único

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oi, então

pequenos avisos antes de ler...

⚠️ Crinofilia: vai ter um Minho com tesão em suor, saliva e fluídos
⚠️ Dirty talk: bem levinho, uma coisa bem suave
⚠️ Os dois são maiores de idade, beleza? Tanto que é citado num trecho.
⚠️ Han!top, Minho!bottom

é issooo, aproveitem seus safados (as)

͏ ͏ㅤ ͏ ͏ ͏ ͏ㅤ ͏ ͏ 편안함 ; ┊ ☪︎⋆

Pode parecer besteira porém eu sempre levei o contexto familiar a sério. Fui enraizado numa família bem estruturada então a separação dos meus pais foi algo chocante e de certa forma impactou na minha rotina. Meu pai se sentiu da mesma forma, para ele foi uma surpresa e talvez até hoje ele mantém as esperanças lá em cima esperando por uma retaliação da, agora, ex-mulher.

Já minha queridíssima mãe parece melhor e mais feliz que nunca. Tem adotado uma vaidade incomparável com antes, está mais confiante e se sente mais disposta para fazer coisas que antes, por exemplo, ela não fazia. Coisas como praticar novos hobbies. Tudo isso por causa de outro homem. Ela se divorciou de um casamento de doze anos pra ficar com ele e tudo parecia maravilhoso até então, mas só pra ela, claro.

Comigo as coisas funcionam um pouco diferentes. Primeiro vamos ao fato de que minha mãe é uma mulher de meia idade e esse homem - me recuso a chamá-lo de padrasto, tio ou qualquer outro adjetivo com parentesco envolvido - é só dois anos mais velho que eu. É isso mesmo, euzinho, um jovem que acabou de completar meus dezoito anos, a idade mais esperada por todos.

Além da diferença de idade, existem outras coisas que me irritam nesse relacionamento bizarro; como ele parece sempre tirar vantagem das nossas idades próximas para provocar minha paciência quando lhe dá na telha. Coisas como fazer piadinhas com duplo sentido, usar minhas roupas sem permissão, manter contato físico o tempo todo e a mais esquisita de todas, me espiar no banho.

A mais velha da casa não acredita em mim quando lhe conto sobre essas provocações, porém eu sigo contando. Quando ela não me ignora rebate dizendo que "meu padrasto está tentando construir um laço familiar comigo".

E foi por esse e outros motivos que eu chutei o balde e fugi de casa. Fiquei cerca de dois dias na casa de um amigo que me acolheu, entretanto, que ao ouvir meus problemas, apenas escolheu concordar com a minha mãe, argumentando que talvez seja uma tentativa de se sentir mais acolhido e menos excluído nessa relação familiar.

Cacete, será que ninguém enxerga a situação com os mesmos olhos que eu?

Já haviam se passado das onze quando decidi voltar pra casa. Eu abri a porta dos fundos lentamente tentando fazer o mínimo de barulho possível para não ser recebido por uma mãe furiosa. Passei pelos corredores até chegar na pequena escada que me levava ao segundo andar, onde pude ver meu quarto com a porta entreaberta e uma sombra projetada sobre a luz amarelada do abajur.

Meus batimentos já se encontravam acelerados quando quem pensei ser a pessoa me esperando fosse minha mãe. - Mãe...? - Eu gentilmente abri a porta e adentrei o cômodo, sentindo meu corpo relaxar num suspiro quase que sufocante. - Ah, é você. - Minha reação foi decepcionante aos olhos de Minho, porque ele sabe que não tenho interesse algum em respeitá-lo e não estou disposto a receber ele bem.

- Han, querido... onde você estava? Eu e sua mãe quase morremos de preocupação. - O homem já estava próximo o suficiente, me fazendo repulsar. Ele me envolveu num abraço o qual não fiz questão de retribuir, apenas sentindo seus braços fortes me apertando cada vez mais.

- Eu sei que tu não dá a mínima. Pode parar de fingir, cara. É ridículo. - Pela primeira vez eu tomei a iniciativa de rebater essas suas falas broxantes, esse discurso idiota que ele sempre faz quando está "preocupado" comigo.

consolo | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora