Copa Poe - Sparia

Capítulo Único

Mesmo que fosse portadora de grandes medalhas dos meios de comunicação de Rosewoody, o troféu da copa poe enchia os olhos de Aria. Ela sentia uma atração muito forte por tal prêmio e se lamentava sempre que o perdia para o time das sereias - que por motivos mais do que estranhos, venceram as demais temporadas.

As preparações para aquele ano estavam à todo vapor. Montgomery fazia questão de estar presente e colocar a mão na massa em tudo, desde a confecção do barco até as fantasias. Mas no dia anterior ao evento, Alison vai parar na enfermaria por ingerir um pão de alho suspeito.

E então entra o segundo prêmio - também não sendo dela - que enche os olhos da lupina, Spencer. A gótica ainda evitava à todo custo ter contatos físicos e conversas pessoais demais, mais isso não á impedia de sentir uma atração fortíssima pela mesma. Suspirava pelo jeito que ela falava, andava, dos movimentos sutis e da expressão sempre neutra. Só de pensar nela e no tom de sua voz por muito tempo, se molhava todinha.

Mas o que afundou Hastings ainda mais no coração de Aria foi ela aceitar ingressar em sua equipe como co-piloto no intuito de derrotar Mona - embora preferisse pensar que era pela amizade das duas. Então ainda na noite que antecedia o evento, Montgomery trabalhou com afinco na fantasia que enfeitara o corpo delineado da gótica - apertando em alguns lugares que sua mente lhe sabotava propositalmente.

[***] (10 minutos para o início da Copa Poe).

Alison olhava orgulhosa para sua obra de arte no rosto da amiga e, porra, ela estava mesmo uma gatinha. A roupa que a lupina mesmo fez caiu muito bem e destacou o que ela podia chamar de atributos. E após elogiar as duas demais membros da equipe, observou melhor o local onde estavam. Nenhum sinal de Spencer ainda.

Será que ela desistiu por causa da fantasia?
Pensou consigo mesma. Só faltava ela e pelo ponteiro do relógio tinham somente dez minutos para finalmente se apresentarem perante à escola.

Então Montgomery toma uma decisão drástica: visitar a barraca onde Hastings deveria estar se trocando, imaginando a chance dela estar ao menos quase pronta.

Errado, muito errado. Ela deveria ter mandado uma mensagem, qualquer coisa, mas nunca diminuindo o passo e ter puxado devagar a entrada da tenda. Spencer estava mesmo lá, vestida, mas a curiosidade não deixou Aria em paz.

Tão gostosa. O corpo tão bem delineado na roupa que eu fiz. Se eu pudesse chegar mais per-
Droga!

O pensamento fora interrompido quando Aria escorregou com tudo para dentro da barraca, de barriga para baixo. O olhar de Spencer que imediatamente lhe alcançou foi bem direto, ela nem havia se assustado.

A lupina que estava se sentindo mais do que apavorada. É óbvio que a gótica sabia o que ela estava fazendo e agora poderia chorar ali onde se encontrava, bem aos pés dela.

- Spen, eu... Eu não estava, eu - Eu posso explicar!

Só pelo fato de Aria gaguejar sem parar ainda jogada no chão da cabana, tentando explicar o porquê de estar espionando, Hastings percebeu o quão colada era a roupa que usava. Esta que acentuava cada curva e apertava cada canto específico, como se fosse proposital. E sabendo que foi a garota aos seus pés que confeccionou, lhe deu mais certeza disso.

- Estava me espionando, Montgomery? Arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços. O tom monótono era aterrorizante, ofuscava até o barulho que vinha de fora.

Ainda a olhando de cima, os olhos apavorados de Aria lhe davam vontade de sorrir.
Parecia tão submissa à ela, toda largada, quase congelada. A posição era bem favorável para a visão de Spencer, que aproveitou para reparar melhor em sua amiga. A fantasia igualmente colada e exibindo partes do corpo lupino que faziam sua boca encher de água e lhe instigar uma estranha vontade de tocá-la.