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Quando a gente pensa em amor, é notório que as coisas boas apareçam. Pensamentos puros e alegres. Talvez para muitos isso signifique amor. Muitos, acreditaram que essa história é sobre monstros, talvez sobre demônios, quem sabe até pensarão que é sobre santos. Mas não, essa história é sobre duas pessoas com uma relação tão improvável que era impossível não haver amor.

Nosso protagonista é o Jordan, um nobre nascido no interior de Morfeia – País dos elfos do sono – sua posição era de prestígio nas percepções gerais da elite. O garoto avia sido abandonado pelos pais mas era dono de terras e heranças. Um dia, a rainha élfica mandou lhe um convite meio improvisado, o papel meio amassado, sua aparência era áspera e estava manchado “Com certeza esse cartão passou por pelo menos duas pessoas antes de chegar em mim.” pensou Jordan com uma feição meio enjoada revirando os olhos. Seu status nem sempre significava tanto quando se trata da Eliete élfica, mesmo assim Jordan aceita participar dessa festa cafona e cheia de engomadinhos. Ele buscara recuperar a esperança na vida que outrora foi perdida.


Mesmo as condições não sendo pouco propícias para uma festa desse porte, os nobres pouco se importam para quantos plebeus serão enterrados. Há pouco tempo, o reino passou por uma epidemia extrema. Ainda é bem perigoso montar festas como essa. Cada membro de cada casa de família importante estaria presente nesse evento tão glorioso para a rainha. A rainha Merry estava celebrando seu aniversário de cento e dezenove anos, isso merecia uma festa extremamente extravagante. Afinal, o que são alguns camponeses mortos? Os nobres podem pagar por médicos e curandeiros apropriados para lidar com qualquer doença.

Jordan ainda se encontrava bem indeciso sobre sua participação nesse evento. Não havia muitas razões para comparecer, o desânimo era tudo que restara. Mas algo inesperado acontece. Uma carta muito intrigante chega em sua residência, bem embrulhada como um presente, exatamente das cores que ele gostava, parecia sido feita sob medida. Cada detalhe do embrulho parecia que havia sido pensado para ele. Na carta dizia: “Fico feliz em saber que comparecerá na festa de minha irmã. Ouvi falar muito de você. Alguém já disse que seu sorriso é lindo? Pois ele é! Não querendo ser clichê mas espero poder te conhecer. Atenciosamente, Príncipe Filiph.” Quem diabos assinaria com seu título? Se fosse realmente o príncipe assinaria apenas com o nome. Isso claramente é um brincadeira de mal gosto, mas Jordan não deixou barato. Ele respondeu na mesma intensidade está pessoa que se dizia ser o príncipe. Depois de muito flerte, ele concorda em ir a festa. Ele queria saber quem era essa pessoa que fingia ser o príncipe.

Desde que recebeu o convite, já se passaram um mês, Jordan decide usar as roupas de seu falecido avô, um terno azul marinho – Um pouco folgado, mas mesmo assim, extremamente adequado para ocasião – O único receio era que em sua gravata havia um bordado um desenho de um escudo. Seu avô acreditava que dava boa sorte e protegia. Jordan ficou com receio de ser julgado pelos demais nobres por causa disso.

As horas se passam, e quanto se passa ele percebe que foi esquecido. Foi dito no convite que cerca de uma hora antes da festa seria enviado uma carruagem para cada convidado. Pelo visto, ele não fazia parte dos convidados legítimos. Provavelmente ele foi um tipo de convite extra ou um convidado improvisado para atingir a cota, ninguém se deu o trabalho de pensar nele. Cansado de esperar e desapontado, Jordan começa a se despir para dormir. Mal sabia ele que sua surpresa estava a caminho. O terceiro filho – irmão da rainha Merry – Príncipe Filiph segundo, chega na propriedade em uma carruagem um tanto simples, uma madeira pouco nobre, rodas bem gastas, um cavalo que não era de raça. Com certeza essa foi a carruagem que sobrou no galpão, mas mesmo assim deixa Jordan sem palavras. E apenas com cueca de algodão ele observa estático o príncipe da varanda de seu quarto.

- P-Príncipe Filiph??

- Eu disse que queria te conhecer, vim te buscar. Pensei que tivesse recebido o convite, não imaginei chegar aqui e vê-lo com mala pronta pra viagem...

O senso de humor do príncipe sempre foi algo bem questionável, mas isso fez quebrar o gelo. Foi a primeira vez que o Jordan encontrava com alguém da realeza pessoalmente. Para piorar sua situação, no primeiro momento ele foi visto praticamente despido e com cara de quem acabou de chupar um limão azedo. Essa com certeza não era a imagem que ele queria que a realeza tivesse dele. Muito nervoso e envergonhado ele tenta correr da varanda para dentro do quarto torcendo para não ter sido visto. Por um descuido, tropeça na maldita gravata com bordado de escudo que estava próxima ao seus pés e caí de bruços no chão. O príncipe a princípio se assusta mas desce da carruagem para subir e ajuda-lo.

- Cuidado! Não precisa ter uma quedinha tão grande assim por mim.

O príncipe caí na gargalhada, eles já haviam trocado cartas a alguns dias. O príncipe era alguém inalcançável, poderia nem mesmo ser o príncipe que o escrevia. Poderia ser apenas um criado pregando uma peça em um nobre. Ele continuou trocado cartas por pensar isso, era divertido fazer eles acreditarem que você realmente está caindo na pegadinha. Quem cairia nisso? Um príncipe jamais perderia seu tempo falando com alguém como ele. Isso é bem diferente quando se tem o príncipe na porta da sua casa. O pânico dominou os pensamentos dele. Os criados de Jordan abrem espaço para o príncipe entrar, perplexos com o que estavam vendo, um dos príncipes naquele lugar. O príncipe finalmente chega no quarto depois de subir as escadas íngremes e barulhentas, ao encontrar Jordan ainda no chão com sua cueca de pano folgada deixando a mostra parte de seus testículos. Toda aquela pose de engraçadão se foi, agora ele era apenas um garotinho envergonhado e escondendo seu tesão movendo sutilmente seu pênis para uma posição onde não desse para notar aquela ereção inconveniente. Ambos sentiram o clima intenso que estava no quarto.

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⏰ Última atualização: Jan 10 ⏰

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