Capítulo XLIII - Reflexo

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Perdoem minha demora para atualizar, para compensar a espera de cada um, um capítulo grandão!
Obs: Perdoem caso tenha algum erro, não tive tempo para corrigir.

***

A madrugada cheia de conversas paralelas entre Hange e Eren, tumultuaram a mente do jovem com inúmeras informações novas, que só serviram para alimentar ainda mais a raiva e o ódio pelos gigantes assassinos.

Silencioso, Eren absorveu cada nova revelação, mergulhando nos detalhes sórdidos, nas descrições de mortes e nos relatos das vítimas. Os resultados dos experimentos ecoavam em seus ouvidos, criando um cenário de desespero e tragédia

Ao longe, o cantar do galo marcou a passagem das horas, e quando Eren finalmente percebeu, o dia havia raiado. A luz do sol começava a invadir o recinto através das brechas das janelas antigas.

--- Nossa! — exclamou Hange, levantando-se para abrir a janela. — O sol já nasceu, quem diria. — Seu sorriso animado contrastava com a seriedade do momento, Hange observava o orvalho fresco escorrendo pelas árvores e elogiava as borboletas que dançavam nas flores azuis do jardim.

Enquanto isso, Eren permanecia inerte, ainda sentado, apertando os dedos nervosamente. O peso do que ouvira era avassalador, e ele se questionava como Hange podia narrar tão friamente eventos tão traumáticos, sem derramar uma lágrima.

Quantas pessoas, amigos, família, haviam morrido. Alguns foram testemunhados por seus próprios olhos, esquadrões dezimados, sonhos arruinados e amores ceifados. Os titãs haviam destruído tudo!

Como ele podia suportar em silêncio, sem sentir um pingo de remorso? Remorso por algo que nada a ver com ele tinha, mas se compadecia pelas vítimas, inocentes.

Não demorou mais que alguns minutos e a imagem do Capitão surgiu diante da dupla.

--- Céus! Vocês ainda estão aqui? — Perguntou diante da porta, já vestido completamente com seu uniforme.

--- As horas passaram tão rápido, não é, Eren? — Hange gargalhou. — Bom, vamos tomar café e vamos até o acampamento. — Disse, se encaminhando até a cozinha afim de fazer o café da manhã do esquadrão.

Eren permanecia ausente, mergulhado em seus pensamentos, e não percebeu quando Levi se aproximou, sentando ao seu lado.

--- Eren? — Levi o chamou pela terceira vez.

--- Sim, senhor? — Ajustou rapidamente sua postura, fitando o semblante cansado do Capitão.

--- Você está bem? — Indagou Levi, observando o cadete.

--- Sim. Desculpe, senhor.

A conversa foi interrompida quando o restante do esquadrão de operações especiais entrou, silenciosos, devidamente trajados com os uniformes. Todos sentaram à mesa, aguardando que o café fosse finalmente servido para que o dia de trabalho fosse devidamente iniciado. O clima pesado pairava no ar, intensificado provavelmente pela iminente chegada da uma nova missão.

Quando todos já haviam se alimentado devidamente, o Capitão se ergueu, ficando em pé diante da mesa de madeira, com os dedos tamborizava um ritmo.

--- O Comandante Erwin mandou-me uma carta redigida por ele próprio.

As sobrancelhas de todos se arquearam em uma dúvida cruel, sem mencionar o medo incessante que cada componente sentiu.

--- A missão foi adiada para daqui 5 meses. Nesse meio tempo, treinaremos mais, somos o melhor esquadrão do Reconhecimento, então, dêem seus corações a cada treino pesado. Teremos tempo suficiente para sair em missão e fazê-la ser um sucesso!

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