O fantasma do Natal (ShiIta)

O fantasma do Natal

Primeiramente, eu quero pedir desculpas. Tanto pra minha amiga secreta quanto para todo o grupo das fanfiqueiras. Eu errei e fui mlk, e não me orgulho disso. Todo mundo se organizou pra entregar a fanfic no tempo hábil, eu pedi pra prorrogar e mesmo assim caguei o pau no fim. Me desculpem de coração, principalmente você, Cris!

E o meu amigo secreto será quem é, hein? kkkkkkkkkk Pelo segundo ano consecutivo, tirei esse fio desencapado que só me dá trabalho, mas eu a amo mesmo assim! É isso aí, Cris, te amo e saiba que foi escrito com carinho pensando em você, CADA LINHA. Enfim, vamos ao que interessa, certo? E eu espero de coração e desesperadamente que você goste disso. Boa leitura!

É sabido que todos possuem almas gêmeas e que, quando encontradas, provocam certo impacto, seja físico ou emocional. Em alguns casos, como indicativo de que a encontramos, surgem marcas visíveis na pele, ou na tonalidade dos cabelos, já em outros, como no caso da família Uchiha, é o tom dos olhos que se altera, tornando-se vermelho.

Itachi encarou seus olhos ainda negros no espelho acima do aparador, um suspiro frustrado saindo de seus lábios bonitos. Aos trinta anos, ainda não havia encontrado a sua alma gêmea, de modo que já começava a desistir de encontrá-la um dia. Ainda mais quando Sasuke, seu irmão mais novo, a encontrara antes de si naquele mesmo ano.

Soprou uma mecha da franja para cima, o movimento fazendo com que os fios negros balançassem no ar antes que voltassem a atingir-lhe a face. Ele revirou os olhos, com as mãos ocupadas enquanto abria uma garrafa de vinho, não viu muito o que fazer além de continuar o seu trabalho mesmo com o cabelo nos olhos.

Após anos sem que encontrasse a sua alma gêmea, perdera toda a sua esperança, e estava convencido a passar o resto de sua vida sozinho. O pensamento soava imediatista e infantil, sabia. No entanto, como ainda acreditar que encontraria sua alma gêmea naquela vida quando até mesmo seu irmão caçula encontrara a sua primeiro?

Despejava o conteúdo da garrafa de vinho tinto em sua taça quando o som da campainha o despertou. Ele franziu a testa, tentando se lembrar de qualquer compromisso que houvesse marcado. Por não ter sido anunciado pela portaria, deduziu que o seu visitante fosse um amigo íntimo, de modo que não se incomodou em abrir a porta exatamente como estava vestido no momento: Meias natalinas até a altura do joelho, samba canção e uma camiseta de malha surrada dos Strokes.

— O seu aquecedor deve ser ótimo. — Foi o primeiro comentário do seu visitante inesperado e talvez até mesmo indesejado, ao medi-lo de cima a baixo e notar-lhe as vestes.

— Bom dia, aniki. Não me lembro de ter marcado qualquer compromisso com você.

O tom armado até os dentes alertou o irmão mais velho de algo que talvez já soubesse desde que se propusera a ir até ali: Não seria fácil.

— E desde quando eu preciso marcar uma visita, pirralho? Agora vamos, ou vai deixar seu irmão congelar aqui fora? — Ele piscou o seu único olho vermelho enquanto esfregava as mãos cobertas por luvas negras, o corpo forte já se impondo de modo a adentrar o apartamento alheio.

Sem saída, tudo o que pôde fazer foi deixá-lo passar. Obito podia ser realmente persuasivo quando queria.

— Hm, cheguei na hora do vinho! Às dez da manhã, mas quem liga, não é mesmo? É natal! — Disse ao largar o sobretudo no sofá e tomar a taça já servida para si.

Itachi torceu o nariz ao tirar a peça de roupa do seu sofá, pendurando-a no gancho da porta antes de sentar-se, tinha os braços cruzados e o rosto impassível típico de quando não estava lá muito disposto a conversar.

Ainda mais por fazer ideia do assunto em questão.

— Bom, já deve fazer ideia do que me trouxe até aqui, certo? — Iniciou, sobrancelhas se movendo de forma cômica e enigmática enquanto lhe estendia outra taça para substituir a que havia roubado.