Capítulo 11 👽 - Confeitaria

27 3 0
                                    

Ely.

Ao abrir os olhos pela manhã, escuto alguém cantando de longe, ergo os lençóis e me levanto, tomo um banho e me visto, depois tomo meus remédios e desço as escadas atrás da voz...dele.
- Quando foi que começou a cantar música do meu planeta? - Pergunto.
- Ah, olha só se não é minha humana favorita.- Diz, cortado o pão ao meio.- Está melhor? - Indaga.
- Eu estou bem e é claro que sou sua humana favorita, sou a única que você conhece.- Digo, me aproximando.
- Claro que não, você estava empatada com a Dona Ofélia.- Diz sorrindo, estava de bom humor.
- Depois do café, vamos para a confeitaria? - Pergunto.
- Eu vou e você fica, não quero que dê esforce muito e está muito sol lá fora.- Diz, me entregando o prato com um pão e um copo de café com leite.
- Está preocupado comigo? Não deveria, eu estou bem melhor e quero ajudar na confeitaria.- Digo, ele acaba aceitando e terminamos nosso café falando sobre...as estrelas, ele disse que do planeta dele elas ficavam mais perto do que dá Terra, que dava para ver melhor.
Pego minha bolsa, olho no espelho, a calça jeans e a camisa branca estavam bem passadas, solto o cabelo e coloco um tênis, hora de ir.
- Pode me deixar aqui, - Diz ao taxista. - Eu te encontro na confeitaria, tudo bem? - Ele me olha.
- Está tudo bem? - Pergunto.
- Só preciso buscar algo que eu comprei e depois vou para a confeitaria.- Afirma, abrindo a porta do táxi quando para.
- Você sabe o caminho? - Pergunto quando ele desce do carro.
- Te encontrar é fácil, Ely.- Sorri e fecha a porta, depois sai andando para o meio das pessoas, ele parecia humano agora, não aquele Alien amedrontado de antes.
Chego na confeitaria e as telhas e as tintas já estão lá, ele as recebeu também levou nossos enfeites, começo a organizar as mesas, limpar o chão mesmo que depois fosse fazer uma bagunça para pintar..
Vou para os fundos e fico olhando a nave dele, ele também começou a mexer ali, será que fez tudo isso enquanto eu estava no hospital? Ele tentou ocupar a cabeça.

Rael.

- Estão prontos, senhor? - Pergunto ao homem que usava óculos grossos, foi Dona Ofélia que me recomendou esse lugar.
- Estão sim.- Diz, indo para os fundos de sua loja e depois voltando com uma caixa de tamanho médio, dentro estava dois colares, uma que era longo e chegava ao peito, esse era meu e o dela era uma gargantilha, ambos tinham um pingente igual, o meu era o planeta Terra e o dela uma estrela simbolizando a galáxia, atrás deles estava escrito "Andrômeda" o nome da constelação.
Esse era o meu presente de despedida, quando eu fosse embora eu daria a ela, minha humana.
Dou meu último dinheiro ao homem e guardo os colares, depois sigo andando em direção a confeitaria.
(...)
Ely.

Olho detalhadamente aquela nave, era realmente bonita, escuto algo pingar e me abaixo para olhar embaixo dela, tinha água pingando, ele deve ter lavado a mesma mas também tinha algo piscando no escuro, era bem pequena e estava enficada nela.
Logo a lanterna do meu celular e aquilo parecia um...sensor.
Será que ele viu aquilo, ali?
Não dá tempo de perguntar, escuto um barulho vindo da frente da confeitaria, uma outra...nave? Ela não pousa, uma mulher desce por uma corda e outros dois homens com ela e em seguida a nave fica... invisível?
Eles caminham na direção da minha confeitaria, pego meu celular rápido e ligo para o Rael.
- O que foi, Ely? Está passando mau de novo? - Pergunta.
- Não vem pra cá, me entendeu? - Indago.
- O quê? Porque? - Pergunta.
- Uma outra nave apareceu e uma mulher desceu com dois homens a seguindo, ela usa uma tiara, como uma..- Não termino de falar, ele o faz.
- Como uma princesa.- Conclui.
- Eu vou fingir que não sei de nada, vai para casa e fica lá, não vou deixar que te levem.- Afirmo e então finalizo a ligação.
Não vou deixar que o levem para longe de mim.

Andrômeda || Luan Santana Onde histórias criam vida. Descubra agora