Enquanto ela andava sozinha naquela cidade fria e linda, carregava dentro de si um sentimento enorme e pensamentos conturbados. Ela estava tentando se encontrar. Tentando fugir de si própria.
Vivia perdida dentro de si, procurando um motivo, um suspiro. Alguma coisa para fazer tudo valer a pena.E justamente naquele momento que ela enxergava tudo preto e branco, nenhuma florzinha em meio às ervas daninhas, você apareceu.
Aconteceu tudo meio rápido, sem jeito. Ela desastrada (como futuramente você vai aprender a amar esse detalhe), deixou sua bolsa cair em meio a um tropeço destrambelhado e não fosse pelos seus braços ela acabaria no chão naquele momento. E então aquela troca de olhares, os sorrisos... Você a direcionou a se sentar em um banco que estava ali próximo, ela sem jeito lhe pede desculpas, você a acalma contando uma piadinha daquelas sem graça, trazendo cores para aquele dia tão ameno, um sorriso para um coração tão machucado, as flores em meio às ervas daninhas.
Naquele momento ela teve vontade de dizer que sabia que a partir dali, nada mais seria como antes. Que a partir dali, você transformou todo sentimento dela em felicidade (que você seria a felicidade dela). Ela que estava triste, descrente desse mundo cheio de ervas daninhas, a partir daquele momento, começou a perceber as flores, passou a acreditar que amor não é verbo, amar é um sonho concretizado dos teus olhos castanhos que finalmente encontraram com os esverdeados dela.