Bônus

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-- oi boa noite, Gre -- ele disse beijando na minha bochecha e dando espaço para que eu pudesse entrar na sua casa

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-- oi boa noite, Gre -- ele disse beijando na minha bochecha e dando espaço para que eu pudesse entrar na sua casa

-- boa noite -- digo tentando disfarçar o meu nervosismo

-- você está linda -- abro um sorriso tímida

-- obrigada.

-- vem -- ele pega na minha mão e me conduz até o sofá da sua casa.

No centro tinha uma mesinha de madeira com um vinho e duas taças. Observo sua casa que parecia ser bem grande e com cores pretas e brancas, bastante industrial.

-- sua casa é muito bonita

-- obrigada, quer vinho? -- ele questionou pegando a garrafa

Ele parecia nervoso e por isso não conseguia abrir de jeito nenhum, a garrafa quase caí no chão mas sou mais rápida e a pego. Prendo o riso vendo que ele ficou ainda mais nervoso

-- você me parece nervoso -- digo me segurando ao máximo para não soltar uma risada

Ele coça a nuca envergonhado

-- desculpa, eu acho que tô um pouco mesmo.

Engulo em seco com a sua fala e encaro bem os seus olhos que pareciam querer fugir dali de tanta ansiedade

-- não se preocupa, eu também tô -- revelo colocando minha mão em cima da sua acariciando.

Meu Deus, como eu conseguir fazer isso?

-- é...-- ele coça a garganta nervoso tentando puxar assunto

-- então, porque escolheu o Atlético Mineiro para jogar? Soube que o Flamengo te mandou propostas -- questiono tentando deixar ele mais relaxado.

Ele coloca vinho na sua e na minha taça e depois põe a garrafa em cima da mesinha

-- como você sabe eu já joguei no palmeiras e a torcida é muito rival da do Flamengo, eu pensei muito nisso sabe? Não queria que ficasse um clima chato com os torcedores que tem tanto carinho por mim mas também fiquei com receio quanto a minha titularidade, eles tem o Arrasca, Gerson e agora De la Cruz.

-- entendo mas acho que você jogaria muito bem no Flamengo e quanto a titularidade acho que é algo que com talento se alcança, você mostra para que está ali e será titular

-- preferir não arriscar mas eu também gosto do Atlético, é um ótimo time

-- realmente mas prefiro o meu Flamengo -- digo divertida e ele concorda me observando -- que foi? Tem alguma coisa errada no meu rosto?

-- não -- ele negou rapidamente -- só estou admirando a sua beleza mesmo

Fico envergonhada e por isso viro um pouco do vinho na boca desviando o meu olhar para qualquer canto da casa

-- mas você vai ficar aqui no Rio por quanto tempo?

-- uma semana

-- uma? Meu Deus! É muito pouco.

-- sim, meio que foi só uma visita pela a cidade mesmo -- ele disse passando o dedo ao redor da taça -- segunda feira já tenho que estar em Minas Gerais

-- certeza que você vai brilhar lá mas venha devagar contra o meu Flamengo -- ele da risada negando

-- mas tem um lado ruim nisso

-- qual?

-- não vou puder te vê sempre que quiser -- engulo em seco nervosa

-- mas pelo menos agora você tá mais perto

-- isso é verdade -- disse passando a mão na barba -- posso colocar um filme para gente assistir?

-- sim.

Ele seleciona um de comédia romântica - juntos pelo o acaso. O filme era bem leve e com muita confusão do casal que nos fazia gargalhar. Gustavo se levantou para fazer pipoca e rapidamente voltou colocando a vasilha no meio de nós dois

-- eu tô adorando esse filme

-- eu também

Uma cena de sexo começa a aparecer na televisão e me sinto igual uma adolescente de treze anos sem saber como agir perto de um garoto sentindo o meu rosto travar

-- vou tomar uma água -- me levanto nervosa entrando no primeiro corredor que vejo

-- Greice, a cozinha fica do outro lado -- ele disse alto e me viro para o lugar certo

Pego um copo limpo que estava em cima da mesa e vou em direção ao filtro escolhendo uma água gelada

-- o que tá acontecendo comigo meu Deus? Por que estou tão nervosa? -- me auto questionei sozinha

Bebo uns três copos cheios tentando evitar ao máximo voltar para a sala e vê aquela cena do filme ao lado dele

Deixo o copo na mesa e fico pensativa encarando um canto qualquer da cozinha tentando esperar um tempo suficiente para que a cena parasse de passar no filme

-- tá tudo bem, Gre? -- ouço a sua voz atrás de mim e respiro fundo me virando para encara- ló

-- ah tá sim, porque?

-- você parece nervosa

-- eu não tô nervosa.

-- mas está parecendo desde o momento em que começou a passar a cena de sexo no filme

Deus, eu quero morrer agora.

-- n..não -- gaguejo e sinto vontade de me bater por dentro

-- certeza? -- ele perguntou aproximado mais seu corpo do meu, sua respiração bate com a minha e pude sentir o seu hálito quente. Seus olhos parecem grudados na minha boca o que me deixava ainda mais ansiosa

--s..sim

-- você tá nervosa agora mesmo -- ele disse sorrindo de lado aproximando ainda mais o seu rosto do meu sem deixar de encarar a minha boca -- Greice

-- hum?

-- eu posso te beijar?

Meu Deus.

Socorro

Meu coração bate descompassadamente dentro do peito e minha respiração começa a ficar pesada

-- pode.

Dito isso, Gustavo Scarpa sela nossos lábios e pede passagem com a língua, seu gosto de baunilha deixava tudo ainda mais delicioso do que eu havia imaginado. Suas mãos envolvem a minha cintura enquanto intensifico ainda mais o beijo.

-- você não sabe o quanto eu quis isso -- ele murmurou baixo

você não sabe o quanto que eu quis isso,
Gustavo.

FRONTEIRA - Gerson Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora