único.

1.9K 192 13
                                    

A música foi interrompida pela vigésima vez naquela sala. Os alunos suspiraram em frustração, mas o professor se encontrava mais frustrado ainda.

— Sério, gente, esse passo é tão simples! Como vocês estão errando algo assim tão perto do dia da apresentação?! — a voz de Lee Minho ecoou por todo o ambiente, que agora se encontrava silencioso.

Os alunos mantinham suas cabeças baixas, não ousando sequer respirar mais alto do que o comum, para não irritar mais ainda o professor de dança.

Lee Minho tinha vinte e cinco anos, era formado pela melhor faculdade de dança do país desde os dezoito. Abriu sua própria academia aos vinte e, desde então, vinha treinando alunos que tinham o sonho de viver do mesmo que si. Suas turmas eram enormes e muito disputadas; apenas os melhores permaneciam.

— Certo, vamos mais uma vez e já libero vocês. — o mais velho se deu por vencido, já estavam treinando há três horas, sabia que seus alunos estavam cansados. Pegaria mais firme com eles no dia seguinte.

O remix de músicas começou a soar novamente pela sala. Minho acompanhava seus alunos na coreografia quase pronta, ficando extremamente atento a qualquer erro ou deslize. Conseguiu notar que um de seus alunos estava tendo dificuldade com um passo específico, mas resolveu não interromper daquela vez.

Quando a música parou, os alunos puderam finalmente descansar seus corpos. Alguns se jogaram no chão e outros foram rapidamente arrumar suas coisas para ir embora.

— Tudo bem, pessoal. — Minho bateu algumas palmas para chamar a atenção. — Amanhã vamos finalizar a coreografia, então é de bom tom que ninguém falte, correto? Também vamos corrigir todos os erros de vocês e aperfeiçoar essa dança o máximo possível. Estão liberados.

Aos poucos a turma foi se dissipando em meio aos suspiros cansados e as respirações ofegantes. Minho arrumava sua mochila, pronto para fechar o local e ir pra casa, quando viu que sobrara apenas um aluno na sala. Era Han Jisung, o mesmo garoto que notou ter certa dificuldade em um passo da coreografia anteriormente.

O garoto amarrava seus tênis com a feição cabisbaixa. Han Jisung era o melhor aluno daquela turma, Minho não podia negar aquilo. Sua técnica e maestria eram inacreditáveis. Minho via um talento maravilhoso no mais novo, o que acabou aproximando os dois conforme o tempo foi se passando desde que Jisung entrou na academia. Podia-se dizer que os dois eram bons amigos.

— Ei, Jisung. — Minho o chamou, se aproximando. — Não precisa se cobrar tanto, sabe? — sorriu pequeno.

O mais novo olhou para o professor. Se levantou do chão, mas não disse nada; estava envergonhado.

— Vi que você está com dificuldade pra fazer o 'toprock, mas não se preocupe, hm? — o professor continuou. — Eu sempre te digo que você é o melhor aluno da sua turma, e isso não é mentira. Na verdade, você é um dos melhores da academia! Mas isso não te faz perfeito também, então eu estou aqui pra te ajudar e orientar no que for preciso.

O mais novo suspirou, passando a mão pelos cabelos.

— Eu não sei o que está dando errado, Lino.

O maior sorriu com o apelido e caminhou até a caixa de som no canto da sala.

— Se importa em ficar mais um pouco? Vou te ajudar com isso. — o encarou por poucos segundos. — Te levo pra casa depois.

O garoto anuiu e se juntou com o professor no meio da sala.

Meia hora se passou. Han se descabelava a cada nova tentativa de acertar aquele passo, sendo em vão. Ao contrário do de costume, Minho não chamou sua atenção e não se demonstrou frustrado em nenhum momento, sendo completamente paciente e atencioso com o menor.

— Você está quase lá, Sunggie!

Jisung bufou e se sentou no chão, fazendo um bico enorme. Nem parecia que tinha vinte anos nas costas.

— Isso não vai dar certo, Minho! Eu sou um fracasso... — tornou a ficar cabisbaixo, o que chamou a atenção do professor, que logo se sentou ao seu lado no chão frio.

— Eu entendo se quiser encerrar por hoje, mas não vou te deixar desistir, entendeu? — foi firme em suas palavras, quase como se estivesse selando uma promessa. — Você ainda vai trabalhar nessa academia, Jisung, escreve o que eu estou te dizendo.

Os olhinhos do mais novo brilharam com as palavras do maior. Jisung, que desde criança sonhava em viver pela dança, enxergava Minho como a sua maior inspiração, seu maior ídolo. Aquele cara com quem estava conversando, com quem tinha o privilégio de passar momentos a sós, era responsável por coreografar os maiores artistas do país, senão do mundo. E ele estava ali, acreditando em seu potencial e dizendo que um dia trabalharia com ele.

