Uma minuciosa bolinha amarelada, aquela cor do tipo uma bolha de pus, encarnava-se em um lugar bem escondido no músculo cardíaco, aquele que bem tememos, pois é dele que dependemos e justo nele aquela coisa asquerosa florescia feito uma erva daninha, ampliava-se como um balão, formava uma esfera densa de alguma coisa, algo grande, revirava-se ali dentro como uma serpente em uma caixa apertada. Mas é nojento, com milhares de pequenos pézinhos tão minúsculos quanto o de uma formiga, seu tronco parecia gorduroso, emlamasado de algo nojento, sua estrutura sendo cheias de gominhas nojentas e pegajosa.
A bolinha de pus, já não era tão minuciosa, e explodiu, com o nascimento de um ser ordinário, asqueroso que serpenteava pelo músculo cardíaco, parava em alguns cantos estratégicos e despejava ali sua semente infernal.
E a dor...a dor de sentir aquele verme nauseante rastejando por cada carne e ossos envoltos de músculos e demais tecidos, levando consigo sua criação repugnante, assim evoluindo mais e mais, ampliando-se e espalhando-se em bandos de vermes gordos e nojentos.
Rastejavam no estomago e aquele pedaço de carne tencionava e uma dor dilatava de forma brutalmente assassina. Só nunca entendi por que tremia, como se ouvesse um terremoto por trás da barriga.
E quando rastejavam no peito? Um bando no pulmão invadindo-o e o outro bando devorando lentamente o coração. Ah mas a dor pulsava, a carne tencionava e era como se fosse eclodir por dentro.
Engraçado...a renca de vermes nunca rastejavam-se à cabeça, poderiam chegar a garganta e enrolar-se na língua, mas dali não passavam...não chegavam ao cérebro, não vinham de lá e mau sequer sabiam de lá.
Que ser tão emocional este verme maldito....ódio.
O que o coração sente e a carne se deteriora.
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Nocturnal Me
Non-FictionDo noturno eu, que bem sei que também és tu. Apenas mergulhe nesse mar de letras afiadas feito navalhas e encare o abismo nos olhos. Isso não é uma ficção, é a porra do demônio que te doma, aquele que reside em seu âmago e te sufoca e te mata tanto...