Esmalte vermelho.
A pintura tão bem feita e minuciosa que decorava de forma sublime seus delicados dedos e ornamentavam seus belos e majestosos pés. Era divino. A forma como qual eles atraíam meus olhos e renunciavam meus desejos tornando-me um escravo de mim, preso em meus próprios anseios, não conseguindo fugir daquilo que me tornava excêntrico e ardia rudemente em todas as minhas definições de belo. Pois para mim, não havia visão mais bela e magnífica que tê-la acima de mim, engrandecida pelo ângulo em que eu a olhava. De baixo para cima. Erguendo olhos sob seus comandados para contemplar sua pessoa.
Era final de tarde. O que para mim era uma enorme tristeza, pois significa que teria que vê-la tortuosamente saindo de meu apartamento, findando nosso encontro previamente marcado, me agraciando com sua presença novamente apenas na semana que vem.
Em segredo, fantasio silenciosamente que aconteça algo catastrófico que a impeça de ir, de me deixar, de me castigar ao jogar-me á um frio glaciar sufocante que é estar a sós, preso, sem ela para libertar meu ser e corpo das amarras e me permitir ser um homem livre, vivo.
Afinal, seus dedos passeando e reivindicando meu corpo para si, se iguala ao movimento sistólico, e suas ordens egoístas, que proporcionam vantagens apenas para si, são o movimento diastólico. Assim meu coração completa seu ciclo, batendo incessantemente respondendo aos seus toques brutos.
É esmagadora a força com o qual eu necessito da suas orientações, dos seus toques, dos seus instrumentos com os quais ela agride meu corpo. E que a terra imploda se seus olhos maldosos não são o alimento que minha carne necessita para queimar; pois senti-la violar meu corpo é o combustível para que as chamas de todas as minhas parafilias venham a tona. Queimando em fogo todas as minhas restrições.
Suas ordens degradantes, seus insultos humilhantes e sua necessidade vil de rebaixar-me a nada para alimentar sua sádica satisfação me enche, e de forma deplorável me endurece, fazendo meus testículos vergonhosamente acumularem toda porra que me é sempre negada de libertar sem antes sentir dor. Porque é com ela que a satisfação vem.
Dor essa que me é aplicada de inúmeras maneiras, porém de longe admito que sentir a ponta de seu sapato se empurrando contra minha dureza é a que mais queima em mim. Sentir minha masculinidade junto a minha genitália sendo esmurradas nunca me pareceu tão dolorosamente saboroso. No entanto, aguentar tudo sem me esvair era a dor maior que com dificuldade eu tentava segurar, fazendo de tudo para ser bom e ser recompensado depois.
E bom, eu era. Eu estava sendo naquele momento.
Observando-a tão generosamente libertar meu corpo de amarras e da castidade induzida que meu pênis sofria, ela permitiu que eu falasse, que a olhasse e adorasse seu rosto. Ela então, sentou-se em uma poltrona e removeu seus sapatos altos, ficando descalça, me chamando com os dedos.
Uma felicidade e ânsia indescritível tomando conta de mim, que com fome engatinhei para perto de si, vendo-a oferecer seus pés divinos á mim. Ela os passou carinhosamente pelo meu rosto e pescoço, me fazendo ronronar pela carícia. Então, ela os parou estáticos a minha frente e eu lambi os lábios em antecipação antes de colocar o dedo mínimo na boca e suga-lo com gula, desesperado, gemendo em satisfação e sentindo meu pau, torturado toda a tarde, pulsar em resposta, enviando calafrios pela minha espinha.
Chupei consecutivamente os dedos do pé direito e fiz o mesmo com os do esquerdo, não negligenciando nenhum, sorvendo cada um e massageando com minha língua molhada e quente. Babando-os completamente. Enviando vibrações para o meu pau que vazava porra pela cabecinha avermelhada. Lambi seus pés delicados e bonitos, passando a língua nos contornos das veias finas, ouvindo suas palavras de incentivo e seus elogios murmurados.
Ela dizia que eu era um bom cachorro, e eu gemia em agradecimento.
- Vou gozar... - clamei ofegante, sabendo que não aguentaria mais. - P-por favor, permita-me.
- Venha aqui, cachorrinho - ela se ajeitou, pousando os pés no chão - goze neles.
Meu peito vibrou.
Afoito, me ajoelhei por cima deles, uma perna de cada lado e me segurando nas suas, me fodi nos seus pés. Sentindo-os macios e molhados pela minha baba. Como era bom. Absurdamente bom estocar nos seus deliciosos pés, gemendo como uma puta o quanto eu amava a minha senhora e o quanto ela era boa para mim. Para me ajudar, ela cuspiu onde meu pau roçava, fazendo-me rolar os olhos quando apertou meu couro cabeludo e me mandou melar seus pés. Cheio de prazer, eu movia rápido e desengonçado, como um verdadeiro animal no cio, a pele quente do meu pau se friccionando freneticamente na sua, até que em uma estocada gloriosa, me senti enfim liberto.
Segurei em meu pau e bombei rapidamente, direcionando os jatos da minha porra aos seus pés e dedos.
Eles, que haviam sido pintados por um belo e hipnotizante esmalte vermelho.
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𝗥𝗘𝗗 𝗡𝗔𝗜𝗟𝗦, 𝖿𝖾𝗆𝖽𝗈𝗆
Short Story▱ 𝑹𝑬𝑫 𝑵𝑨𝑰𝑳𝑺 / 𝑬𝑹𝑶̂𝑻𝑰𝑪𝑶 / 𝑶𝑹𝑰𝑮𝑰𝑵𝑨𝑳 ❝ Ela então, sentou-se em uma poltrona e removeu seus sapatos altos, ficando descalça, me chamando com os dedos Conto por: evetapes___ +18