época do desaparecimento de Evandro, com um corpo de criança sendo encontrado uma semana depois, dois aspectos chamaram a atenção da opinião especializada: a rápida investigação, sem o devido zelo pericial (a falta de cadeia de Custódia) , com imediato indiciamento dos envolvidos; e o fato dos investigadores e da imprensa terem relacionado a morte de uma criança com a umbanda , atrelando-a a suposto ritual de magia negra
Lembrando que nenhuma religião é ruim as pessoa que são
Defesa e Promotoria travaram longos embates sobre as confissões dos acusados, mas nos anos 1990 a tese de tortura foi derrubada por exames de corpo de delito feito e declarações das rés. No entanto, as torturas ficaram claras no podcast do jornalista Ivan Mizanzuk, que teve acesso a uma versão não editada da fita que contém a gravação da confissão dos acusados. As informações foram divulgadas no episódio 25 da terceira temporada do podcast projeto humano e o áudio da fita foi disponibilizado para download na enciclopédia digital do podcast.
Também foram levantadas, diversas vezes, suspeitas de que o corpo enterrado no Cemitério Central de Guaratuba não seria o do menino Evandro Ramos Caetano e, segundo o zelador do cemitério de Guaratuba, Luiz Ferreira, o corpo não está enterrado no local qual o MP diz estar. No julgamento de 1998 as rés do caso chegaram a ser inocentadas porque o júri entendeu que não estava comprovado que o corpo era de Evandro. Três exames de DNA haviam sido feitos, sendo que os resultados dos dois primeiros haviam sido "inconclusivos". Porém, Ivan Mizanzuk afirmou que no laudo 2 já fica claro que os restos mortais pertenciam a Evandro, o que foi novamente confirmado no laudo 3.
Também houve rumores de que o corpo havia sido colocado no caixão ainda na cena do crime, sem passar pela devida perícia, e logo em seguida enterrado, no entanto o pai do menino reconheceu objetos que estavam na cena e reconheceu a criança por meio de uma pequena marca de nascença nas costas. A dentista do menino também reconheceu o corpo através do exame da arcada dentária, já que ela havia feito, pouco antes de sua morte, um procedimento "diferente" nos dentes de Evandro.
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o caso Evandro
No FicciónSe você era criança no Paraná em 1992, você tinha medo das "Bruxas de Guaratuba" No dia 06 de Abril de 1992, na cidade de Guaratuba, no litoral do Paraná, o menino Evandro Ramos Caetano, de apenas 6 anos de idade, desapareceu. Poucos dias depois, se...