— Espero que não esteja dizendo isso só pra que eu me sinta melhor. — virou o rosto, tentando esconder o sorriso que dançava em seus lábios e as bochechas rubras.

— Você sabe que não, Sunggie. Eu te treino há mais de um ano, sei muito bem do que você é capaz. Inclusive, isso me fez lembrar de que seu aniversário de vinte e um anos está chegando, meu Deus, eu estou me sentindo muito velho! — colocou a mão direita no peito, se esforçando no drama. Jisung gargalhou.

Ficaram em um silêncio confortável durante alguns minutos. Minho percebeu que logo seriam dez da noite, não deixaria Jisung voltar sozinho para casa a essa hora.

— Quer comer algo antes de irmos embora? — propôs e Jisung sentiu suas bochechas esquentarem mais uma vez naquela noite.

Aquelas propostas eram mais comuns do que vocês possam imaginar. Jisung era o aluno mais próximo de Minho; já era de costume diário ver os dois fazendo alguma refeição juntos ou conversando durante os intervalos das aulas de prática. Nenhum outro aluno tinha esse privilégio. Muitos até mesmo acreditavam que Han era o protegido do professor. Minho já havia escutado aqueles boatos; não negava que tinha uma preferência por Jisung, mas sequer ousava trata-lo com privilégio durante as aulas, ele sabia separar muito bem as coisas e nunca faria aquilo como profissional.

— Não precisa, Hyung, não quero te incomodar. Você já vai me levar para casa...

— Desde quando você recusa um lámen?! Que bicho te mordeu, Han Jisung?

Começaram uma briguinha infantil, ali mesmo no chão da sala de prática vazia. Minho iniciou um ataque de cócegas e Jisung tentava se desvencilhar miseravelmente, implorando por misericórdia. Só foram parar quando o Lee se desequilibrou e caiu por cima do corpinho pequeno, batendo testa com testa.

Reclamaram de dor e se encararam por alguns segundos, rindo em seguida. O riso foi se afrouxando aos poucos, ficando apenas os olhares curiosos um do outro em seus rostos próximos demais. Jisung sentia seu coração batendo forte, como se fosse sair do peito.

— Eu... — foi Minho quem quebrou o silêncio. — Eu posso te beijar? — sussurrou, sem saber exatamente o por quê havia pedido aquilo.

Jisung, sem conseguir processar direito aquelas palavras, assentiu rapidamente com a cabeça. Viu o maior, que estava apoiado em suas mãos postas uma em cada lado de seu rosto, ir se aproximando devagar. Quando as pontinhas de seus narizes se tocaram, Han fechou os olhos, tendo os lábios grossinhos e entreabertos de Minho, com aqueles dentinhos de coelho, como sua última visão.

Minho juntou as bocas em um selar leve, que aos poucos foi se tornando vários selinhos. Logo os selinhos se tornaram um beijo gostoso e cheio de desejo. O Lee continuou apoiando seu corpo nas palmas das mãos, mas Jisung não se conteve; com uma mão segurou a barra da camiseta de Minho, apertando-a levemente entre os dedinhos, enquanto a outra mão foi até os cabelos macios do mais velho. Deus do céu, Minho beijava muito bem. Tão bem que ele já sentia seu corpo quente.

O beijo foi se tornando cada vez mais selvagem conforme os toques de Jisung ficavam mais necessitados. A gota d'água foi quando Minho o sentiu se esfregar em sua perna. Se forçou a parar o ósculo e encarou o menor, que parecia acabado demais depois de um simples beijo.

— M-me desc-

— Posso? — Minho pediu permissão após levar uma das mãos até o cós da calça de moletom que o menor usava.

Jisung se sentiu excitado pra caralho.

— Pode.

Minho, com os olhos cheios de luxúria, retirou a peça cuidadosamente do corpo do mais novo. Foi ágil em também retirar a própria camisa, deixando Jisung com vontade de se esfregar novamente em si.

— Você é tão lindo, Sunggie. — o Lee proclamava enquanto beijava as perninhas fofas e passava as mãos fortes por dentro da camiseta alheia, arrepiando todo o seu corpinho. Aquilo deixava Jisung maluco.

Voltaram a se beijar depois de muitas carícias pela parte do Lee, que viu que foi capaz de molhar a cueca box do mais novo apenas com aquilo.

— Min... vai logo. — o mais baixo pedia em meio aos beijos.

