CAP 2 - Tentando obter pontos

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Eu POV.

Cara, eu nunca achei que tentar falar fosse ser uma tarefa tão difícil.

Tudo bem que agora eu sou um bebê que nem tem as cordas vocais ou os músculos da garganta totalmente desenvolvidos e isso dificulta um pouco o negócio da fala, mas ainda assim. O motivo pelo qual eu quero tanto falar sendo que nesses seis meses desde que renasci eu nunca tentei, é porque o sistema me deu uma missão de conseguir falar até o final do ano.

A única coisa boa nesse prazo é que como Midoriya nasceu em 15 de Julho e já se passaram seis meses, eu recebi essa missão recentemente em Janeiro e tenho um ano inteiro até o prazo de validade para completar ela. Isso não muda minha ansiedade para querer aprender (ou reaprender nesse caso?) á falar logo. Maldita seja essa minha forma de bebê onde eu não consigo fazer nada.

Na verdade, ter uma consciência de um adolescente dentro de um corpo de um bebê recém nascido é uma merda completa. Eu não tenho controle do corpo a maior parte do tempo, então às vezes eu acabo sujando minha fralda sem querer e deixe-me dizer uma coisa, isso é estranho pra caralho. Imagina você estar tranquilo e do nada, literalmente DO NADA, você evacua e sente algo líquido ou pastoso na sua roupa íntima, é nojento e desconfortável. Pior que isso era a minha nova mãe Inko tendo que trocar minha fralda, isso era constrangedor, muito constrangedor.

Tão ruim quanto isso, só as papinhas de bebê e o leite materno que eu precisava ser alimentado para sobreviver.

Em relação ao leite, imagino que muitas pessoas, especificamente adolescentes com hormônios à flor da pele iriam gostar de cair de boca nos seios de uma linda mulher, não é mesmo? Bom, admito que eu mesmo sou uma dessas pessoas... Isso é, se a tal dita "mulher bonita", não fosse A MINHA MÃE!!! Sério, isso só torna a situação que já tá vergonhosa e ruim ainda pior!!

E nem me fale sobre a papinha de bebê que eu sou obrigado á comer, argh, aquela gosma marrom claro é simplesmente nojenta. O cheiro não é ruim, mas o gosto é desagradável, principalmente aquelas que tem beterraba picada dentro. Tudo bem que eu nunca fui fã de comer verduras, legumes ou vegetais, seja na minha antiga vida ou muito provavelmente nessa próxima, mas ainda assim meu ponto permanece.

Agora, nesse exato momento, estou de frente à minha mãe depois da hora de almoçar enquanto ela está brincando comigo. O "brincar" dela era na verdade fazer caretas ou cócegas em mim enquanto ria esperando alguma reação minha, embora eu não esboçasse nenhuma reação com as caretas que ela fazia, as cócegas que ela fazia eram o suficiente pra me fazer rir já que atingia diretamente meus pontos fracos. Já se faziam algumas semanas desde que eu recebi aquela missão e eu ainda estava tentando falar minhas primeiras palavras, e levando em consideração as palavras da minha mãe, ela estava tentando ajudar.

"Agora diga comigo, Ma-mãe." Disse minha mãe lentamente tentando me ensinar á falar minhas primeiras palavras.

"Magygjdh." E de novo, a única coisa que eu consegui falar são gorgejos de bebê.

Mas ainda assim, minha mãe não desistiu e nem perdeu o entusiasmo dela, ela tentou novamente.

"Vamos Izuku, repita comigo, Ma-mãe." Disse ainda com aquele sorriso brilhante no rosto.

"Ma.... Ma...." Opa peraí, eu quase consegui dessa vez! Só mais um pouco.

"Isso Izuku, Ma-mãe!" Disse ficando visivelmente mais entusiasmada. Na verdade eu também estava ficando animado.

"Ma... Ma... Mama!" Eu finalmente consegui dizer, cacete! Depois de tanto tempo tentando, finalmente consegui!

Não era a palavra mamãe, mas ainda funcionava. E pela expressão de felicidade no rosto da Inko e com o grito fino de felicidade que ela deu, eu diria que ela já estava feliz com o resultado.

Então... eu sou o Deku? - Fanfic BNHAOnde histórias criam vida. Descubra agora