Vejo-me em meio a um campo gigantesco, com grama alta verde amarelada. Ao longe a montanhas.
Corro, corro e sequer sei o porque corro. Somente sinto em meu peito dever ir o mais rápido que consigo. Então sem pensar acelero meus pés.
-Ó céus estou cansada, então paro.
-Que diabos é isso! (exclamo)
Deparo-me em outro lugar, Agora estou rodeada de pessoas conhecidas e desconhecidas. Temos de atravessar uma espécie de pântano, coberto por vinhas, de altas árvores engrenhadas umas as outras, em meio a água a lodo e corpos. Corpos grandes, pequenos e GIGANTESCOS, alguns humanos outros de algum tipo de bonecos. Porém todos com a mesma condição, putrefatos e cinzas, sem cor alguma.
-DEVE HAVER OUTRO JEITO DE ATRAVESSAR NÃO PODEMOS IR POR AÍ! (grito em desespero)
No entanto um rosto familiar aparece dentre a multidão.
-Ana?! ANA, AH minha amada irmã que fazes aqui? não deveria estar aqui. (digo com temor)
-Não tem outro jeito de cruzar ao outro lado, vamos por aqui. (falou Ana)
Logo seguida um homem saiu do meio da multidão e avançou em direção ao pântano. Porém logo ao adentrar a água o homem sem perceber começará a perder sua cor. Quanto mais fundo ele ia na água mais pálido ele ficava. Então coberto de água até a cintura ele perdeu suas cores por vez. Caindo diretamente em meio ao pântano juntando-se aos mortos.
A esposa do pobre ingênuo homem qual assistirá com seus próprios olhos a morte de seu amado desesperada correu em direção as águas para se juntar a ele.
Visto a cena a multidão deu passos para trás e se entreolharam com medo.
Ana com receio disse então: -Não toquem na água! deve haver outro jeito.
Ana então olhou para os corpos na água e notou que poderiam usar aqueles corpos como plataformas subindo encima dos próprios para encontrar o outro lado.
Então ela disse: - Vejam! Os corpos, podemos usar os corpos para atravessar! (falou Ana)
Um homem muito rude de barba grisalha por fazer e um olhar enojado gritou:
-SE VOCÊ DIZ VÁ POR PRIMEIRO! NÃO VOU MORRER POR SUAS IDEIAS. (homem grisalho)
Ana sem ter escolha foi em direção a água, tentei lhe impedir porém sem sucesso. Logo ela pulou sobre um dos corpos.
O corpo balançava na água enquanto ela tentava se equilibrar, logo firmou-se e pulou a outro. A multidão em seguida começou a fazer o mesmo. Porém nem todos os corpos eram firmes o suficiente e muitas pessoas acabaram por afundar. A medida que avançavam eu perdia os de vista. Ana olhou a mim e gritou:
-IRMÃ VENHA RÁPIDO OU ELES TE PEGARAM!
Ana acabou perdendo seu equilíbrio encostando na água, a vi começar a perder sua cor. Imediatamente corri em sua direção adentrando a água em meio ao desespero. Mas algo está errado. Por quê não estou sem cores? Vou até ela e seguida a puxo novamente a beira do rio.
Ela está quase sem cor, enquanto choro a abraço com pesar de não ter a impedido. Então olho a ela novamente, suas cores estão voltando, ELA ESTÁ VOLTANDO! (sorrio contente)
Ana recobra sua consciência e me diz:
-Irmã o que você fez?? A ponta de seus dedos, e-estão, estão CINZAS! (falou Ana)
Olho minhas mãos... Ah merda.
Mas, não está se espalhando, veja! (murmúrios dentre as pessoas que não atravessaram)
-ELA CONSEGUE ABSORVER ESTA COISA, ELA CONSEGUE! (gritou uma mulher exaltada)
Diversas pessoas com crianças em meio ao colo e outros quais tinham encostado na água me envolvem e tocam meu corpo.
-SAIAMM (grito desesperada)
Mas é tarde, agora já não possuo mais cor.
minha visão começa a escurecer.
-Estou morrendo?