20: Uma menina má tem sempre o que merece

325 26 52
                                    

Já deixa a estrela e um comentário aleatório. Engajamento é importante.

Peço desculpas antecipadas por esse capítulo, hh.

Quer você venha como amante ou como carrasco, estou pronta para recebê-lo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quer você venha como amante ou como carrasco, estou pronta para recebê-lo.

Agustín Gómez-Arcos, em O Cordeiro Carnívoro.

• • •

• ALEXA LEBLANC •

— Existem diversas maneiras de brincar com uma faca, sabe?

Estou restringida à cama. Com um nó que começa no meu pulso direito, passa para o esquerdo, desce no pé esquerdo e termina no direito. A corda efectua uma volta quadrada ao redor do meu corpo e eu estaria impressionada, se não estivesse tomada pelo medo do brutamontes parado na minha frente com uma faca suja do seu sangue na mão, sem camisa e com as calças bem abaixo de onde é suposto estarem.

Com certeza ele foi um escuteiro quando criança, e com certeza não ganhou a porra da cicatriz de naja brincando com uma faca, e eu não quero descobrir isso agora, por mais curiosa que esteja.

Milhões de ideias passam pela minha cabeça para evitar ser esquartejada à luz da lua. Pedir desculpas não vai funcionar, fiz isso quando ele me amarrava e tudo que ganhei foi um aperto mais forte. Oferecer um boquete? Só se ele guardar a faca.

— Vai me esfaquear?

Minha cabeça dói e ameaça explodir. Porra, eu não posso ser encontrada morta, estando amarrada e nua. Seria constrangimento demais, mesmo estando morta.

— Eu não vou matar você — pontua, subindo na cama de joelhos e se posicionando entre as minhas pernas — Posso ser qualquer coisa, menos um assassino.

— Pois, seria bem merda se me matasse — ironizo e me arrependo na hora.

A faca sobe pelo meu abdômen e trilha um longo e doloroso caminho até o ponto entre os meus seios, onde a ponta afiada dança levemente, mas sem me ferir de facto.

Depois, a lâmina faz o caminho de volta, descendo pelo abdômen e indo baixo demais, parando na minha pelve, onde faz a mesma dança lenta e medonha.

O fascínio incrustado nas íris do Lucca me deixa ofegante. Não sei se está adorando me ver à sua mercê, se acha que estou linda assim ou está maquinando a melhor forma de enfiar a arma em mim, e se for a opção três, eu estou fodida.

— Abra.

Meus olhos lacrimejam, mas eu pisco repetidas vezes para não deixar nem uma só lágrima cair. Só que é difícil quando o seu olhar duro pousa no meu e eu não vejo nada além da doença obsessiva ali, a mesma doença da qual me contaminei, e por mais podre que pareça, não quero me curar.

Dominados Pelas Sombras|+18Onde histórias criam vida. Descubra agora