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Neto, 28 anos.

Apoio o copo de whisky sobre a mesa de plástico que tá no meio do quintal da casa do Barbosinha, aqui tem uma pá de gente comemorando os 27 anos desse monstro

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Apoio o copo de whisky sobre a mesa de plástico que tá no meio do quintal da casa do Barbosinha, aqui tem uma pá de gente comemorando os 27 anos desse monstro.

Tiro as correntes de dentro da camisa observando a branquinha de porte pequeno que tá do outro lado perto de uma ruiva do lado da churrasqueira, as coxas grossas e a bunda grande dentro uma saia jeans chama a atenção de qualquer vagabundo aqui.

Gusta: Tá gostoso hoje, papai. —  Ouço a voz do Gustavo e viro pra trás tocando na sua mão que o mesmo estendeu na minha direção. — CDD tá pocando hein, comemoração pra todo lado.

Eu: Amanhã tem baile, povo tá adiantando o bagulho. — Falo alto o suficiente pra ele ouvir e pego meu copo levando até a boca saboreando o whisky.

Ouço o funk alto ecoar pelo local e passo a mão no cavanhaque olhando na direção da branquinha que balança o corpo junto com a amiga seguindo o ritmo da música, se essa mulher não sair daqui comigo hoje eu não sou o Neto, papo reto.

Gusta: De olho na filha da Viviane pô, que isso. — Tiro o olhar das duas e olho pro Gusta.

Eu: Quem é Viviane, porra? — Pergunto sem interesse nenhum em saber quem é a mãe da mina, quero é ela pô, que se foda a mãe dela.

Gusta: Aquela doida do beco 17. — Não faço nem questão de fazer esforço pra saber quem é.

Coloco o resto do whisky no meu copo e solto uma risadinha curta vendo o Barbosinha puxar um trenzinho dançando com a Glock amostra na cintura.

Levanto da cadeira de plástico e ajeito minha bermuda preta no corpo, com o copo de whisky na mão sigo em direção a menina que tá chamando minha atenção desde da hora que chegou aqui.

Ela balança a bunda na direção da amiga que solta uma gargalhada falando algo em seu ouvido, observo a branquinha jogar o cabelo preto pro lado e olhar na minha direção sustentando o olhar olho a olho.

Balanço o pulso esquerdo ajeitando o Rolex de ouro que se destaca sobre a minha pele e combina com as quatro dedeiras que eu tenho nas mãos.

Eu: Eai pô. — Falo assim que fico perto o suficiente e posso sentir o seu cheiro doce penetrar em meu nariz, sua amiga que estava ao seu lado dá um passo para atrás com uma taça na mão.

— Oi, fiz algo? — Fala com a voz mansa e eu nego com a cabeça passando a língua sobre os lábios, a mesma balança os ombros e leva a taça de gin até a boca vermelhinha, meus pensamentos não me ajuda e ela toda gostosinha assim também não me ajuda, o biquíni na parte de cima tampando os peitos e marcando o piercing que provavelmente ela tem nos dois seios.

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