LIVRO 3 - Dangerous Reality and The Final Meeting| Fred Weasley

Capítulo 10- Rosas e Ouro

04 de setembro de 2005

As semanas que sucederam, foram incertas. Aurora passara mais tempo resolvendo as pendencias da preparação de seu casamento do que necessariamente junto de seus amigos, e o pressentimento de que estava perdendo algo apenas crescia em sua mente.

Os rumores de que Catherine estava de volta, haviam ganhado forma no final do mês de agosto, mas estranhamente sua melhor amiga estava tranquila quanto a isso, ao contrário dela que, ao descobrir quem havia feito a publicação, deu uma lição de moral regada a ameaças, mas isso era algo que ela também não ousou contar.

Mas não era apenas o casamento, os pesadelos com as memórias da batalha, tampouco sua rotina exaustiva de trabalho que lhe tiravam o sono, ela sentia que Catherine mais uma vez estava escondendo algo dela. Riddle sempre estava escondendo algo dela, mas suas suspeitas se tornaram algo muito mais sólido no momento em que George entrou em sua casa de repente com o rosto franzido.

– Fred está esquisito. – Ele comentou, fazendo com que ela ficasse em alerta.

– Ele é esquisito, George.– Aurora retrucou impaciente. – Você está se preocupando demais.

– Ele voltou a não dormir no apartamento, e quando fechamos a loja nem espera para ir embora. – O ruivo comentou– Já vimos isso acontecer antes.

Aurora ficou em silêncio por alguns segundos, absorvendo o que George disse, até chegar na conclusão mais óbvia.

– Ou Catherine deu um pé na bunda dele, definitivo, ou os dois estão se vendo as escondidas como dois adolescentes. – Ela cruzou os braços e um sorriso malicioso surgiu em seus lábios. – Sinceramente, eu apostaria na segunda opção, porque Catherine também anda bem esquisita. Nas poucas vezes em que fui visitá-la, ela não quis me deixar entrar porque "não estava bem". – Aurora revirou os olhos. – Acho que ela estava muito bem e acompanhada da sua réplica ruiva!

– Porque eles esconderiam isso de nós?– George colocou a mão na própria cintura, indignado.

– Convenhamos, Georgie... nós dois somos extremamente fofoqueiros. – Ela riu. – Mas, desta vez, não acho que seja prudente da nossa parte invadir o espaço deles. Quando estiverem seguros, deixe que eles digam.

George encarou o chão como uma criança travessa, seu olhar parecia divertido agora, e Aurora sacudiu a cabeça em negativa.

– E se...

– " E se..." porra nenhuma, George. – Aurora repreendeu severamente. – Estou falando sério. Da última vez que interferi quase acabei com a minha amizade com ela, Catherine tem o tempo dela para resolver as coisas e não vai ser eu ou você que vai determinar isso.

Ele assentiu com a cabeça, e Aurora torceu para que ele realmente não fizesse nada. Era difícil para ela não querer resolver todas as questões da vida de Catherine para ela, talvez esse fosse o seu maior defeito, ela queria resolver tudo mesmo sabendo que não precisava.

(...)

Enquanto andava descalça pelo jardim, Catherine estava perdida em seus próprios pensamentos, que divagavam entre como sua vida tinha mudado para melhor e o seu grande receio. Ela pensou que no momento em que se encontrou como o caos, não haveria mais nada que pudesse fazê-la se sentir ansiosa, mas com o passar do tempo o sentimento parecia não diminuir. As responsabilidades que ela tinha eram diferentes da maioria das pessoas, ela precisava estar em alerta na maior parte do tempo e era cansativo demais precisar viver daquela forma, no entanto, sua felicidade parecia estar sendo reestabelecida aos poucos e ela conseguiu compreender o motivo de Aurora querer tanto que ela voltasse, porque estar perto das pessoas que ela amava, estava curando suas feridas aos poucos. Ela adorava passar o seu tempo livre com Fred, tê-lo por perto parecia revigorante, como se fosse capaz de voltar aos velhos tempos.