Amélia Booker Routlead, uma adolescente de 16 anos que foi obrigada a mudar de cidade com a sua mãe, meses depois ela voltou para a sua cidade natal, Outer Banks, mas agora estando em um relacionamento tóxico e abusivo.
Amélia irá passar por mals b...
Esse capítulo vai falar sobre abuso e tentativa de estupro, se você leitor tem algum tipo de gatilho com esses assuntos, recomendo que não leia.
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➭Amélia Routledge
Após a nossa comemoração de natal o JJ decidiu me deixar em casa. Então estávamos andando juntos nas ruas de Outer Banks às 3h da manhã.
- Entregue. - Ele disse e sorriu quando chegamos na entrada da minha casa.
- Obrigada JJ, a noite foi muito boa! - Eu sorri.
Ainda era um pouco estranho, já que não tínhamos falado sobre o nosso quase beijo.
- Eu também gostei bastante Amy... - Ele se aproximou, como se fosse me beijar, mas apenas levantou o meu queixo com o dedo, fazendo nossos olhares se encontrarem.
- JJ... - Eu suspirei. Ele colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha, colocou sua mão em minha bochecha, e fez um pequeno carinho com o polegar.
- Sim? - A voz dele saiu mais baixa e rouca que o normal. Isso era bom pra caralho.
- É melhor... - Engoli em seco - É melhor isso não acontecer... - Consegui ver a decepção e a tristeza em seu olhar, o que ele disfarçou com um sorriso nada convincente.
- Tudo bem. - Ele se inclinou e deu um beijo na minha bochecha - Boa noite Amélia. - Ele olhou nos meus olhos, o que fez com que eu me arrepiasse.
- Boa noite JJ. - Tirei a chave da minha bolsa e fui abrir a porta, em seguida entrei em casa. O tempo inteiro os olhos do loiro ficaram focados em mim, até eu fechar a porta.
Entrei em casa tentando fazer o mínimo de barulho possível, e subi as escadas para o meu quarto. Tomei um banho bem demorado e em seguida fui dormir.
(...)
Senti algo em mim. Mãos.
Não.
Não.
Não.
Fazia tanto tempo que aquilo não acontecia que eu simplesmente não conseguia acreditar que estava acontecendo novamente.
Eu abri parcialmente o meu olho direito, o vendo ali. Passando a mão em minha cintura, coxa e perna.
Me senti sufocada como antes, esses meus últimos dias têm sido maravilhosos, e agora o pesadelo voltou.
Mantive meus olhos fechados e tentei ficar imóvel, esperando que ele parasse logo, ou que a minha mãe sentisse falta dele na cama e gritasse ele.
