Chapter 3

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Taylor Rodriguez

Abri os meus olhos devagar, recebendo toda aquela luz do sol entrando pela janela do meu quarto. Me fazendo perceber que esqueci de fechar as cortinas antes de dormir. Enquanto minhas pupilas se adaptavam com a luz do dia, estico o meu corpo esvaziando toda a preguiça e sono que habitavam em mim.

Meus olhos se abriram repentinamente quando escutei um som alto e agudo bem perto de mim, me dando um bom susto. Procurei de forma desesperada por algo que tenha ocasionado aquele som, porém não vi nada. 

Franzi meu cenho achando que já estava ficando maluca, mas quando coloquei as minhas mãos no rosto, tentando espantar o sono mais uma vez, percebi que algo pesava em meu pulso, um relógio que não estava ali antes. 

— O que? - Olhei para aquilo com os olhos cerrados, tentando entender como isso foi parar no meu pulso. 

O relógio era igual a qualquer outro, mas os ponteiros pareciam diferentes, eles não contavam as horas de forma normal, parecia alguma espécie de contagem regressiva para algo.

— Eu não vou explodir, né? - Me perguntei desconfiada, colocando o pulso longe do meu corpo. 

Ainda desacreditada, levando da cama, tentando manter o meu braço longe do corpo, apesar de ser impossível. Olho para os lados, procurando algo que me ajude a tirar isso, pois não era um relógio normal, que eu poderia tirar a qualquer momento. Isso parecia estar grudado em mim. 

De repente, ele vibra e uma voz robótica surge de dentro dele, por algum alto-falante. 

Dia 1, nenhuma morte. - Falou de forma alta e clara. 

— Tá... - Olhei de forma desconfiada. — Eu me sinto em algum tipo de jogo agora. 

Me permiti relaxar um pouco, pois percebi que aquilo não era nenhuma bomba, mas sim algo para registrar o meu progresso de forma automática. Como isso veio parar aqui, ainda continua sendo um mistério para mim, mas só por eu estar dentro de um filme já é estranho o suficiente por si só. 

O relógio indicava duas contagens, uma delas acabava ao anoitecer e a outra apenas contabilizava a hora atual. Me sento na cama e fico olhando para os ponteiros, tentando entender o que poderia acontecer quando a contagem acabasse, mas poucos minutos depois, meu estômago começa a roncar, lembrando-me que tenho que comer alguma coisa pela manhã. 

— Certo, tenho prioridades agora. - Me levantei da cama, aceitando o chamado do meu estômago para a cozinha. 

Mas antes de descer, eu tinha aproveitado para ir ao banheiro e tomar um banho, assim que molhei do meu rosto, o curativo improvisado que eu tinha feito, desgrudou da minha bochecha, deixando o corte aparente, mas não estava tão feio quanto parecia estar ontem, então não, como não tinha um novo curativo em casa, decidi não dar importância. 

{...}

Meu lanche tinha sido rápido, resolvi fazer um sanduíche bem recheado, já que essa era a refeição mais prática para um bom café da manhã. Enquanto dava um gole do meu café, decidi ligar a televisão da cozinha e ver o que estava passando, sendo tomada pela curiosidade em saber qual conteúdo passa nos canais de televisão deste universo. 

— Um ataque ocorreu durante a noite de ontem na cidade de Woodsboro. - A repórter falava de forma séria. 

— É claro que seria sobre isso. - Peguei novamente o controle para mudar de canal, mas paro assim que escuto o restante da mensagem. 

— A vítima está internada no hospital, mas o que mais chamou a atenção das autoridades foi a vítima estar o tempo todo alegando que havia mais uma garota na casa. - Falou a repórter. — A polícia alega não ter visto ninguém dentro da casa, mas as investigações continuam. 

Viagem Ao Terror Elevado - Sam CarpenterOnde histórias criam vida. Descubra agora