★ ÚNICO.

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"Do you like the way the water tastes?
Like gunfire
you knew but it was never safe."

  O Metal alternativo tocava em seu fone no último volume, praticamente. Estava com sua seguinte roupa: jaqueta longa no tom de um roxo escuro com pequenas listras mais claras, bermuda preta e seu clássico coturno da mesma cor que sua bermuda. Scott andava em direção ao local que, em conversas anteriores, marcaram de se encontrar: na casa de Febatista. Ambos tiveram uma pequena discussão e, então, decidiram se resolver de forma pacífica, apenas conversando. Scott estava feliz com isso, veria o rosto de seu amado mais uma vez, mesmo que os dois garotos estivessem chateados. Uma leve chuva começou a cair, estressando o garoto dos cabelos vermelhos.

→ Ponto de vista: Scottonauta. ←

  Depois de um longo tempo correndo pelas ruas, tentando não me molhar, cheguei em seu prédio. Toquei seu interfone, abri a porta e subi as escadas, me dirigindo até o apartamento do mesmo. Sentia pequenas gotas de chuva rolando sobre meu rosto. Praticamente, me arrumei apenas para pegar chuva. Me arrumei para aparecer em sua porta, acabado, bagunçado, com os cabelos molhados e cansaço. Tomando coragem, respiro fundo e toco sua campainha, sentindo meu coração quase pular para fora, sentindo a respiração ficar acelerada, sentindo medo. Medo do que poderia acontecer. Não sabia o que sentir, de fato.
  A porta se abriu gentilmente.

— Ah, oi. — O loiro disse, sorrindo levemente ao ver meu estado.
— Ainda sou bem vindo? — Me sentia sem graça. Não queria aparecer assim, com a roupa molhada, os cabelos bagunçados.

  E assim ele fez, abrindo um pouco mais a porta e me dando espaço para entrar. Retirei meus sapatos e coloquei na porta, e logo depois pendurando minha jaqueta úmida. Me sentei no sofá meio envergonhado, me desculpando várias vezes e me embolando na explicação. Eu óbviamente não servia para explicar as coisas.

— Você veio na chuva? Por quê? — Febatista se sentou ao meu lado, sorrindo como um anjo, praticamente esquecendo que havíamos "brigado".
— Não sabia que iria chover. Me molhei no meio do caminho. — Brincava com o próprio cabelo, finalmente conseguindo respirar e descansar.
— Tome cuidado da próxima vez, senão ficará doente!

  Me sentia carente perto dele. Apenas querendo um aconchego, deitei minha cabeça em seu colo, esquecendo tudo o que havia acontecido. Queria me jogar em seus braços, pois ali me sentia livre, me sentia em casa. Eu me sentia inteiro e completo de paz em seus braços. Cada segundo, reparava em seus detalhes e, Deus, como ele era lindo. Sentia que surtaria vendo seus detalhes, vendo o quão bonito seu rosto era, o quão delicado conseguia ser. Apenas queria beijá-lo até não sobrar mais ar. O amava com todas as minhas forças. Sua beleza me maltratava.

— Você me perdoa, anjo? — Eu disse em um tom baixo e calmo, levantando minha mão para acariciar o rosto de Febatista.
— É claro que sim. Eu até me esqueci da nossa briga!

  Um sorriso surgiu em meu rosto. Me levantei de seu colo e o abracei, abracei forte o suficiente para ele reclamar. Para mim, não havia outra forma de demonstrar o quanto ele era extremamente especial. Era meu amor, meu anjo, meu sonho. Se um dia eu sonhar com ele, desejo não acordar.

→ Ponto de vista: Febatista. ←

  Não havia mais preocupações. Eu queria casar com ele. Eu quero. O garoto dos cabelos avermelhados distribuia beijos em meu rosto, rindo baixinho e se divertindo sozinho. Ninguém sabe o quão grande é meu amor por Scott. Ninguém teria noção do quão gentil uma pessoa pode ser. Eu finalmente tinha o amor da minha vida em meus braços. Eu poderia passar dias, horas, meses, apenas recebendo seus beijos. Sua companhia era uma terapia.

O amo até não conseguir mais.

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(639 palavras.)
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