Parte I : Capítulo ¹⁴

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Pov Manny

  Mas o que eu vou jantar? - Diogo questiona vasculhando a geladeira não achando nada.

Eu já estava com tudo arrumado e pronto pra uma noite excitado.   Sei lá, come uma banana ou algo assim. - ele serra o punho ficando em silêncio, não gostando desse tratamento.   Você sabe que eu te amo né? - dou um sorriso falso pra ele.

  Sei sim papai. - ele abaixa a cabeça se rendendo.

Vou até a porta da casa.   Ótimo. - saio por ela indo até a balada, totalmente pronto pra continuar a noite de um jeito erótico.

Pov Boscha

19:01

  Prontinho. - termino de dar banho pra ele, voltando já a encher a banheira com cubos de gelo que a Emira veio cá deixar.

Ele solta um suspiro deixando seu corpo gelar.   Você não sabe o quanto que eu detesto ser dependente, agora você tem que ficar aqui cuidado de mim.

  Não há problema. - termino de botar os cubos.   Faço com carinho, o senhor gostaria de beber alguma coisa?

  Tô sem sede, mas me fala como as suas mães estão. Você sabia que eu conheço elas desde o secundário? Mais especificamente primeiro a sua mãe Lisa “foi ela quem teve a inserção externa”. Pode ter sido em 1994 mas me lembro como se fosse ontem, vi ela em frente ao pequeno apartamento em que morava já que fugiu de casa com dezoito anos pelos pais não terem aceitado ela ser lésbica. - abro um leve sorriso lembrando do quão corajosa ela sempre foi, já havia me contado essa história a um bom tempo mas não me cansava de escutar.   Fiquei cinco anos fora porque comi alguns crimes lá no Canadá onde ela morava e pra evitar a cadeia me mantive afastado e ao voltar aproximei e vi que ela estava com uma aliança no dedo. Melhor você começar a conservar sua grana, essa aliança é bem cara. Você não deveria gastar dinheiro pensando em seu aspecto e não na comida. Falei assim que me reencontrei com ela recebendo um abraço e também ela dando risada. Nada disso, eu fiquei noiva. Ela me respondeu com a maior alegria e eu não consegui me conter em expressar o quão feliz eu estava por finalmente sua vida estar se endireitando. Isso é maravilhoso, qual o nome dela? Perguntei com curiosidade. Carolina. Ela quem fez o pedido e me deu a aliança ontem. Olhei pra ela consfuso não entendendo essa decisão. Você tá noiva de alguém que cê acaba de conhecer? Ela nega. Eu conheço ela a quatro anos. Provavelmente após eu ir embora, nem pude ver ela com um sorriso se apaixonando. Ah! Abaixo a cabeça, mas não demorei muito lá porque comecei a criar dividas com a Dana e puta que pariu ela amanhã sai da cadeia. Enfim quando se mudaram pra uma casa nova eu resolvi vir visitar e vejo ela indo até você com você ainda criança e te carrega no colo ficando próxima da esposa. Após mais vinte anos durante a tua graduação eu estava lá vendo o quão orgulhosas elas estavam por você ser a capitã de equipe de rugby e no aniversário de vinte e cinco anos de casamento eu também estava, vendo todos os amigos próximos e elas se beijando mas claro que não fiquei nem uma hora porque tive que fugir porém em minha última memória delas pude ver seus sorrisos mostrando a todos o quão apaixonadas estavam. - ele finaliza ficando em silêncio, deixando sua cabeça vagar pelos pensamentos de anos perdidos com as pessoas próximas por sempre ficar arrumando problema.

Dou um abraço nele ainda na banheira com cuidado pra não tocar na parede remendada.   Acho que você tá fugindo demais. - sussuro sorrindo, eu adorava ter esse relacionamento de proximidade com ele. Foram as poucas vezes que tivemos interação.

  É, mesmo com a Dana sendo solta talvez eu deva me manter por aqui.

Justo nesse momento escuto alguém batendo na porta, o que me deixa um pouco chateada porque pra mim era fascinante conhecer sobre a vida misteriosa dele.

You deserve love too (LUMITY BETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora