champagne problems. -(percabeth)

Capítulo único.

"Ela teria sido uma noiva adorável
Pena que é ferrada da cabeça"

Era outono, as árvores do campo estavam despidas de folhas e os arbustos todos mortos em contraste com o lindo céu azul e sem nuvens. Percy e eu caminhávamos juntos pelo gramado como os adolescentes felizes que éramos.

— Thalia casada, Rachel indo para Europa... e agora que você se formou, terá longas férias. — expresso meus pensamentos em voz alta. — Não sou tão boa quanto Piper, então estou com raiva e ansiosa.

Ele está um pouco atrás de mim, pois me empolguei e comecei a andar muito depressa.

— Não precisa ficar aqui, Annabeth. — percebo seu tom sério, mas estou sorrindo quando me viro, percebendo que Percy havia parado de andar.

Colocou as mãos nos bolsos da calça, seu cabelo, que já era bagunçado naturalmente, agora estava mil vezes pior, sendo sacudido pelo vento frio da estação.

— Por quê? Devemos fugir em algum navio pirata? — Percy nega com a cabeça, e um silêncio se instala enquanto nos encaramos, meu sorriso sumindo conforme suas intenções ficam mais claras para mim. — Não. Por favor, não.

Dou as costas para ele, voltando a caminhar pela grama, mas sem um rumo em mente. Eu poderia estar até mesmo rodando em círculos.

— Não dá, Annabeth. Precisamos falar disso. — percebo que ele está me seguindo, quase correndo para acompanhar meu passo. — Eu te amo desde que te conheci. Não consegui evitar. — as palavras me fizeram olhá-lo, parando novamente de frente para ele, uma distância de alguns passos entre nós. — Tentei mostrar, você não deixou e está tudo bem... — estou sacudindo a cabeça freneticamente, a palavra "não" sendo a única coisa que consigo dizer. — mas agora quero que escute e me dê uma resposta, porque não posso mais continuar assim.

— Por favor, não. — outra tentativa falha de fazê-lo parar de falar, olhando para os pés agora, sentindo meu cabelo cair na frente do rosto.

— Larguei o bilhar e tudo que você não aprovava. Estou feliz assim. — Percy continuou, dobrando o corpo para frente e gesticulando com os braços. — E esperei, sem reclamar, porque eu... — parou, olhando para mim, em seguida para o chão, e então de volta para mim. — ...porque eu pensei que você me amasse, Annabeth! E sei que não sou bom o suficiente, não sou um grande homem e...

Senti meu coração se rachando ao meio conforme ouvia cada uma dessas palavras sair da boca dele, e tive que interrompê-lo, dando um passo à frente e segurando um de seus antebraços.

— Você é. Você é bom até demais para mim. — olhava fixamente em seus olhos enquanto falava sentido sua íris verde me engolindo enquanto tentava manter a voz firme. — E sou muito grata a você, e tenho muito orgulho de você. — o soltei, me afastando um passo e cerrando os punhos ao lado do corpo. — Mas não consigo amar você do jeito que você quer. Não sei por quê.

É Percy quem quebra o contato visual, olhando para o lado e para baixo, onde havia um arbusto seco e cheio de espinhos evidentes. Meu coração está batendo tão forte que consigo escutá-lo pulsando em meus ouvidos, e minha respiração é trêmula e descompassada. Estou desesperada, pois ele parece realmente triste agora que me expressei melhor depois de ouvi-lo se abrir.

— Não consegue? — seu tom saiu relativamente baixo.

Respirei fundo, engolindo em seco antes de responder:

— Não. Não consigo. Não consigo mudar o que sinto e... seria mentira dizer que te amo sem amar. — ele fecha os olhos e respira pela boca, sei que está sofrendo e isso me faz sentir ainda pior. — Sinto muito, Percy. Mas não consigo.