Uma pequena prévia para vcs 😌
Taylor Rodriguez
Meu balde de pipoca estava cheio, a minha garrafa já estava com o meu refrigerante favorito, tudo estava perfeito para mais uma noite chuvosa, maratonando vários filmes de terror. O que mais me preocupava eram os raios que caíam sobre a minha cidade, o que indicaria uma bela queda de energia a qualquer momento, mas por sorte, instalei um gerador essa semana e nada pode atrapalhar esta noite.
Subi de forma ansiosa, cada degrau da escada, até o meu quarto. Tomando o devido cuidado para não sujar o chão com algumas pipocas ou gotas de refrigerante, que com certeza trarão muitas formigas esfomeadas até o momento em que eu decidir limpar.
Acreditando cegamente que não derrubei nada no meio do caminho até aqui, me apresso e entro no quarto. Apago a luz do lugar e acendo apenas as minhas pequenas luzes que tenho instaladas no teto do quarto, todas em formato de estrelas para simular a noite estrelada, sendo elas umas das poucas coisas que me permitem dormir após um bom filme de terror.
Após chegar perto da cama, acabo me jogando por cima do colchão e caio de costas sobre o meu monte de lençóis fofos e estrategicamente arrumados para a minha maratona nesse tempo frio e chuvoso.
— Já assisti esses filmes tantas vezes que já sei todas as falas decoradas - Falo comigo mesma, o que me fez rir, por ser um fato verdadeiro sobre mim.
Meu coração disparada, mas não por medo, e sim por ansiedade. Eu estava ansiosa para começar a assistir, mesmo que pela milésima vez, meu cérebro parecia produzir mais dopamina quando que o play era apertado e o barulho do telefone tocando se fazia presente nos meus ouvidos.
O filme tinha acabado de começar, tenho certeza que as minha pupilas estão mais dilatadas, embora a Sam ainda não tenha aparecido na tela da televisão, sei que ela aparecerá e isso é o bastante para me deixar ainda mais ansiosa pela sua presença. Depois que conheci a personagem, os filmes 5 e 6 são os que eu mais tive o prazer de repetir diversas vezes, apenas para vê-la em ação, matando todos que ameaçam a sua segurança e a segurança de Tara, a sua irmã.
— E a Tara desliga o telefone na primeira tentativa do Ghostface de fazer a primeira comunicação. - Comentei, colocando algumas pipocas na boca.
— Amber não ficará nada feliz com isso. - Falei ao ver a cena em que Tara está conversando ao telefone com a sua "melhor amiga" por mensagens.
Claro, que sobre muitas aspas, porque eu mesma já li vários fóruns alegando que na verdade essas duas tinham muito mais que apenas amizade, mas quem sou eu para dizer alguma coisa. Tudo que eu mais queria era que a Sam largasse aquele feio para me dar uma chance, o que nunca iria acontecer.
Quem sou eu, perto da Samantha Carpenter, filha do Billie Loomis, o assassino mais aclamado do primeiro filme?
— Mas a Tara... - Comentei tentando conter um sorriso que insistia em aparecer por conta do crush que eu também sentia pela garota.
Quem poderia me culpar? Todas as mulheres desses filmes, por mais psicopatas que elas sejam, são extremamente lindas e atraentes? Não sei o que eu faria se tivesse dentro desse filme, mas com toda certeza eu seria algum tipo de cena de abertura por simplesmente me apaixonar pela serial killer.
Pisco algumas vezes enquanto balanço a minha cabeça para os lados, tentando voltar a minha atenção para o filme a minha frente. Evitando todos os pensamentos, intrusivos, sobre o quão linda é a Tara e qualquer outra personagem desse filme.
— Não cai nessa Tara - Revirei os olhos assim que escutei o tal do Charlie falando sobre a mãe dela. — Eu e você sabemos que sua mãe não fala de você para ninguém.
"— Ela te ama muito"
Assim que meus ouvidos escutaram aquilo, meus olhos se reviraram tão bruscamente que fiquei com medo de ter algum problema de visão por distorcer alguma veia do meu olho ou eles nunca mais voltarem para a posição normal.
— Ama sim, confia. - Cometei
Poucos minutos se passaram e eu me permitir ficar calada, apenas apreciando o filme. Mas assim que aquela voz, ao telefone, perguntou a Tara sobre qual filme de terror era o favorito dela, algo parecia estranho.
De alguma forma, aquela voz não parecia estar falando com a Tara, mas com alguma coisa pessoa. Estranhei a mudança repentina na voz de forma automática, já que esse filme tinha sido decorado por mim.
"— Qual o seu filme de terror favorito?"
A voz mudou, o filme parou, nada mais foi dito, apenas consegui encarar a tela congelada na feição de Tara parada ao lado da bancada de sua cozinha. A cena deveria continuar, mas não continuou, estava travada. Meu cenho franziu, peguei o controle da televisão e tentei apertar o play novamente mas não acontecia nada.
— Qual é Tara, você não vai mesmo falar "Babadook"? - Questionei como se tivesse falando diretamente para ela.
Me levantei da cama, aceitando que alguma coisa teria acontecido com o roteador e fui verificar a conexão dos cabos. Tenho quase certeza de que essa chuva toda deve ter afetado o sistema do roteador.
— Por favor, não me deixe na mão... - Me abaixei para ficar na mesma altura do roteador e passei a mexer em alguns botões do aparelho.
A princípio, tudo parecia normal, exceto por uma estranha anomalia nas luzes que indicavam a frequência que o roteador estava recebendo das ondas Wi-fi.
Fiquei encarando aqueles pontos brilhando mais que o normal, pensando no que poderia ser aquilo, até que de repente, me assusto com o barulho de um raio caindo sobre uma árvore bem ao lado da minha casa. O som foi tão forte que o chão tremeu, um clarão se formou na janela do meu quarto, junto com algumas faíscas que logo queimaram algumas partes da árvore.
Quando menos esperei, a luz caiu, me deixando em uma escuridão assustadora. Me levantei novamente, tomando cuidado para não acabar batendo com a cabeça na minha televisão e acabar causando um desastre em pleno escuro. Fiquei alguns segundos parada, esperando o meu gerador funcionar.
Minha visão estava quase se acostumando com aquela escuridão, o suficiente para me fazer diferenciar alguns objetos que estavam próximos a mim.
— Eu só queria assistir meus filmes em paz. - Comecei a reclamar, visto que, hoje era o meu primeiro dia de folga, após longos meses de trabalho na empresa, no qual eu odeio quase todos os meus colegas de trabalho.
Meus pensamentos foram encerrados quando a televisão ligou bruscamente, quase me cegando, obrigando-me a fechar os olhos novamente e tentar andar para trás, me afastando daquela claridade. Dei alguns passos para trás, mas meu pé acaba se enrolando em alguns fios, o que me faz escorregar e quase bater a cabeça na quina da minha cama.
— Ai... - Fechei meus olhos novamente, sentindo uma forte dor nas costas e no quadril, pois tinha caído sentada no chão.
Ao abrir meus olhos novamente, vi que a tela da televisão estava completamente branca, um leve chiado saía de dentro dela. Aquilo era estranho, nunca tinha acontecido antes, pensei que aqueles raios tinham estragado o meu aparelho, mas antes que eu pudesse agir para resolver aquilo e consequentemente, tentar salvar a televisão. Outro raio caiu, dessa vez em cima da minha casa.
De alguma forma aquela eletricidade passou pelas paredes da minha casa e atingiu a tv novamente. A descarga elétrica era tanta, que os fios que estavam enrolados na minha perna, puxaram toda a energia para mim, o que me desesperou.
Consegui ver toda aquela corrente elétrica branca, vindo até mim, fazendo meu corpo inteiro tremer pela descarga elétrica, eu não sentia dor, mas meu corpo convencionava sem parar.
Até que, tudo ficou preto e eu não tinha mais forças para abrir os olhos ou me levantar.
Eu apaguei.
Eu consegui sentir que algo estava diferente, mas não sabia o que era.
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Viagem Ao Terror Elevado - Sam Carpenter
FanficJá se pegou pensando o que aconteceria caso você tivesse dormindo em sua cama, assistindo o seu filme favorito de terror, quando de repente, após pegar no sono, você cai, de alguma forma inexplicável, dentro do filme? Isso foi o que aconteceu com Ta...