais.

Enquanto Lee Know concentrava-se em pintar um retrato delicado de uma senhora, meticulosamente delineando cada ruga com a finesse de um artista experiente, Han Jisung se via frustrado diante de sua busca incessante pela foto perfeita. Ele era obcecado por detalhes, visuais e ângulos, e vagava pela sala em busca de inspiração, enquanto seus colegas aproveitavam a pausa para socializar.

— Hey! Jisung hyung, tem como parar de bufar e de caminhar em círculos? Já estou ficando tonto. — Jeongin, o aluno mais novo da turma, brincou, exibindo um sorriso radiante e olhos finos.

Ao perceber a expressão preocupada de Jisung, o mais novo aproximou-se e o abraçou o que o fez sorrir levemente.

— Aish~ I.N, estou ficando maluco. Não consigo encontrar nada nem ninguém bom o suficiente para ser modelo para a foto. Me salva!

Jisung reclamava enquanto abraçava Jeongin, desabafando sua frustração.

— Hey, hey, calma. Ainda tem tempo até o prazo acabar. Apenas tente relaxar um pouco, okay?

O mais velho concordou com um som de "uhm" e sorriu, desapegando-se do jovem, mas a preocupação continuava a pairar sobre ele como a sombra de um desafio não resolvido.

Ao soar do sinal, indicando que era hora de retornar à sala de aula, Han Jisung desvia seu olhar do estúdio de arte, onde Lee Know, um estudante alto e renomado pela sua beleza na universidade, dedica-se à sua obra. Han recolhe-se, mas a imagem das pinceladas de Lee Know ainda ecoa em sua mente enquanto ele retorna à sala de aula.

Os cumprimentos reverberam pelo espaço quando os alunos entram na sala, cada um ocupando seu lugar habitual. O professor Seok, uma figura experiente e respeitada, inicia a aula abordando dicas e técnicas avançadas na arte da fotografia. Enquanto ele compartilha sua sabedoria, Han tenta concentrar-se nas anotações, mas sua mente, teimosa, insiste em retornar às imagens do estúdio ao lado.

O ambiente da sala de aula torna-se um palco de aprendizes, mas para Han Jisung, as palavras do professor servem como um fundo distante. Seus pensamentos continuam a dançar nas pinceladas de Lee Know, nas cores meticulosamente escolhidas que dão vida às suas obras. Cada explicação técnica do professor é ofuscada pela imagem do artista concentrado em seu ofício.

Mesmo enquanto Han registra diligentemente as orientações do professor em seu caderno, seus olhos ocasionalmente se perdem na direção do estúdio vizinho. A aura de mistério que envolve Lee Know, um artista de renome, alimenta a curiosidade de Han, transformando a aula em uma dualidade entre teoria e a presença hipnótica das artes visuais.

O conflito entre o dever acadêmico e a fascinação artística torna-se evidente, criando um cenário em que as barreiras entre a técnica fotográfica e a expressão artística começam a se entrelaçar. Han Jisung, dividido entre dois mundos, tece inconscientemente os fios de sua própria narrativa dentro da tapeçaria acadêmica e artística que se desdobra na Seoul Arts University.

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