Irritation

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• Izuku Midoriya •

Faltavam poucas horas para o "casamento" e eu estava, estupidamente, ansioso.

Todos aqueles preparamentos e organizações mexiam com minha cabeça, mas, finalmente, meu terno ficou pronto, e uau, ficou melhor do que eu esperava.

Eu tinha uma reunião marcada com o diretor, o senhor Toshi e Katsuki. Desde nossa recente "briga", ele tá bem estranho. Talvez mais ansioso que antes, por ter de fingir gostar de mim quando, naquele momento, me odiava. Não que já não me odiasse antes, mas agora, o ódio crescera.

•••

- Bom, planejamos fazer assim: senhor Deku, o senhor irá entrar o local, e se posicionará no altar, como deve saber, então, o senhor Katsuki irá entrar, após algum tempo, e se juntará a você. Por favor, mantenham um sorriso e finjam que é tudo verdadeiro, não queremos refazer a mesma cena diversas vezes como ocorreu no último programa... Enfim, após a fala "agora pode beijar o noivo", o senhor Izuku aproximará seus corpos e vocês irão selar o beijo. Entendido? - Assentimos - Ótimo. Em pouquíssimas horas, vocês já deverão estarem prontos. Iremos colocar um camera-man para acompanhar cada um, ele filmará algumas partes e depois só continuarão aqui, na hora do casório. Enfim, vão se preparar!

•••

Indo para o local determinado pelo senhor Toshi, o camera man me seguiu, como dito antes.

- Se quiser tomar um banho antes que comecemos a filmar, à vontade, senhor - o camera man ditou e se sentou numa poltrona, assenti e fui.

. . .

- Já podemos começar as filmagens. Estou pronto - Respirei fundo e engoli em seco. Puta nervosismo.

. . .

O camera man ligou a câmera e fez uma curta contagem regressiva, logo sinalizando com a mão que eu podia começar.

Peguei a mala que portava meu terno, abri ela gentilmente e de lá, retirei a roupa.

Pegando-a e dando um pouco de atenção à ela, retirei-a do plástico e peguei peça por peça, começando a me vestir.

. . .

- Tudo pronto, senhor. Já podemos ir.

- Certo... - Assenti com a cabeça e o seguindo para o carro.

•••

Minutos. Faltavam apenas alguns poucos minutos. Senhor Toshi pediu para que eu já ficasse pronto em frente à porta, para que assim que dessem o sinal, eu entrasse.

. . .

- Três... Dois... Um! - O sinal foi dado, então comecei a caminhar para o altar.

Me posicionei no lugar que antes fora determinado a mim e me virei para que ficasse de frente para a porta, por onde meu.. Noivo entraria.

. . .

Ele estava lá. Ele caminhava devagar até mim. O buquê que o loiro portava dava um belo destaque à sua vestimenta. Senti meu coração palpitar em meu peito devido à bela imagem que estava em minha frente.

Ele finalmente chegou às pequenas escadinhas que levavam ao altar. Estendeu a mão e eu a peguei, ajudando-o a subir.

- Você... Você está magnífico... - Ditei o olhando com a mais pura admiração.

- Agradeço - Falou um pouco seco.

Nos voltamos para o homem que nos casaria.

. . .

Chegou a hora. Puta nervoso.

-... Você, Izuku Midoriya, aceita Katsuki Bakugou como seu legítimo esposo? Promete estar ao seu lado na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?

Engoli em seco e assenti:

- Aceito - Encaixei a aliança no dedo do loiro.

- E você, Katsuki Bakugou, aceita Izuku Midoriya como seu legítimo esposo? Promete estar ao seu lado na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?

- Aceito - Katsuki encaixou a aliança no meu dedo.

- Pelos poderes concedidos a mim, eu os declaro marido e.. marido! Senhor Izuku - O encarei - pode beijar o noivo! - Assenti levemente com a cabeça.

Olhei para Katsuki. O encarei nos olhos e então desci o olhar para a sua boca. Segurei na cintura fina do rapaz e o beijei.

Eu sentia meu coração acelerar a níveis preocupantes.

Apertei o toque na cintura do garoto e então, parti o beijo.

Nos encaramos mais uma vez. Olho no olho... As bochechas do jovem estavam rosadas. Os lábios entreabertos, dando a entender que me convidava a beijá-lo novamente.

Não sei se essa fora a mensagem transmitida, mas aceitei e juntei nossas bocas novamente.

Segurei em sua bochecha, não o deixando afastar o toque.

Após isso, me toquei do que fizera e nos separei novamente. Apenas fiz o que antes fora ensaiado, segurei-o pela cintura, colei nossos corpos e sorrimos, ele jogou o buquê para o alto.

E... Fim da gravação.

- Foram muito bem, meninos! Primeira vez que não temos que refazer essa cena! Izuku, seu improviso foi perfeito! Iremos dar um destaque a mais nesse outro beijo e editaremos os vídeos para que lancem. Meus parabéns! Podem ir comer! Vão, vão!

Apesar de ser um momento falso que seria futuramente anulado na justiça, a comida era de verdade e nós poderíamos comer tudo aquilo de verdade. E isso pareceu satisfazer o loirinho.

• Le Contrat • DkBk •Onde histórias criam vida. Descubra agora