14 - Preocupação

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Boruto

Depois de terminarmos nosso café da manhã, levei Sarada em casa e voltei pra minha.

Fui para o meu quarto assim que cheguei. Mas alguns minutos depois alguém bateu na porta.

- Entra - a porta se abriu e minha mãe entrou.

Ela me encarava, parecia desconfiada.

- Olha...não quero me meter na sua vida, Boruto, mas...se quiser trazer alguma garota aqui em casa, me avisa antes se puder, porque...eu entrei aqui mais cedo, e...vocês pareciam estar sem roupa, então...

- A gente não estava sem roupa - a interrompi.

- Eu não quero me intrometer na sua vida sexual Boruto, só me avisa quando ela ou alguma outra menina vier aqui, pra eu não acabar vendo alguma coisa - seu tom de voz era grosso, provavelmente ainda estava com raiva daquela discussão.

- Mãe, eu e Sarada não temos nada, não fizemos nada e eu não tenho interesse em trazer nenhuma menina aqui pra fazer nada, fica tranquila - ela assentiu.

- Bom, então...eu já vou - ela estava saindo do quarto quando eu a chamei novamente.

Apesar do meu relacionamento com a mamãe estar sempre uma merda, o clima estava pior que o normal desde o dia em que discutimos. Eu me sinto culpado por ter falado aquelas coisas, eu tinha que resolver isso.

- Mãe...

Ela parou onde estava e me olhou.

- É só que... - estava tentando procurar as palavras certas - Aquele dia, que a gente discutiu, eu não devia ter falado aquelas coisas - ela me olhava atentamente.

- Eu sei que você se importa comigo e que você me ama, cada um lida com o sofrimento do seu jeito, e se você precisa se afastar pra lidar com o seu, tudo bem, me desculpa por ter...sido grosso com você mamãe - ela ainda me encarava.

Ela deu um leve sorriso e assentiu.

- Tudo bem - ela estava saindo do quarto mas eu a chamei novamente.

- Eu te amo, tá bom? - ela estava parada na porta olhando pra mim.

Consegui ver seus olhos se encherem de lágrimas.

Eu me levantei da cama, fui até ela e a abracei.

Fazia muito tempo que eu não tinha contato físico com minha mãe, a última vez que eu a abracei foi no dia do enterro do meu pai.

Quando eu a abracei, ela chorou. Então a abracei mais forte.

- Eu também te amo, meu filho, me desculpa não ser tão presente - falou entre lágrimas.

- Tudo bem mamãe, no seu tempo - olhei pra frente e vi Himawari olhando pra gente.

Ela estava sorrindo.

Sinto muita falta da minha família, espero que um dia a gente volte a ser o que éramos.

.....

Acordei no outro dia de manhã me sentindo mais leve. Talvez um abraço da minha mãe era realmente tudo que eu precisava.

Nós não conversamos mais desde o meu pedido de desculpas, mas eu não estou triste com isso.

Já é um passo a mais.

Tomei meu café da manhã normalmente. Peguei meu celular e entrei nas minhas redes sociais. Depois de uns minutos eu notei que Sarada não tinha me mandado nenhuma mensagem, estranhei mas não foi motivo para preocupação.

Laços inquebráveis - Borusara.Onde histórias criam vida. Descubra agora