05. Hazza Quer Carinho

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Narração




Assim que entraram no quarto, Harry sentou na cama de seu dono e ronronou contente.

— Hazza prefere a cama de Louis. — Murmurou enquanto passava as mãos pelos cobertores.

— Mas e a sua cama? Minha mãe a escolheu especialmente para você, ela me disse que foi a melhor que achou, e a mais cara também. — Louis fez uma careta ao se lembrar do preço de uma cama de gato.

Harry analisou a pequena cama vermelha e empinou o nariz em atrevimento. — Pode ficar com ela.

— Você é um gatinho muito atrevido. — Louis sorriu e o puxou para seu colo, sem se importar com a nudez do garoto, apenas o vendo como um fofo gatinho um pouco humano.

— Hazza non consegue controlar. — Suspirou descontente e balançou a cabeça de forma exagerada. — Será que foi por isso que expulsaram com coisa de varrer? Por ser gatinho atrevido?

— Aposto que eles não te conheciam direito. Jamais fariam isso se soubessem o quão fofo você pode ser.

— Talvez... — Deu de ombros e suspirou.

— Isso é muito estranho. — Louis murmurou após um curto período de silêncio confortável entre eles.

— Estranho? — Harry inclinou a cabeça para o lado.

— Sim, antes estava eu e meu gato e agora, estou eu e um metade gato. — Franziu o cenho. — Ainda não acredito que não estou surtando com isso. Pelo contrário, estou com um híbrido no colo.

— Hazza é um gatinho, Louis. — Bufou irritado.

— Eu sei. — Riu e colocou o garoto na cama, cobrindo sua cintura com um travesseiro. — Como é ser um gato?

— Pergunta esquisita, acho que normal. Harry Styles sempre foi um gatinho. — Deu de ombros sem dar muita importância.

— E a sua mãe? — Louis perguntou com certa cautela.

— Hazza non sabe e non quer saber. — Negou veementemente com a cabeça. — Dói menos quando Hazza non pensa na mamãe.

— Então você está sozinho no mundo? — Louis o olhou com pena.

— Non, Louis está aqui. — Arregalou os olhos confuso e deu alguns tapinhas nos ombros do outro.

— Estou perguntando se você não tem uma família esperando por você.

— Tenho você, Lou. Você é dono de Hazza.

— S-Seu dono? — Gaguejou com a sentença inesperada.

— Sim, todos os gatinhos tem um dono. Hazza non tinha mas agora tem. — Sorriu grande, parecendo realmente satisfeito. — Vai expulsar Hazza?

— Já disse que não. Nunca faria isso com você. — Sorriu terno.

— Então Louis é dono de Hazza.

— Você pode virar um gatinho sempre que quer? — Louis decidiu ignorar a última coisa que Harry disse.

— Dói mas Hazza pode.

— Você pode falar enquanto está na forma de gato? — Louis estava tentando não assustar o híbrido com tantas perguntas, mas a curiosidade com certeza estava tomando conta dele.

— Sim. Non sai muito bem mas sim.

— Nialler vai pirar. Eu só fico imaginando ele sentado no chão e do nada um gato falando com ele. — Louis riu enquanto negava com a cabeça.

— Louis non pode contar para ninguém! — Harry arregalou os olhos e soltou um miado contrariado. — Se non vão matar o Hazza. Mamãe disse isso.

— Niall não vai te matar. Eu tenho certeza disso. Na verdade, você que vai matar ele de susto.

— Non estou falando do Niall. Estou falando dos outros. — Abanou as duas mãos em desespero.

— Mais ninguém sabe que você é um híbrido?

— Gatinho! — Chiou descontente e Louis se afastou com o susto.

— Okay, me desculpe. — Levantou as duas mãos.

— Antigos donos de Hazza sabem. Mas estão bem longe. — Bocejou alto e em seguida coçou os olhos.

— Vou guardar o seu segredo, gatinho. — Louis se aproximou do híbrido e o deixou um beijo na testa.

O híbrido o despertava um carinho pouco conhecido pelos humanos mas bem conhecido pelos gatos, e talvez esse fosse o motivo para se sentir tão confortável com Harry. O garoto despertava seu lado mais carinhoso.

— Hazza agradece. — Sorriu parecendo sonolento. — Hazza tem muito sono.

— Eu também estou com sono. Melhor descansarmos. Quem me dera ficar de papo a noite toda e dormir até mais tarde amanhã. — Desligou o abajur e deu a volta na cama. — Não quero ser morto pela minha mãe. — Se ajeitou na cama e puxou os cobertores.

— Ei, Louis! — Hazza cutucou a barriga do dono com o dedo.

— Sim?

— Hazza pode dormir aí?

— Na minha cama?

— Sim. — Sussurrou.

— Okay, você fica com este lado e eu fico com esse. — Louis acendeu a luz e indicou o lado que Harry dormiria.

Harry o ignorou completamente. Assumiu a forma felina e pulou em cima da barriga do dono.

Louis ficou encarando o híbrido por alguns segundos sem saber o quê fazer ou o quê falar.

— Carinho. — Harry bateu com a patinha na mão de Louis algumas vezes. — Hazza quer um pouco de carinho.

— Você é adorável. — Louis riu e começou a passar a mão por suas orelhas. — Boa noite, gatinho.

— Boa noite, grandão. — Louis riu mais uma vez com a fofura do híbrido.

...

Cute Kitten | Larry | Louis TopsOnde histórias criam vida. Descubra agora