Flores.

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Os olhinhos do Yang estavam avermelhados, igual a seu narizinho. As mãozinhas trêmulas seguravam o buquê de flores com força, escondendo seu rosto sobre as pétalas tentando abafar o barulho. Oh, Deus...Quem iria curar o coraçãozinho ferido de Jungwon?

Era a semana do amor no campus da mais renomada universidade de Seoul, e um garotinho de 19 anos se preparava para se declarar ao melhor amigo. Uma semana repleta de confissões, flores, chocolates, presentes e casais felizes. O que poderia dar errado, pensava o Yang. 

Ele ajeitou seu suéter castanho claro em seu corpo e ajeitou os óculos pretinhos em seu rosto. Suas pequenas mãos seguravam o ramo de flores com força, por estar nervoso com a futura reação do amigo. Ele engoliu a seco quando ouviu passos se aproximando, e se virou na direção da pessoa que já imaginava quem poderia ser, escondendo o buquê atrás de si mesmo.

— Huh? Wonnie? — O loiro perguntou, confuso.

— O-oi, Hyung... — O mais velho susurrou o cumprimento e o honorífico, olhando para o chão.

Jungwon suspirou alto, levantando a cabeça e fitando o Park.

— Eu gosto de você, Jay Hyung...E gostaria de saber se você quer namorar comigo. — O Yang retirou o ramo de flores de trás de seu corpo, estendendo os braços.

A expressão facial de SeongJong não expressava algum tipo de sentimento, e isso deixava o pequeno ainda mais nervoso.

— Olha, Jungwon...Eu...Sinto muito, mas não vai rolar. Além de eu namorar, eu sou hétero. 

O coraçãozinho puro do Yang se rachou em pedacinhos, e caso houvesse dúvidas, foi por pouco que não se foi ouvido o barulho dele se despedaçando.

O olhar agora marejado do mais novo se direcionou para o chão, enquanto ele abaixava os braços e fungava baixinho.

— Me desculpa, Jungie...

— N-não... Tá tudo bem, Jay... 

O menor se afastou do outro com passos lentos, até estar atrás dele e começar a correr pra longe dali. 

Ele foi até o jardim da universidade e se escondeu atrás de um arbusto, se encolhendo e abraçando as próprias pernas. Ele inspirou o aroma das flores que segurava, tentando se acalmar, falhando. Gotinhas carregadas começaram a escorrer pela a pele branquinha e delicada, acompanhado de soluços baixos.

Como ele iria no rosto do possível ex-melhor amigo agora? O que ele iria fazer? Ele havia perdido quem mais amava e confiava...Era isso o que se passava pela mente nublada do garoto.

Nem sempre as histórias tem finais felizes.

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Nem sempre as histórias têm finais felizes ;; Jay & Jungwon.Onde histórias criam vida. Descubra agora