Capítulo 33 👽 - Juntas + tempo

23 3 1
                                    

Ely.

– Vamos! Agora! – Rael me puxa pela mão quarto a fora, Mirna nos segue enquanto corremos pelo castelo, entramos em tantos corredores que não sou capaz de entender onde estou, até chegar numa espécie de garagem com várias e várias naves.
– Essa é a minha, está reformada, você vai nela.– Diz.
– Eu não posso ir sem você.– Argumento.
– Eu tenho que ficar e ganhar tempo para você, entendeu? Pensa no nosso filho.– Me diz, tocando a minha barriga, a essa altura eu já estou chorando.
– Se você ficar vai se casar com ela.– Afirmo.
– Eu não vou, eu prometo ok? – Diz me olhando nos olhos.– Não irei me casar com mais ninguém que não seja você, tem a minha palavra.– Afirma.– Preciso que se mude do seu endereço, deixe a confeitaria caso eles vão atrás de você.– Conclui.
– Como vai me achar se eu voltar para a Terra? Se eu me mudar..– Sussurro.
– Minha nave tem um localizador, não se preocupe, eu mexi nele, só eu tenho a localização dela e isso vai ficar comigo o tempo todo.– Afirma apontando para o colar.– O chip com a sua localização está aqui e eu também sei os números da nave de cabeça, só fica perto dele e eu acho vocês.– Se refere ao nosso filho também.– Agora vai.– Me apressa.
– Eu vou com ela.– Mirna diz.
– O quê? – Indago.
– Eu não tenho mais nada aqui e quero servi-la não importa onde, mesmo que não seja esposa dele agora um dia será, me deixe continuar ao seu lado alteza.– Pede.
– E quanto ao Ethan? – Questiono.
– Ele vai se casar com Ametista e mesmo que não case, outra noiva vai aparecer e ele obedecerá o pai, não tenho nada o que fazer aqui.– Afirma.
– Cuide deles para mim Mirna, é a minha última ordem.– Rael diz e eu não consigo parar de chorar, sua boca rouba um beijo da minha, molhado pelas lágrimas.
– Agora vai.– Afirma.
Entro na máquina e Mirna faz o mesmo, a nave liga sozinha.
– Ela é automática, não precisa fazer nada, ela vai te levar até a confeitaria, depois de lá, leve a nave para onde você for morar e que seja bem longe da confeitaria.– Me explica.
– Rael! – Chamo e seus olhos me encaram.– Eu te amo.– Afirmo convicta.
– Eu te amo mais.–Diz, então a porta da nave se fecha e ela sozinha começa a voar e então vai em direção aos portões do reino, os guardas se curvam ao ver a marca da realeza nela, ainda não sabiam que eu estava sendo procurada então passo normalmente, da janela, vejo guardas lutando com Rael mas eu já estava longe, alcançando o céu.
A última visão que tive dele, foi ele lutando lara manter a mim e ao nosso bebê vivos.
(...)
Rael.

Fico olhando enquanto a nave passa pelos portões da cidade, os guardas de lá ainda não sabiam as ordens do rei.
– PRÍNCIPE RAEL! – O chefe da segurança e braço direito do meu pai chama.– Onde está a humana? Entregue-a ou será acusado de traição.– Diz.
– Eu nunca entregarei ela e a protegerei de todos que tentarem pegar ela.– Afirma, então ele percebe que uma nave estava faltando e olha para o céu.
– ENTREM NAS NAVES, PEGUEM ELA.– Ordena e eu tiro a espada que eu tinha e aponto para eles.
– Ninguém vai entrar em lugar nenhum.– Afirmo.
Eram quatro? Cinco talvez.
Tenho que ganhar tempo para a nave chegar a galáxia, assim ficaria longe demais para eles alcançarem.
Assim começamos a luta.
Eu não iria aguentar muito mas não desisti.
Quase 5 minutos depois, estou caído no chão com três guardas me segurando e um me algemando.
– Levem ao rei, provavelmente vai decretar a morte do filho por traição.– Diz.
Desculpe Ely, talvez eu não consiga voltar.

Andrômeda || Luan Santana Onde histórias criam vida. Descubra agora