Em uma tribo indígena, a cada ano recebiam, uma visitação de uma ONG que ficava lá por um ano, em uma dessas vezes um homem delicado e cuidadoso chamado, Carlos conheceu uma indígena jovem e viril chamada Aruanã, Carlos a engravidou, Porém no dia do parto deixou a aldeia. Aruanã deu a Luz a uma menina, a noite, e sua beleza era igual a dos astros, por isso a chamou de Estela.
— Onde está meu pai, nae? — perguntava Estela durante sua infância.
— está além do rio aqui perto — respondia a mãe.
Estela cresceu como uma mulher forte, inteligência, gentil e empática. Na adolescência seu passatempo predileto era pescar no rio e imaginar onde seu pai estava. Uma vez durante uma festa na tribo ela decidiu perguntar ao pajé.
— pajé, você que sabe das coisas né? — perguntou Estela.
— claro, sei de muitas coisas — disse o pajé com sabedoria.
— então, onde está meu pai? — questionou Estela.
— minha jovem, ao tentar atravessar o rio seu barco afundou, porém ele continua vivo, não mais como antes e por segurança, Estela, nunca leve sua mãe para perto rio. — alertou o pajé
Entretanto, Estela não ouviu, no dia seguinte, mentiu para sua mãe dizendo que tinha pescado o maior peixe que já viu. Ao levar sua mãe para a borda do rio uma enorme criatura aquática a atacou suas escamas pareciam refletir a luz e seus dentes capturaram Aruanã, deixando só o seu sangue na água. Estela ficou traumatizada, isso criou cicatrizes profundas nela, sua pele pareceu responder a isso, manchas brancas apareceram.
pajé, eu não sei o que fazer, eu matei a minha mãe e agora meu corpo tem essas manchas — disse Estela aos prantos.
— calma minha filha, existe um lugar que você pode conhecer chamado A.C.M.S. você quer ir para lá? — perguntou o pajé.
— quero, eu quero ir para lá — respondeu Estela com convicção.