Legado Renascente

1- Uma artista e um mistério

Introdução. Olá, meu nome é Victor Wagner, está é a história de uma artista que encontra na arte o poder dos sentimentos e a expressão dos próprios. Safira vai enfrentar desafios, perigos e experiências que vão impactar sua vida para sempre. Com referências a artistas e obras de artes, Legado Renascente é uma homenagem e inspiração à história da arte clássica e ao Renascimento italiano, que trouxe de volta o valor do talento, artístico e expressividade do ser humano e de que sempre podemos ir além dos limites que conhecemos. Fiquem com Legado Renascente e boa leitura!

Em uma noite chuvosa e silenciosa, havia uma bela moça segurando um pincel, colorindo uma pintura que iniciou naquele momento em sua sala de estar, e no fundo a música em piano bem suave de Für Elise de Beethoven. Seu silêncio se conectava com as teclas de cada nota do piano, suas emoções se alinhavam à sinfonia como uma árvore prestes a florir na chegada da primavera. Em meio a atmosfera de pura inspiração artística, de repente, o telefone toca, sua sombrancelha suspende com certa estranheza, pois já era tarde, pouco mais de meia noite (seu horário preferido para pintar os quadros era às 23 da noite, porque lhe entregava um ambiente de silêncio e calmaria).

Ao atender a chamada, uma voz masculina cita seu nome: "Safira?" Ela responde: "Sim, sou eu. Desculpe, quem fala?" Ele: "Meu nome é Carlos, sou de um serviço secreto e preciso da sua ajuda com urgência." Safira, assustada com aquele homem no outro lado da ligação, perguntou de qual ajuda ele necessitava, e o que ela tinha a ver com aquilo e o porquê ligou naquele horário da noite. Safira era uma mulher muito talentosa e nunca deixou de lado sua intuição de perguntar e questionar, e desde criança foi fascinada pelas pinturas do renascimento e a história da arte clássica, contadas pelo seu avô. Na ligação, o homem misterioso, que até então só tinha dito seu nome mas não mencionou em que serviço prestava, relevou a própria moça o passado dela em artes marciais, e que ela tinha dons e capacidades especiais que nenhuma outra pessoa possuia. Safira colocou seu pincel na mesa, com as mãos ainda sujas de tinta com o telefone na mão na direção da orelha, sentou lentamente e trêmula na cadeira e perguntou ao homem: "Como você sabe disso? Quem te deu essas informações? E que missão é essa afinal de contas?" O homem, tendo ciência do seu pavor, a acalmou e lhe explicou: "Não tenha medo. Infelizmente não posso dizer, no momento, quem me deu essas informações e seu contato, mas garantimos que você e essa missão possuem algo em comum. Um artefato artístico extremamente valioso foi roubado do porão no Palácio de Versalhes, e as principais autoridades responsáveis pela peça não querem que essa situação se torne pública, por tanto, essa ligação está sendo criptografada e a linha está restrita em um único canal via satélite com um forte código de segurança para que ninguém rastreie ou ouça a nossa conversa." A moça fica surpresa e chocada com a dimensão da situação, o choque a deixa ficar em silêncio. Carlos, o homem da outra linha da ligação, pergunta: "Então, por favor, Safira, nos ajude." Com o telefone na mão, ela suspende novamente o gancho até a orelha e pergunta ao homem: "O que eu devo fazer? Não sei se posso aceitar isso, tenho muitas dúvidas." Carlos: "Mandaremos um carro pela manhã para te buscar e levá-la até o nosso espaço secreto. Não se preocupe, sua segurança está em nossa prioridade e iremos te auxiliar em todos os materiais, rotas e tecnologias de nossa propriedade." Ao encerrar a ligação, Safira fica perplexa e sem resposta para si mesma a respeito do que acabou de acontecer. Ela ainda possuía muitas dúvidas, perguntas e medo. Sua pintura ficou pela metade, por causa do choque, ela permaneceu em silêncio e foi dormir.

.O Passado de Safira

Safira nasceu numa pequena cidade da França, foi criada sozinha pelo seu avô, o qual também é um grande fã da arte clássica, e uma das grandes fontes do seu amor pela arte. Safira também tinha uma outra paixão, as artes marciais, luta, e se aventurar em corridas a pé. A ação sempre foi um Robbie à parte.

Ao acordar, numa Manhã úmida ainda nublada e sem sol, Safira toma café, guarda seus materiais de pinturas e quadros e fica insegura dentro de casa, ela não sai e quase a todo momento observa o telefone com um rosto de tensão. A campainha toca, ela se assusta, e andando calmamente observa através do furo da porta, e olha um homem com um terno azul e óculos escuro. Ao abrir a porta, ele cita seu nome e se apresenta: "Bom dia, Safira, sou o Carlos, o homem da ligação. Antes de vim conosco, peço para que coloque o seu smartphone em modo avião, e desative qualquer linha de conexão a rede." Ao realizar o pedido do agente, Safira, com muita desconfiança e uma face fechada, segue o homem até o carro, e esconde a sua arma, uma glock g26, na cintura da calça e o coloca no moletom, pois era uma manhã fria.
*Embora Safira seja uma grande artista, suas experiências na luta a deixaram sempre com um ponto de alerta, e segurança. Por ter um psicológico forte e maduro, ela conseguiu uma licença para possuir uma arma que garantisse sua própria segurança.
No carro, o agente explicou tudo o que havia acontecido, e que os responsáveis pelo furto não eram criminosos comuns, mas sim uma organização estrangeira que tinha um forte esquema de tráfego internacional de objetos valiosos roubados, e que a agência de serviço secreto pelo qual contratou ela está investigando e tentando acabar com o trabalho criminoso dessa agência. Ao ouvir tudo, Safira entendeu a dimensão da situação, e quando ela descobriu qual artefato foi roubado, ela lembrou do seu grande amor pela arte. Olhou para o agente, e lhe disse: "Por onde vamos Começar?" A missão já não tinha valor somente na ética, agora era uma defesa pela arte.
.
.
.
.
Continua no capítulo 2