O Lee também não conseguiria se segurar por muito tempo. Afastou os corpos e ficou ajoelhado no meio das pernas do menor. Retirou com cuidado a cueca azul marinho do corpinho necessitado e ergueu sua camiseta, mas sem retirá-la do corpo, apenas o suficiente para deixar todo o tronco lisinho à mostra.

Sorriu com a visão e levou a destra até o membro gotejante do menor, envolvendo-o com sua palma quente e esfregando toda a extensão, espalhando a lubrificação. Um gemido alto de Jisung ecoou pela sala de dança.

Minho iniciou uma masturbação gostosa e molhada, assistindo calmamente o corpinho pequeno tremer e se contorcer em suas mãos. Os gemidos de Jisung eram chorosos e um pouco manhosos, o que fazia seu pau crescer cada vez mais dentro de sua calça. Ele precisava urgentemente se enterrar no menor.

Fadado a dar a melhor noite de prazer ao mais novo, continuou com a masturbação que fazia, vendo que deixava o menor cada vez mais sensível. O ponto alto foi quando se aproximou do tronco desnudo e envolveu os mamilos rosados em sua boca fria e molhada, sem parar o que fazia com as mãos. Jisung revirou os olhos de uma maneira que nunca fez antes e arranhou as costas malhadas de Minho.

— M-minho... para... — pediu em um fio curto de voz. Ele não aguentaria aqueles estímulos tão gostosos juntos.

— O que foi, amor? — o maior aproximou os rostos, encarando-o bem profundamente.

— P-para... — mas ele não parava.

— Por que, meu amor? — voltou a chupar os mamilos sensíveis enquanto esfregava a glande escorregadia.

— E-eu vou... eu vou gozar...

Minho sorriu, voltando a encara-lo. Jisung sentia o hálito quente e gostoso batendo em seu rostinho contorcido de prazer.

— Então goza olhando pra mim, amor.

Minho não precisou pedir duas vezes. Jisung abriu os lábios em um gemido mudo, revirando os olhinhos em seguida. Suas mãos foram até os bíceps fortes do mais velho, arranhando-os enquanto gozava fortemente em sua palma. Seu gemido criou som conforme os jatos quentes de seu orgasmo se espalhavam por sua barriguinha.

Segundos depois, fechou os olhos com força, tentando fazer seu corpo parar de tremer. Minho soltou o membro sensível e lambeu a própria mão, limpando o que tinha ficado ali.

— Que delícia. — sorriu, em seguida deixando um beijo casto nos lábios um pouco secos pelos gemidos descontrolados.

Jisung mal conseguia se mover. Seu corpo estava mole no chão frio daquela sala e seus olhos se recusavam a abrir. Não lembrava qual fora a última vez que teve um orgasmo tão gostoso.

O Lee, por sua vez, abaixou a própria calça moletom até os joelhos e bombeou seu falo duro, espalhando o líquido pré-ejaculatório pela extensão bonita e cheia de veias. Fez o Han finalmente abrir os olhos quando pincelou a glande rosada na entradinha, melando-a. Jisung riu baixinho.

— Você vai acabar me matando de tanto tesão, sabia?

— É? — foi o que respondeu enquanto o invadia lentamente.

Jisung gemeu e passou a mão pelos cabelos molhados de suor.

— Me come gostoso, Minho.

O maior faltou soltar um rosnado com a fala do mais novo, metendo tudo de uma vez. Não esperou que ele se acostumasse com o volume, se enfiava no interior de forma violenta, ouvindo os gritos suplicantes do menor.

— Você não queria assim, caralho? Agora aguenta, porra. — segurou no pescoço do Han, diminuindo sua passagem de ar, mas tomando extremo cuidado com a pressão desferida ali.

Continuou metendo sem nenhuma piedade, atingindo fundo o interior judiado repetidas vezes. Jisung gritava e se contorcia, Minho o segurava.

— Cala a boca. — tapou os lábios do menor, o encarando. Os olhinhos do Han brilhavam pelas lágrimas de prazer e mal conseguiam se manter abertos.

Minho se deliciava com a visão que tinha de Jisung. Estava o fodendo maravilhosamente bem e aqueles seus gemidos e súplicas inflavam seu ego. Queria ouvir Jisung pedindo por mais. Para que ele lhe fodesse mais, lhe beijasse mais.

— Tá gostoso? — perguntou com a respiração ofegante pelo esforço. Jisung apenas anuiu com a cabeça. — Então fala que tá gostoso. Fala.

Contrariando sua própria ordem, Minho calou a boca alheia com um beijo desajeitado.

Graças ao seu condicionamento físico, seu quadril continuava a se arremeter freneticamente sem falhar ou perder a força, levando Jisung até as estrelas.

