promessas de ano novo

𝐔nico.

Mesmo durante o meio da festa de ano novo, a regra era clara e não poderia ser quebrada: comer doze uvas debaixo da mesa iria sim trazer o amor de sua vida para aquele ano e o momento do ano novo era o ideal para fazer uma promessa de arrumar um namorado.

Passando tantos anos na seca, Jimin parecia um pouco desesperado. Desesperado porque se não fosse naquele ano que ele iria namorar com Namjoon, não seria em mais ano nenhum porque ele estava cansado de correr atrás do então amigo o tempo todo, ambos agindo que nem namorados, mas não namoravam. Era um garoto apaixonado demais, mas manhoso e muito dengoso.

Não sabia como fazer isso dar certo além da simpatia de ano novo. Esse ano, o seu namoro com Namjoon tinha que acontecer.

E o convidado estava na mesma hora e lugar que Jimin. Já era um costume Namjoon ser convidado para todas as festas da família dele e bem, todos amavam a sua companhia pela inteligência e carisma - mesmo que Jimin ás vezes sentisse ciúmes da então paixão platônica com os parentes, mas Namjoon percebia, ele não era tão bobo assim.

Ele não é nem um pouco bobo como Jimin pensa.

— Está com suas doze uvas aí? Conta de novo. — nervosinho, como Namjoon o chamava.

— Aqui tem as doze uvas, Jimin. Fica suave, nada vai dar errado. — sorriu para o mesmo e o tranquilizou, mesmo que talvez ele estivesse mais nervoso que o Park.

Jimin revirou os olhos e voltou a contar as suas uvas, ignorando Namjoon. O mais velho apenas se aproximou e ficou grudadinho ao Park da forma como faziam, e contando as uvas, Jimin torceu para que elas entrassem na cabeça de Namjoon e realizassem o seu pedido. Decidiu até mesmo pedir em todas as uvas para que eles dois namorassem.

— Mas por quê não?! — um grito vindo da sala chamou a atenção de ambos e correram para ela. — A queima de fogos vai ser agorinha! Por que não-

— Porque não, Soora! — a mãe de Jimin gritou. — A gente pode ir depois, logo depois de comemorar um pouco aqui. Mas não vamos agora, está entendendo?

Toda a sala ficou em silêncio e faltando cinco minutos para o ano novo, já se instaurava um clima pesado e ruim. Soora estava bastante assustada, irmã mais nova de Jimin que conseguia ser três vezes mais temperamental do que o próprio irmão.

Jimin, como o bom oppa protetor que era, correu até a irmã e falou para todos da sala continuarem a festa e fingirem que nada aconteceu. De início, ao ouví-lo, a adolescente iria protestar ao ser levada sem sua vontade, porém Jimin a arrastou para a cozinha e foram conversar.

— Não é assim que as coisas funcionam, Soora. — repreendeu-a, que baixou a cabeça automaticamente ao ouvir o irmão. — Você sabe que nossos pais sempre deixam a gente fazer várias coisas, não precisa insistir quando há outras alternativas de se fazer. Faltam cinco minutos e a festa é aqui, em casa, então vamos comemorar aqui e depois vamos para a praia. Não precisa se chatear.

— Eu sei, oppa. Desculpa, eu não sei medir a minha raiva direito e eu não sei como fazer isso. — disse triste e Jimin a abraçou, como sempre fazia para acalmá-la. — Desculpa, eu não queria estragar tudo.

— Você não estragou nada, vai tudo continuar a mesma coisa meia noite. — arrumou os cabelos da irmã ao se desvencilhar dela e sorriu para a mesma. — Vá até a mamãe, peça desculpas e dê um abraço nela, ok?

— Tá certo. — respondeu sorrindo, se abraçando novamente ao irmão. — Você é o melhor irmão que eu poderia ter.

A mesma olhou para Namjoon sobre o ombro de Jimin e em um sussurro labial, a mais nova perguntou sorrindo ao Kim se seria hoje o pedido de namoro. E bem nervoso, Namjoon apenas assentiu, assustado como se tivesse visto uma assombração, que tirou um sorriso ainda mais animado da futura cunhada.