XII

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Aviso: nesse capitulo haverá menção à menores consumindo drogas e álcool.

Eu não apoio e nem incentivo nenhuma das ações, opiniões e decisões dos personagens.

*****

Zac - 2000

Saí sem rumo. Eu não aguentava ficar parado dentro daquele quarto de hotel nem mais um segundo sequer sem enlouquecer.

Não conseguia pensar em nada que não fosse a raiva que eu sentia naquele momento.
Eu estava cuspindo fogo de tanto ódio porque eu não deveria ter dito aquilo pra Jules.
Meu problema é que eu sou um idiota e falo as coisas sem pensar. Na hora eu perco a noção e as palavras saem da minha boca sem eu nem ao menos perceber.

E é óbvio que eu não quero terminar com ela! Só de pensar nisso eu sinto um buraco gigantesco no peito e agora ela está lá possivelmente me odiando pelas merdas que eu falei. E por estar longe eu não posso nem sequer tentar reverter o estrago que eu fiz.

Mas ao mesmo tempo eu tô furioso com ela tb. Já não basta a gente ter que viver refém do pai dela agora eu tenho tb que aceitar calado aquele troglodita servindo de sombra dela o tempo todo? Vai pra merda né!
Ela tá com essa palhaçada de dar corda e moral pra ele e o maldito aproveita que eu to longe e não posso fazer nada, pra ficar em cima dela igual um urubu.

Porra eu já não aguento mais isso!

Peguei o elevador completamente cego de ódio. Eu precisava respirar um pouco, o ar desse país é úmido e quente demais e eu sentia como se estivesse dentro de uma merda de uma sauna, pingando de suor.
Apertei o primeiro botão que vi e fui parar na área da piscina sem nem perceber.

Porra Jules pq vc tem que ser cabeça dura desse jeito?

Eu ficava recitando essa frase em um loop infinito na minha cabeça. Ela estava fazendo de propósito, não era possivel ela ser tão inocente desse jeito a ponto de não ver a verdade!

Assim que eu cheguei na área da piscina vi que tinha uma movimentação até que grande ali.
Eu não queria ver e nem falar com ninguém. No humor que eu estava era capaz de eu arrumar briga com o primeiro que cruzasse o meu caminho.
Eu queria sumir, andar sem rumo até as pernas não aguentarem mais e quem sabe assim eu conseguiria finalmente esquecer do ódio que eu estava sentindo naquele momento.

Enquanto eu dava a volta na tentativa de fugir daquela muvuca eu acabei encontrando com o meu irmão, a Natalie e uma galera desconhecida batendo papo em um canto mais recluso, atrás de umas pilastras.
Tentei dar meia volta mas já era tarde demais. A Natalie me viu e cutucou o meu irmão
- Zac! Vem cá
Me aproximei contrariado e já pensando em um jeito de cair fora dali. O Tay estava todo alegre e na mesma hora eu vi que eles estavam "festejando".

O Taylor curtia fazer essas festinhas dele e a Natalie sempre entrava na onda pq onde ele estava ela ia atrás.
Eu até que era curioso pra saber como era mas nunca tinha participado pq eu sempre era considerado novo demais.
Continuei andando na direção dele pensando em um jeito de me livrar daquela situação
-  olha ai se não é o cara da vez!
Ele já estava visivelmente chapado e ria todo bobo
- vem cá maninho
Ele colocou o braço em volta do meu ombro e me puxou pra perto do grupo

- galera esse é o meu irmão favorito, Zac. Zac esse é o Ricky, essa é a Carol, esse daqui é o Bruno, a namorada dele Julia e esse é o...
- Lucas
- Isso! Lucas
O Tay ia apontando e falando o nome daquelas pessoas que ele claramente tinha conhecido naquele dia. Todos pareciam ser mais velhos e estavam bebendo e fumando, e logo um copo apareceu na minha mão sem eu nem pedir

i wish that i was thereOnde histórias criam vida. Descubra agora