Capítulo 2 - O Começo

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*Despertador toca*

-Hmm, que sono... – Eu acordo brevemente para olhar as horas.

Eram perto das 8h30.

-Puts... será que eu acordo? Será que já estão acordados?

Penso mais um pouco na decisão de se levantar da cama ou não.

-Bom dia, Chassic. – A minha assistente de quarto me diz ao lado.

-Bom dia... acho.

-O que achou da sua primeira noite aqui?

-Uma maravilha.

Olho para a janela no mesmo instante e percebo a linda vista que tenho daquele quarto. O sol começava a nascer e os raios de sol batiam nos vidros e janelas dos arranha-céus super avançados na tecnologia e eu ficava maravilhado. As ruas já estavam com certa movimentação e algumas pessoas já estavam podendo ser vistas andando no centro da cidade.

-A vista é realmente bonita. Tenho que concordar. Enfim, senhor Chassic, gostaria de me personalizar? Voz, aparência e até mesmo o meu nome e humor.

-Gosto do seu nome sendo Doris mesmo. Acho característico.

-Obrigada, senhor Chassic. Tenho vários humores: engraçado, sarcástico, sério, animado, triste, irônico, explosivo ou até mesmo "sem-noção" e perigoso. Qual você prefere?

Eu me levanto para pensar um pouco, ando pelo quarto, abro minha mala e digo, de costas para a assistente:

-Prefiro o engraçado.

-Você pode escolher até um tipo, obviamente, e algumas características! Eu posso ter um humor muito engraçado e brincalhão, te dando apelidos e coisas desse tipo...

-Pode ser esse.

-Então, beleza!

Pego minha roupa para sair de casa, provavelmente, só ficar arrumado mesmo. Vou tomar um banho, pego minha toalha, minha roupa e fecho a porta do banheiro.

-Deseja alguma coisa dentro daqui? Uma mulher gostosa de sutiã e calcinha ao seu dispor para qualquer coisa ou outra coisa? Hahaha! – A assistente dizia num tom engraçado e brincalhão, dentro do banheiro. Parecia estar conectada ao teto.

-Como você está aqui? – Eu me perguntava, ao fechar a porta.

-Sou conectada a todos os sistemas desse quarto ou todos os sistemas conectados a você, mano! Fica atento, eu posso estar onde você menos espera, num stripclub quase comendo uma gostosa ou até mesmo vendo você em situações privadas!

-Isso me assustou um pouco. – Já estava entrando no boxe.

-Eu estou só brincando, mas relaxa, eu respeito sua privacidade em todos os casos. Só fui feita para te ajudar, filhão.

-Você consegue tocar música?

-Sim... qual que você quer? Tenho sua lista de reprodução no meu banco de dados aqui.

-Caramba.

-Gostaria de uma música relaxada ou uma mais animada e mais energética?

-Relaxada...

-Já sei. Colocando um Jazz Piano Instrumental para você.

Eu tomo meu banho, ao mesmo tempo que olho a vista do sol nascendo numa manhã de talvez um domingo, não sei, nem tinha olhado que dia era.

Já era perto das 9h e saio do meu quarto com minha roupa. Estava vestindo uma camisa não muito longa de um adolescente com uma cabeça de rádio e vários rabiscos para complementar e deixar mais "rock", uma calça de moletom com zíper para meu celular e outra coisa, provavelmente minha carteira ou dinheiro, não sei. Sapatos esportivos sem cadarço, meias pretas com desenhos do Darth Vader, que meu pai gostava muito e minha mochila, com algumas águas que tinha comprado na estação de Central City, meu moletom, luvas e meu fone, juntamente com a minha máscara, caso fosse necessário.

CYBERPUNK 2086Onde histórias criam vida. Descubra agora