16: Vocês transam?!

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Quando for a horaNão importaráSerá como se eu nunca estivesse lá Será como se eu fosse mais do que ar rarefeito

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Quando for a hora
Não importará
Será como se eu nunca estivesse lá
Será como se eu fosse mais do que ar rarefeito

The Weeknd, em I was never there.

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• DAMIANO RUSSO •

— Quando você vai se mudar? — sou direto com Giada, mas ela nem se dá o trabalho de olhar para mim.

— Quando eu achar um apartamento bom — murmura, focada no ecrã do laptop.

Tomo uma cadeira na mesa, com uma taça de vinho na mão, balançando o líquido de leve e dando um pequeno trago depois.

— E com "bom" você quer dizer...? — incito, para ver se eu mesmo arranjo o tal apartamento bom para ela.

Se depender da minha amiga, ela fica a morar aqui a vida toda, sem se incomodar em momento algum. E é isso que eu não quero. Me sinto claustrofóbico cada vez que estamos no mesmo ambiente depois daquele deslize meu, e me odeio cada vez que toco na Fadinha e me lembro de que transei com outra pensando nela.

É um misto de raiva e auto depreciação. Me faz sentir que não estou no controle de mim mesmo, e que não consigo separar as coisas. O que nunca foi difícil para mim.

— O que foi, Damiano? Está tão louco assim pra' me colocar pra' fora da sua casa? — ela pergunta, com certo humor e um sorriso no rosto, mas eu noto a mágoa no seu olhar.

O pior é que eu não importo, e não sei como me sentir ou o que achar sobre isso.

— Um pouco, sim...— coço a barba, diante do seu olhar indignado — Não me interprete mal. Você sabe que eu prefiro morar sozinho. É uma coisa...minha.

Odeio ter que dar explicações, mas odeio mais ainda que Giada pense mal de mim ou esteja triste. É certo que eu não sou uma boa pessoa, mas ela é, e não precisa levar os meus desaforos consigo.

— Eu vou para o meu quarto — avisa, recolhendo as suas coisas da mesa para se retirar — Ou melhor, um dos seus quartos, já que a casa é sua.

— Giada — chamo, suspirando em aborrecimento. Mulheres são tão sensíveis! — Gia, me ouça...Giada!

Ela paralisa a meio do caminho quando bato na mesa com o punho, berrando o seu nome. Agarrada ao laptop, o carregador e o seu celular, ela se vira com uma cara de poucos amigos.

— Venha se sentar — indico a sua cadeira. Ela não move um só centímetro do corpo — Agora.

Sei que ela me considera uma iminente ameaça quando expludo, e sei também que odeia ser comandada, mas faz como eu mando e vem se sentar novamente e coloca os aparelhos eletrônicos onde estavam antes.

Dominados Pelas Sombras|+18Onde histórias criam vida. Descubra agora