Capítulo 3: O locutor assassino

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"Nos encontraremos novamente

Não sei onde. Não sei quando

Mas sei que nos encontraremos novamente, em algum dia ensolarado

Continue sorrindo até o fim

Assim como sempre faz." - We'll meet again by Vera Lynn.

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  (Narrativa de Alastor)

  O som dos gritos ecoaram ao momento que a minha vitima notou minhas intenções. A faca ensanguentada em minhas mãos, comigo rindo levemente, mas de uma maneira sádica. Seus gritos desesperados eram música aos meus ouvidos, era glorioso.

  Olhei pela janela, as árvores tendo suas feições iluminadas pelo luar, que se espalhava no horizonte. Era uma noite de lua cheia, um brilho refletido intenso que iluminava tudo, nem seria necessário ascender os lampiões das cidades. As estrelas dançando ao redor da lua, com curiosos se perguntando o que poderia haver além daquilo.

  Voltei meu olhar para a vítima, demonstrando calma e nem um pouco de pena por parte dela. (A/n: Gente, falando em seriais killers... Eu acabei de lembrar do Slenderman. Rapaz... Voltei pra 2016 agora. E por falar em 2016... Eu aqui ouvindo músicas dessa época. Saudades, simplesmente).

  Com um sorriso sádico sendo desenhado pelo meu rosto lentamente, eu me aproximava dela a passos lentos. Seu medo crescendo diante de meus olhos fez com que meu sorriso aumentasse, um entretenimento interessante seria este.

  Senti uma sensação mágica ao rasgar toda a carne daquele homem, rasgando tudo o mais profundo que podia. O sangue escorrendo por todo o local. Meu sorriso se alargando cada vez mais e ficando sujo de sangue.

  Ao terminar de rasgá-lo totalmente, afasto-me e deixo minha faca sobre a mesa, logo arrumando minhas luvas (luvas para que não existissem digitais minhas nas "provas"). Recolhi toda a carne e, como todo canibal, preparo uma refeição com isso.

  ~pulo de tempo~

  Quando chego ao meu trabalho, a secretária da rádio se aproxima de mim e me entrega as notícias diárias que teria de anunciar. Pego minha xícara de café e tomo um pouco enquanto conferia as notícias.

  "Policia afirma mais um desaparecimento em Nova Orlens. Sendo desta vez a vítima de 26 anos, mais conhecido como Charles Jones", ahh... Se eles soubessem que eu sou o famoso Serial Killer que terroriza essa cidade... Mas quem disse que deixarei fácil esse joguinho? Não... Será mais confuso. É interessante ver a polícia de Nova Orleans me caçando por todos os lados sem nem saber quem sou... Nem minha mãe sabe da verdade. E ninguém vai. Ninguém.

  Minha atuação vai perdurar, meu sorriso carismático e gentil vai persistir e meu personagem das rádios irá conservar e esconder a verdade que escondo por trás. Verdade que ecoa por minha mente, paredes de atuação não a permitindo sair, paredes que eu mesmo construí com meu saber. O destino se escondendo na escuridão... Quem é? As vozes em minha mente dizem pra ouvir calmamente o que está acontecendo... E escuto atentamente. Eu ouço gritos que imploram por ajuda, de vozes que eu não reconheço, mas é tranquilizante, a música de fundo tocando me deixa em paz.

  O futuro é uma música, uma música que devemos saber como dançá-la bem. Uma música caótica em uma língua desconhecida por todos, uma língua inventada pelo tempo, com palavras embaralhadas que se misturam e dançam entre umas as outras e letras embaralhadas escritas em uma criptografia antiga pelos antigos povos que todos a conhecem, mas não sabem sua origem e nem como usá-la. Tudo isso codificado em números. Algum dia alguém conseguirá decodificar esse embaraço de letras, palavras e números? Provavelmente não. Somos apenas humanos de qualquer forma. Presos em um ciclo, um ciclo mortal que não é infinito, o mesmo com nossas mentes, que permanecem trancadas em algo limitado, barrado pelo tempo e pelos nossos limites mortais, como o universo. Então... Você sabe dançar essa dança?

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  (Narrativa de S/n)

  Eu finalmente consegui. Fui aceita como roteirista naquela empresa de animações. Então, fui até lá, olhando o prédio em seus mínimos detalhes. Quando adentro no local, sou recebida pelo diretor musical do local, Sammy Lawrence. Um homem elegante, com cabelos loiros claros, olhos âmbares escuros, usando um terno.

  Sammy: Presumo que seja S/n L/n? Correto? - Afirmo. - Certo. - Sou Sammy Lawrence, diretor musical desse estúdio. Joey está ocupado e não pôde vir falar com você, por isso ele enviou a mim para apresentá-la ao estúdio.

  Dessa forma, fizemos um tour por todo o local, que não era muito grande, tendo apenas dois andares. Era bonito o local. Então, chegamos a minha sala de trabalho.

  Sammy: Bem, esta será sua sala de trabalho. Aqui você fará seus roteiros dos episódios. - Ele, de repente, entrega-me um pequeno guia. - Aqui está. Esse guia irá te ajudar a entender a personalidade de cada um dos personagens e o contexto que eles se encaixam nas histórias.

  S/n: Ah sim, obrigada. - Eu dei uma breve olhada em todo o guia. Logo, olhando pra ele novamente.

  Sammy: Precisa de algo mais? - Eu nego - Ok, tudo bem senhorita. Caso precise de algo, chame-me no meu escritório. - E com isso, ele sai de minha sala, fechando a porta atrás de si.

  Eu me viro para minha mesa e me sento na cadeira diante dela, começando a ler o conteúdo do guia. Um breve, simples e pequeno guia. Ao final, após compreender todo o conteúdo, coloco o pequeno guia de lado e começo a pensar em uma história que poderia colocar no papel.

  Eram poucos personagens, então seria mais fácil criar um desenvolvimento pra cada um deles. Mas um deles chamou mais a minha atenção que outros... Bendy, o diabinho dançante. Sempre com um sorriso no rosto; adorável, carismático e engraçado, um personagem que com certeza chamaria a atenção do público. E não estava errada, haviam placas dele por toda a parte.

  Comecei a escrever o contexto da história. Meus dedos segurando a caneta e guiando-a pelo papel, a tinta traçando o caminho enquanto a caneta dançava sobre o papel. O farfalhar do papel ao contato da caneta era calmante e o único som audível dentro da sala.

  Eu estava me divertindo um pouco com isso, um sorriso desenhado em meu rosto sem que eu notasse. Até que um novo som é transmitido na sala: meu cantarolar baixo. Começo a cantarolar uma música qualquer.

  Pelo notável, acho que me divertirei com esse novo emprego.

 Continua...

Um problema triplo (Bill Cipher x reader x Alastor x Bendy) - CANCELADAOnde histórias criam vida. Descubra agora