Sweet Lie

18

|| BELLA ADDAMS 

Sábado, 00:00 AM

— Foi um prazer conhecê-los, me senti muito acolhida e confortável aqui. Obrigada pela noite incrível. — Comecei a me despedir da família de Theodore para irmos embora.

 Foram horas de conversas, comes e bebes e inúmeras fotos naquela noite. Aos poucos a mansão foi esvaziando e agora só tinha restado os pais de Theodore e seus avós, que, a propósito, eram uns amores, principalmente a avó dele. Kyle também já tinha ido embora há umas duas horas, já que o coitado tinha que terminar um projeto pra entregar em dois dias, ou algo assim.

 Mas agora já era praticamente de madrugada e eu estava exausta, então Theodore e eu começamos a nos despedir para que finalmente fossemos embora e relaxassemos, cada um em sua própria casa, é claro.

 Não diria que essa noite foi ruim, pelo menos não tanto quanto eu esperava. A família dele é bem acolhedora, ou melhor, parte dela é. 

 Não me senti muito confortável sob os olhares daquela tia e da prima dele, me pareciam meio forçado. Além de que, graças a elas, tive que beijar Theodore na frente de todos.

 Na verdade, eu nem sequer achei que fosse beijar ele algum dia. Já sabia que isso era inevitável, mas ainda assim não me parecia algo muito realista. No fim das contas foi meio estranho, me senti estranhamente atraída pelo beijo dele, aquele arrombado beija bem.

 Claro que isso não quer dizer nada, eu sei que só fizemos isso para continuar com a farsa e que, muito provavelmente, irão ter outras vezes também, mas estou bem resolvida com isso. Assinei o contrato sabendo de todos esses detalhes e irei com isso até o fim, não sou o tipo de mulher que desiste fácil das coisas.

 Theodore colocou sua mão em minha cintura, sorrindo para seus pais, enquanto seus dedos faziam um carícia confortável em minha pele coberta pelo tecido de seda do vestido. 

— Está tarde, nós temos que ir. Obrigada pelo jantar, vocês são demais. — Ele direcionou o olhar pra sua avó. — Obrigada por vim, vovó. Em breve a gente pode marcar mais alguma coisa em família. 

 A mãe sorriu pra gente e negou com a cabeça. 
— Nada disso, já está muito tarde pra vocês saírem na rua essas horas. Já pedi pra separarem um quarto pra vocês. 

 Eu arregalo os olhos, tentando entender se ela estava sugerindo o que eu tava pensando. 

— Sua mãe está certa, durmam aqui. Temos quartos o suficiente para um time de futebol. — O pai de Theodore falou nos olhando, ele estava sentado no sofá, bebendo uma dose de whisky. 

 Aperto a mão de Theodore e mordo o lábio inferior, o olhando pela visão periférica. 

— Ah não, não precisam se preocupar. Eu trouxe meu carro blindado, não corremos nenhum perigo mesmo à essas horas. — Solto um suspiro de alívio discretamente ao ouvir as palavras de Theodore. Ficar aqui durante algumas horas é uma coisa, agora dormir é completamente diferente. 

— O Theo tá certo, nós estamos seguros. E eu também não trouxe nenhuma roupa extra, não consigo dormir sem tomar um banho e vestir algo confortável. 

 Gall, a avó de Theodore, se levantou da poltrona e se aproximou da gente. — Não confio nesses carros, acho melhor vocês ouvirem a Megan e dormir aqui. E sobre a questão da roupa, eu posso te emprestar um pijama da Hale, ela dormiu aqui ontem e quando foi embora esqueceu algumas roupas aqui. Tenho certeza que ela não vai se importar se você usar.

— É, durmam aqui. Eu me sentiria mais tranquila se vocês passassem a noite aqui, amanhã de manhã vocês vão embora. — Megan colocou uma mão sobre o peito, apelando para o olhar de mãe triste.