My only love-KEISUKE BAJI🐈‍⬛

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Passou alguns minutos e eu finalmente voltei pra sala, claro que antes eu tive que levar uma bronca do professor por voltar atrasada, quando ele acabou eu fui e me sentei no na minha cadeira

Baji: demorou - apareceu atrás de mim

- que susto, keisuke - olhei pra ele - foi só um imprevisto

Será que eu conto pra ele? Acho melhor não. É melhor a gente nem se envolver nessas coisas de gangue

((ah mal informada kakaka))

Baji: entendi...

E depois de 2 longas horas, as aulas acabaram

Baji: aaaaa finalmente - disse enquanto passávamos do portão da escola

- sem dúvidas hoje foi o dia mais cansativo nessa escola

Baji: concordo. Vai fazer oque agora?

- que eu me lembre... nada

Baji: os garotos combinaram de andar de moto pela cidade, tá afim?

- ... moto não é muita a minha praia, fica pra próxima,Keisuke - acenei pra ele e fui embora

POV VÓ LARA

Acordei uma hora antes do horário de sair pro trabalho, tenho uma consulta no médico hoje

Confesso que estou quase mudando de ideia e voltando pra cama. Tive que acordar de madrugada pra acalmar a s/n depois de um pesadelo, mas isso não era problema nenhum pra mim, só desejo que ela fique bem

- já vou indo, minha bonequinha - depositei um beijo na testa da s/n enquanto a mesma ainda dormia e fui embora

*

Enfermeira: senhora Lara?

- sim, sou eu - me levantei e fui até a enfermeira

Enfermeira: se importa se conversarmos na minha sala?

- claro que não - entramos e ela fechou a porta

Enfermeira: sente-se por favor

Ela fechou a porta e se sentou na minha frente

- então doutora, já tem o resultado dos exames?

Enfermeira: saíram ontem de tarde, senhora... - ela estava com uma cara triste

- eai, oque deu?

Enfermeira: senhora Lara, é câncer

Meu mundo parou ali.

- m~mas estava tudo bem na última consulta... eu não entendo...

Enfermeira: eu sinto muito mesmo

- não não, não tem problema né haha existe tratamento pra essas coisas, eles são caros, mas eu posso dar um jeito de pagar, pedir um empréstimo ou até mesmo jun~ - ela me interrompe

Enfermeira: infelizmente não é possível curar o seu câncer, ele já está em um nível muito avançado. Claro, temos tratamentos para conseguir mais tempo, porém eles ainda sim são caros

Eu estou destruída, mas tenho que continuar forte

- quanto tempo eu tenho?

Enfermeira: tomando esses remédios - me entregou uma folha com os nomes - e se alimentando bem, 6 meses

- tá... até mais doutora - me levantei e sai em direção ao trabalho

*

Horas se passaram e eu finalmente estava na porta de casa

Vim o caminho todo pensando em como contar tudo pra s/n. Eu não quero deixá-la sozinha, mas não tem oque fazer, preciso ser forte por ela

Respirei fundo e abri a porta, dando de cara com s/n estirada no sofá vendo algo na tv

S/n: oi vovó, como foi seu dia? - se levantou e veio até mim beijando a minha bochecha, ela parecia empolgada

- foi... normal, querida - botei minha bolsa na mesa e sentei no sofá junto com ela - você tá bem feliz, tem algum motivo especial?

S/n: na verdade tem sim - ela vira pra mim sorrindo - então... meio que vai ter um festival pro pessoal da escola...

- hmm, e você quer ir?

S/n: eu não gosto muito dessas coisas - ela estava com vergonha - aí um amigo meu me chamou pra sair

- NAMORADO? - falei super animada

S/n: NÃO, VÓ, ele é só um amigo que me chamou pra sair no dia do festival

- entendi... e você tá confortável com isso? A pouco tempo atrás você não queria contato com ninguém e agora parece tudo certo - fiz um carinho na cabeça da garota

S/n: tá tudo bem sim - ela veio pra cima de mim colocando a cabeça nas minhas pernas - sabe, vovó, é a primeira vez que eu não me sinto desconfortável com um amigo, eu acho que finalmente eu to superando aquilo tudo - me dá um aperto saber que ela está se referindo a morte da mãe e aos abusos do pai...

S/n: obrigada por estar aqui sempre, vó, eu te amo muito - foram as últimas palavras dela até dormir no meu colo

Senti meu olhos encherem de lágrimas enquanto na minha cabeça só se passava: "como eu vou contar pra ela?"

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😪