Minho parou de beijar o menor para que pudesse alinhar a postura. Daquela forma, conseguia abrir bem as perninhas do menor, assistindo de camarote seu pau saindo e entrando deliciosamente da entradinha judiada que o recebia tão bem. Han não ficava para trás, tendo a bela visão de Minho o comendo com maestria. Ele segurava suas pernas e as movia com extrema facilidade, vez ou outra as abrindo mais ou as colocando em seus ombros.

Por fim, o Lee segurou na cintura fininha e aumentou o ritmo das estocadas. Jisung, agora com a garganta um pouco dolorida, soltava gemidos mais baixos, mas ainda manhosos e suplicantes. Acabou levando uma das mãos até seu próprio pau novamente e iniciou uma punheta, acompanhando as estocadas gostosas. Minho sentiu que explodiria com aquela visão.

Jisung se masturbava mais rápido a cada vez que Minho gemia e suspirava mais alto, sinalizando que seu orgasmo estava próximo.

— S-sunggie, eu vou gozar. — o maior avisou e meteu uma última vez antes de retirar seu membro do interior molhado e gozar na barriguinha do menor, este que não ficou para trás e teve seu segundo clímax do dia, dessa vez em sua própria mão.

Gemeram em uníssono e encostaram ambas as testas, aproveitando o orgasmo simultâneo. Minho deu um último selar nos lábios de Jisung antes de se jogar ao seu lado, cansado. Han, mesmo não tendo feito muito esforço, também não se encontrava diferente; estava sonolento pelos recentes orgasmos.

Ficaram alguns minutos aproveitando o ar-condicionado da sala agora silenciosa, mas que fora tão bem preenchida pelos gemidos de Jisung, implorando para que Minho fosse mais rápido e mais forte. O Lee sorriu com aquele pensamento.

Depois de mais algum tempo, se sentou e olhou o menor, que continuava na mesma posição. Não sabia o que falar naquele momento, apenas sabia que eles precisavam de um banho.

(...)

A academia de Minho era nova e tecnológica, modéstia a parte, parecia uma empresa de entretenimento. Por conta disso, ela possuía diversas salas de prática, além das de descanso, cozinhas e muitos banheiros com duchas; foi para lá que o Lee os encaminhou após se recuperarem do cansaço.

Jisung parecia envergonhado, e o mais velho não queria pressiona-lo. Deixou que tomasse banho em uma ducha e foi para outra, que eram separadas por cabines. Se limparam devidamente e colocaram suas roupas, passando uma última vez na sala de prática para pegarem suas coisas e rumarem até a saída.

Jisung ficou esperando no carro de Minho enquanto o mais velho se certificava de ter fechado tudo.

Ao adentrar o veículo, sorriu pequeno e os arrancou dali, já era quase meia-noite.

— Não quer mesmo comer algo? — perguntou enquanto fazia o caminho até a casa de Jisung.

O menor brincava com os próprios dedinhos. Não estava ressentido com Minho ou com o que tinham feito anteriormente, estava apenas com vergonha ao se lembrar dos gemidos nem um pouco comportados que fez o mais velho presenciar.

— Hm... — sentiu sua barriga roncar. — Acho que agora eu vou ter que aceitar. — riu baixinho.

Minho parou em uma loja de conveniência e comprou o lámen que Jisung mais gostava. Ele foi comendo durante o caminho.

Quando chegaram na frente da residência do Han, Minho desligou o carro. Jisung já havia terminado de comer. Ficaram um tempo em silêncio.

— Sabe, só pra constar... eu não levei isso como algo casual. — foi Minho quem quebrou o silêncio. Jisung o olhou imediatamente.

— Hm, bom... eu também não, na verdade. — sorriu pequeno e Minho o acompanhou.

— Certo, assim eu fico mais tranquilo. — seu sorriso aumentou e batucou os dedos no volante. — Posso te levar pra jantar amanhã, então?

Jisung riu com a expressão de criança realizada que Minho fazia.

— Só se a gente for em um rodízio de pizza!

Os dois riram e o Lee se aproximou do rostinho bochechudo, deixando um selar nos lábios rosadinhos.

— Depois de hoje, eu vou querer te dar aulas particulares todos os dias. — falou enquanto tirava os fios de cabelo da frente dos olhos do outro. Jisung gargalhou e bateu no peitoral do mais velho.

— Seu safado!

— Ei! A culpa não é minha se eu fiquei viciado em você agora!

Os garotos trocaram mais algumas carícias e palavras de afeto antes que Jisung descesse do carro de Minho com o coração nas mãos.

Já estava ansioso para ver o professor no dia seguinte.

Dance With Me.Onde histórias criam vida. Descubra agora