【🐍】despertar o passado

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ENQUANTO ME TROCAVA, a ressonância da conversa com Snape ecoava em minha mente

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ENQUANTO ME TROCAVA, a ressonância da conversa com Snape ecoava em minha mente. Conduzida por ele até a sala comunal da Sonserina, recebi minha vestimenta e, posteriormente, fui encaminhada ao meu quarto. Ao lado, uma cama aguardava a presença de uma desconhecida, lançando um véu de mistério sobre minha nova realidade em Hogwarts.

Após vestir meu pijama, aguardei com expectativa a chegada da colega designada por Snape para trazer meu uniforme da Sonserina. Deitada na cama, meu olhar encontrou o teto, perdida em reflexões intensas sobre as palavras de Snape.

A revelação sobre meu pai, um ser tido como monstruoso, assumia novas nuances. Ele não sentira pena, mas uma emoção mais profunda, algo inesperado. Essa revelação redefinia minha percepção dele. Embora eu repudiasse seus atos, o fato de ele ter sentido alguma forma de emoção ao me acolher desafiava as lógicas conhecidas.

Intrigada, meu pensamento se fixou na pergunta persistente: por que ele me escolheu, uma filha das vítimas de seus próprios atos cruéis? A ausência de semelhanças entre nós agravava ainda mais esse mistério.

O silêncio do quarto foi interrompido apenas por meus pensamentos tumultuados. Uma dualidade de sentimentos envolvia meu entendimento do passado, enquanto a espera pela colega se prolongava.

O som de três batidas ressoou na porta, rompendo o silêncio do quarto.

Com um misto de ansiedade e curiosidade, ergui-me e caminhei até a porta, ansiando por descobrir a identidade da minha colega de quarto. Ao abri-la, fui recebida por uma surpresa inesperada: Draco Malfoy.

─ O que você está fazendo aqui, Draco? ─ questionei, mantendo a porta entreaberta com uma mão, enquanto a outra repousava na cintura.

Ele explicou que estava encarregado de entregar minha roupa, mas isso contradizia as informações de Snape, que afirmara que minha colega de quarto faria a entrega.

─ Ah, obrigada. ─ A expressão franzida denunciava minha perplexidade diante da situação.

Draco, percebendo minha confusão, apressou-se em esclarecer.

─ Não, se é isso que você está pensando. ─ Um alívio sutil atravessou meu corpo. Não conseguiria dormir confortavelmente dividindo o quarto com um garoto. ─ Não sou seu colega de quarto, Thalia, lindo nome aliás.

Agradeci e tentei fechar a porta, mas ele a segurou com firmeza.

─ Calma, docinho. ─ Seu sorriso lateral trouxe uma certa intensidade ao momento. ─ Sua colega de quarto é a Pansy, ela está terminando de comer lá embaixo, por isso pedi para trazer sua roupa.

Concordei com um "legal" antes de finalmente fechar a porta. Draco, despedindo-se com um "dorme bem, Potter" e uma risada misteriosa, partiu.

Ainda não pronta para dormir, decidi vestir meu uniforme e explorar a escola. Após uma busca persistente, finalmente encontrei o que procurava: a biblioteca de Hogwarts.

Adentrando aquela imponente biblioteca, me vi diante de um cenário tão vasto e repleto de livros que jamais imaginara. Dois andares inteiramente dedicados a inúmeras obras de diferentes cores, gêneros e formas, uma biblioteca que transcendia a imaginação. Livros de todos os tamanhos, formatos, redondos, quadrados, uma variedade que poderia rivalizar com a mente criativa de um autor excepcional. Se não estivessem todos os livros do mundo ali, eu certamente era o Albert Einstein.

Ao me aproximar da bibliotecária, indaguei sobre materiais relacionados à Sonserina. Com um gesto preciso, ela apontou para uma seção verdejante e afirmou que ali encontraria uma riqueza de informações sobre a história da casa. Impulsionado pelo desejo de desvendar os mistérios da Sonserina e compreender seus antigos ocupantes, dirigi-me às prateleiras.

Entre os muitos títulos, um livro em especial capturou minha atenção. Seu nome, em tons de prata esverdeado, anunciava: "Salazar Slytherin - sua verdadeira história."

À medida que folheava suas páginas, descobri que Salazar Slytherin foi um dos fundadores de Hogwarts, ao lado de Godric Gryffindor, Rowena Ravenclaw e Helga Hufflepuff. Um déjà vu passageiro me atravessou, mas decidi deixar essa sensação de lado. Ao solicitar o empréstimo, a bibliotecária, ao perguntar meu nome, franziu o cenho intrigada.

De volta ao quarto, me deparei com Pansy adormecida em sua cama. Resolvi não perturbá-la e encontrei um bilhete sobre a minha cama. Uma mensagem delicada em uma letra digna de um prêmio, pedia desculpas por não me receber e apresentava-se como Pansy, minha colega de quarto, prometendo um encontro e apresentação melhor no dia seguinte.

Após trocar minha vestimenta pelos aconchegantes trajes do pijama, mergulhei nas páginas da vida de Salazar Slytherin. Descobri suas convicções sobre 'sangue ruim' e sua saída de Hogwarts. A cada página que eu lia mais vontade de ler aparecia em mim, a interessante história do homem fundador da Sonserina, narrativa me envolveu bastante, mas a exaustão tomou conta de mim.

Deixei o livro de lado, me acomodei na cama me virando para a parede, enquanto a primeira noite em Hogwarts se acabava, percebi que nada havia sido como eu imaginara, mas, de alguma forma, era exatamente do que eu precisava.

 Deixei o livro de lado, me acomodei na cama me virando para a parede, enquanto a primeira noite em Hogwarts se acabava, percebi que nada havia sido como eu imaginara, mas, de alguma forma, era exatamente do que eu precisava

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⌁ 𝗗𝗘𝗦𝗧𝗜𝗡𝗢𝗦 𝗘𝗡𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖̧𝗔𝗗𝗢𝗦; 𝗱𝗿𝗮𝗰𝗼 𝗺𝗮𝗹𝗳𝗼𝘆 Onde histórias criam vida. Descubra agora