Chapter 1

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Taylor Rodriguez

Não consigo dizer por quanto tempo fiquei apagada, mas foi o suficiente para achar que eu tinha morrido por conta disso. Meus olhos se abriram devagar, e ainda estava tudo apagado, exceto pela luz que vinha da janela, indicando algum poste aceso. 

— Pelo menos a luz voltou. 

Me levantei do chão, sentindo o meu corpo inteiro doer, até mesmo a minha cabeça estava doendo, apesar de não ter lembrado de bater ela em algum momento. Quando me pus de pé, coloquei minhas duas mãos nas costas e inclinei meu tronco para frente, sentindo alguns estalos na coluna.

A luz branca e forte ainda estava atravessando a janela, como se quisesse chamar a minha atenção. Comecei a andar até aquela janela para ver de onde realmente estava vindo aquela luz, já que não me lembro de ter um poste tão perto da minha janela. 

Quando chego perto o suficiente da janela, novamente sou cegada pela luz, que realmente estava vindo de um poste. Uso a minha mão para fazer sombra em meus olhos, me permitindo enxergar alguma coisa. Apertando os olhos consegui ver as casas que estavam na vizinhança, mas algo estava errado. 

— Que estranho... - Franzi o cenho quando percebi que aquelas casas não eram familiares para mim. 

Estava tudo diferente, a rua não era mais a mesma, as casas em volta não pareciam ser as mesmas que eu sempre via quando voltava para casa, elas estavam espalhadas, mais que o normal. Parecia mais uma rua deserta com cada casa longe o suficiente para não ser possível escutar alguma briga ou som alto. 

— Espera... Aquela casa. - Minha visão parou em uma casa específica, que estava bem longe da minha e de qualquer outra. 

A casa era grande, possuía dois andares, a madeira era tingida na cor branca, mas a parte de cima, onde se encontrava o telhado, era preta. De alguma forma, aquilo era familiar. Os arbustos em volta, aquela decoração.

Comecei a encarar melhor aquela casa, tentando entender porque eu a reconhecia, apesar de ter certeza de nunca ter visto aquela vizinhança. Meu corpo ficou tenso quando eu vi uma figura feminina através da cortina da janela. Ela estava se movendo de um lado para o outro, andando entre os cômodos, até que ela apareceu para pegar algumas cartas que estava próximas a porta, que por sinal, tinham pequenos vidros transparentes ao redor. 

Foi quando eu pude ver claramente o seu rosto, enquanto falava com alguém pelo telefone.  

— Não pode ser... Jenna? - Esfreguei rapidamente os meus olhos, tentando entender porque a minha mente estava brincando assim comigo. 

Era impossível eu ser vizinha de uma celebridade e nem ao menos saber disso, mas o mais estranho de tudo, porque ela estava vestida igual a Tara no quinto filme?

Aquilo era um sonho? 

Uma brincadeira de mal gosto?

Por que minha visão está me enganando dessa forma?

Muitas perguntas foram feitas, mas nenhumas delas apresentava uma resposta clara. Ao abrir os meus olhos novamente, ela já não estava mais lá. 

De repente, um flashback acertou a minha memória como um soco. Aqueles raios, a queda de energia, a chuva, minha televisão e... o filme. 

— É a mesma casa. - Minha mente se abriu, agora eu lembrava exatamente daquela casa e tudo que estava em volta dela. 

Aquela era a mesma casa que a Tara estava no filme, mas como isso pode ser possível? Isso tudo parece ser muito real para ser apenas um sonho. Seria estranho eu ter morrido e minha alma tenha entrado dentro do filme, não é? Isso é realmente possível?

Viagem Ao Terror Elevado - Sam CarpenterOnde histórias criam vida. Descubra agora