Parte 4

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Acordei daquilo que não sabia se era real ou era um sonho na verdade um pesadelo.

Meu corpo estava pior do que quando foi dormir. O despertador marcava 6:00h da manhã, meus olhos estavam inchados mau conseguia abri-los. Levantei arrastando, fiz minhas higienes de sempre, me arrumei e fui para cozinha tomar uma xícara de café e sair para o trabalho, essa seria minha distração trabalhar.

Quando sair do trabalho fui direto conversar com o Jayme, ele estava com uns amigos na porta de sua casa.
Fui logo me aproximando sem dar espaço para ele fugir de mim.

- Jay posso conversar com você?

Ele ainda de costa me olha por cima dos ombros.

- Não temos nada que conversar.

Os meninos logo se tocam que o papo era sério e saíram, agente tinha amizade com todo mundo do nosso bairro eu meio que era popular. Na verdade fazia amizade fácil, desde criança a velhos.

- Jayme por favor deixa eu te explicar!

- Você não tem nada para me explicar Maria Ilza Rodrigues.

Ele olhou sério para mim, não aguentei e desabei chorando.

- Você estava certo em relação a minha virgindade, não sou mesmo.

Ele agora me encara curioso e assustado.

- Você tem corag... o interrompi e continuei.

- Jay você não sabe o que ouve comigo, você não me deu oportunidade de explicar, duvidou do meu amor, mas não te culpo em seu lugar agiria da mesma forma.- Continuo chorando. - Não me abandone por favor, não agora.

Ele segurou em meu braços e me fez encara-lo.

- Então me explica tudo agora e tente me convencer de sua verdade.

Não conseguir continuar olhando para ele, era muito vergonhoso, eu sentia repulsa, nojo de mim mesma. Olhei para o chão e prosseguir.

- Quando tinha 7 anos fui abusada, sempre quando lembro de tudo entro em desespero, nunca quis namorar com ninguém porque tinha meido de sofrer esses abusos de novo, depois disso o único homem que eu tive confiança foi em você, porque eu te amo.

- Ilza porquê não falou nada sobre isso comigo? Eu estou com você.

Ele me abraçou forte, Jayme conhecia meu caráter, só não estava entendendo porque de não ser mas virgem e também não me perguntou quem foi o medíocre. Fizemos as pazes e naquela noite ele iria pedir meu pais para namorar comigo.

Jayme

Fiquei atordoado com tudo que a Ilza me contou marcamos de imediato de ir a casa de seus pais, ela foi na frente enquanto eu tomava um banho.

Chegando lá na casa dela, me mandaram entrar é ir para a sala de jantar.

Fiquei sem fôlego quando entrei, tinha uma mesa de doze cadeiras, o pai dela Giorgio estava sentado na ponta da mesa representando ser o chefe da casa, seus setes irmãos estavam sentados ao redor, do lado direto estavam o Théo, Júlio, Hilbert e o  Tulio , já do lado esquerdo estava dona Adalia a mãe de Ilza, Marcelo, Valdir e Cristovam. E eu tive que me assentar na outra ponta da mesa com todos me encarando.

Comecei a tremer, estava pensando que Ilza estaria lá, talvez ficaria mais tranquilo, mas  ela não estava. Aí começou todo um interrogatório desde quando a conhecia até este exato momento e o velho sentenciou.

- Não estou criando filha para vim um moleque qualquer pedir para namorar.  Filha minha não namora ela casa.- Fulminou me com aqueles olhos. Na verdade ele colocou um facão sobre a mesa, morri e ressuscitei na hora. - E aí o que você querer de sua vida?

Minha vontade era de sair dali correndo, onde fui me meter, com a família de Lampião.

- É eu quero. -Minha voz saiu como um miado.

- É? Não entendi você quer o quê?

- Pai isso aí não é nem um moleque, está mais para uma gatinha. - Disse o Théo e todos caíram na gargalhada.

- Sai daqui e só volte quando virar homem, gatinha. - Disse Giorgio com desdém.

Me expulsaram como um cachorro, dei a volta na casa e entrei no quarto de Ilza pela janela.

- Por quê você me deixou sozinho com aqueles abutres?

- Jay? - Ela se assustou e me abraçou. - Estava preocupada com você, não podia fui obrigada a me trancar no quarto, e aí?

- Eles quase me comeram vivo e não permitiram agente namorar, mas já decidi vamos continuar namorando escondido.

- E minha gravidez? Não da mas para esconder.

- Calma um passo após o outro vou dar um jeito nisso.

A beijei e fui embora por a cabeça no lugar.

- É tô ferrado.

Ilza

Passaram alguns dias e chegou o dia de irmos para a fazenda, eu amava aquele lugar, nasci e fui criada ali. Conhecia cada canto,  era tão lindo.
Meus pais tinha criadouros de peixes, criavam gados, ovelhas, cabras, bodes, porcos, galinhas, patos, cavalos, fora a plantação de café que era enorme, tinha pomar com todos os tipos de frutas e a lavoura que mantinha a barraca de verdura na feira da cidade.

A casa da fazenda era gigante cada um dos nove filhos tinham seus quartos com banheiros, fora os de hóspedes e o dos empregados. Os móveis eram antigos e rústicos, eu amava aquele lugar mesmo velho com cara dos anos 70.

Há e tinha o escritório do meu pai com quadros antigos dos seus pais, tudo aquilo era voltar no tempo.

Ficamos lá por uma semana, passei esse tempo cavalgando, passeando no Jardim e tomando banho no rio e vez ou outra ajudando minha mãe na cozinha ela amava cuidar da nossa alimentação e um dia antes de voltarmos para a cidade estava com ela cortando os pães para servir o café da tarde ela segurou no meus ombros e me encarou.

- Ilza vou te perguntar só uma vez e não vou tolerar mentiras.- Eu já sabia, estava demorando. - Você está grávida não é?

Me ferrei, chamem a policia por que o massacre vai começar.

Um eu antes de mim.[Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora